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A ideia surgiu dois meses antes de Tamirys Seno tirar férias de seu emprego em Bauru. Para curtir o tempo de folga, a jornalista começou a pesquisar alguns lugares para conhecer, até que um amigo sugeriu que ela fizesse um mochilão. Foi aí que Tamirys começou a pesquisar sobre o assunto. Apesar do medo de fazer uma viagem sozinha, ela criou coragem e comprou a passagem. “A partir daí eu sabia que não teria volta. Mas confesso que no dia do embarque tudo o que eu sentia era um frio na barriga e uma incrível ansiedade pelo o que estava por vir. Acho que minha principal motivação para fazer o mochilão foi de descobrir um mundo novo, completamente sozinha”, revela.

O roteiro
Foram 25 dias e cinco países visitados: Holanda (Amsterdã), Alemanha (Berlim), República Tcheca (Praga), Hungria (Budapeste) e Inglaterra (Londres). “Grande parte da viagem eu fiz de trem, cortando as fronteiras. Só usei avião para ir até Amsterdã e ir de Budapeste até Londres. Fora isso, o trajeto foi feito todo em trem”, diz. Quando escolheu o roteiro do mochilão, Tamirys já sabia que queria conhecer lugares diferentes, mas com o objetivo de ir a países que fizessem fronteiras. “Escolhi chegar primeiro em Amsterdã, depois Berlim, Praga, Budapeste e, por fim, Londres. Fui da Holanda até o Leste Europeu, que é uma região linda – e extremamente barata comparada com outros locais mais ‘famosos’, como Paris e Barcelona.

A grande vantagem do mochilão, foi perceber a mudança cultural ao chegar em cada país”, conta. Nesses locais, a jornalista fez questão de só utilizar transporte público para economizar, já que o táxi é muito caro, e também para sentir a imersão dentro de um novo país, como os costumes dos habitantes, a rotina e as pessoas, entre vários detalhes que só são perceptíveis quando se utiliza transporte público ou se caminha a pé. A outra dica da Tamirys se interessar pela culinária do local. “Experimentar novos sabores é uma das melhores oportunidades na hora de colocar a mochila nas costas e conhecer outros lugares”, afirma.

Mas para quem, assim como Tamirys, tem medo de fazer uma aventura dessas, aí vão algumas dicas para você não passar nenhum perrengue!

*Defina um roteiro e calcule quantos dias você quer gastar nele. “Minha média foi de 2 ou 3 dias em cada cidade. Isso ajuda na hora de saber quanto dinheiro será gasto em cada cidade: no transporte até lá e na sua hospedagem”, ensina.

*Reserve hostels (albergues), pois além de baratos eles são ótimas formas de conhecer pessoas. Mas é importante ter refeências do lugar, para não cair em nenhuma cilada. A jornalista indica sites como o TripAdvisor e o HostelWorld que são perfeitos para isso. Lá, os hóspedes avaliam os hostels e você pode conferir fotos do local, detalhes sobre café da manhã incluso, etc.

*Outra dica importante é checar o endereço do hostel escolhido no Google Maps para ter certeza que ele fica próximo aos pontos que você deseja visitar na cidade. “Às vezes, um hostel barato demais fica em uma localização mais afastada da cidade, o que pode fazer o mochileiro gastar mais com transporte. O ideal é encontrar um hostel com preço justo próximo aos locais que deseja visitar, assim dá pra fazer tudo a pé”, conta.

*E para quem quiser economizar mais ainda, aí vai uma excelente dica: utilize o trem para visitar outros países. “As viagens são um pouco demoradas, mas o preço e a beleza das paisagens compensam”, afirma.

E qual a maior lição da viagem?
“Acho que a maior lição que eu aprendi foi sobre meus próprios limites. Voltei percebendo que meus problemas são pequenos comparados à imensidão do mundo que existe lá fora. Conheci pessoas de diferentes lugares, aprendi sobre a história de diferentes culturas e saí completamente da minha zona de conforto. Quando comecei o mochilão, eu só tinha uma certeza: tenho 25 dias para viajar e não tenho nenhum controle sobre o que vai acontecer nesses próximos dias. A sensação de ‘perda de controle’ foi primordial para que eu pudesse conhecer meus limites e descobrir que sou mais forte para enfrentar possíveis problemas e empecilhos que surgem pelo caminho”, revela.

Para saber mais sobre a viagem, acesse: Minhoca de Mochila

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