inlakesh
Banda Inlakesh: Roberta, Daísa, Manu e Lívia

“Nossa, sério que você pintou a sua unha de rosa, Lívia?”, perguntou Roberta. Lívia olha para mim e responde: “Sabe, Amanda, é sempre assim! A gente não pode nem passar uma cor diferente na unha, que já começam a ‘encher o saco’!”, e olha para a amiga e sorri.

Mas depois de 10 anos de estrada, a relação não podia ser diferente entre as integrantes da Inlakesh, banda bauruense que subiu ao palco, pela primeira vez, em julho de 2004.

Foi uma amiga em comum que uniu essas quatro mulheres que já eram integrantes de outros projetos musicais. Quer dizer, quase todas. Beta, por exemplo, nunca nem tinha nem pego em um baixo.

“Ia ter uma comemoração ao Dia Mundial do Rock e as nossas bandas iriam tocar no Armazém (bar de Bauru). Por causa disso, a Valéria, que é do bar, deu a ideia de nos juntarmos e fazermos um som no intervalo dessas apresentações. Como faltava uma baixista, nós chamamos a Beta.”, relembra Lívia.

Depois de várias cervejas, todas aceitaram o desafio! “Foi uma conversa bem ‘nonsense’ onde já tínhamos bebido demais e uma gritou: ‘Vamos montar uma banda, então?’ E as outras responderam: ‘Vamos!!!’ . Como eu tinha um teclado da minha mãe, eu fiz um ‘rolo’ com ele e troquei por um baixo. Consegui tirar seis músicas em 15 dias!”, diz Beta. “Mas ela não sabe que nós só a convidamos porque ela era bonita na época!”, brinca Lívia.

Mesmo 10 anos depois, Manu, Daísa, Beta e Lívia ainda sentem a mesma emoção ao subir em palco, a mesma parceria que sentiam naquela mesa de bar e a amizade já chegou naquele nível que uma completa a frase da outra.

E o que pode ter mudado com o tempo? “As rugas! Ah, o corpo era melhor também! (risos) Mas, individualmente falando, a gente mudou muito nesse tempo todo. E hoje, nós quatro somos uma só que se chama Inlakesh”, afirma Daísa.

Quem ainda não curtiu um show dessas meninas, pode ir com a certeza que vai poder ouvir muito rock and roll – toda a ‘classiqueira’ – como elas costumam dizer. Kiss, AC/CD, Led Zeppelin, Deep Purple, Janis Joplin e Creedence são bandas que não ficam de fora dos shows.

“Nunca tivemos um propósito. Os próprios anos e o convívio foram mostrando os caminhos que deveríamos seguir. O nosso som tem a nossa cara e sempre fomos muito fieis ao nosso começo”, conta Manu e Daísa completa: ‘Se tivermos um pote azul e misturarmos com um amarelo, vai dar verde, né? A gente é isso aí: umas gostam de uma coisa, outras gostam de outras bandas. Quando misturamos tudo, nós temos esse som que apresentamos”.

Apesar de já terem composições próprias, as meninas nunca imaginaram isso como o ‘carro-chefe’ da banda e seguem fazendo covers, assim como no início do projeto. Para elas, o mais importante é diversão que a Inlakesh proporciona e o prazer de terem os momentos uma ao lado da outra. “A gente viaja junto e se diverte. Temos muita história e tocamos rock… somos assim desde o começo. E assim está ótimo”, diz Manu.

Compartilhe!
Carregar mais em Cultura
...

Verifique também

Série Alma, de Juliana Alvarez, está em exposição em Bauru

De 17 de abril a 17 de maio, o Espaço Cultural Leônidas Simonetti recebe a série Alma. O t…