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O frio não desanimou o público que estava presente no Teatro Bela Vista e muito menos o artista Gustavo Mendes. Simpático e educado (que até pediu desculpas pela demora por estar se arrumando), o ator e humorista lotou as três sessões de seu espetáculo Mais que Dilmais, que apresentou na noite da última sexta-feira (25) em Bauru.

Gustavo é hoje o responsável pela melhor imitação ou criação (como ele mesmo prefere dizer) da presidente Dilma Rousseff. Foi assim que ele ficou famoso e até conseguiu um quadro de destaque no programa Casseta & Planeta, da Rede Globo.

Para ele, sempre foi muito claro que um dia iria ser ator – mesmo sem nenhum apoio dos pais que não entendiam essa vontade do filho. Por causa disso, Gustavo até chegou a pensar em ser pastor da igreja evangélica, já que assim, teria um microfone, um palco e uma plateia.

“Eu sempre quis isso e nunca tive dúvida que eu seria isso. Desde pequeno eu já descobri a arte e descobri que as pessoas inventam personagens para fazer as outras pessoas rirem. Mais tarde, descobri que era possível ganhar dinheiro com isso, quando assisti a um show do Nerso da Capitinga, quando eu tinha nove anos. Depois pensei em ser pastor. A minha cidade natal era muito pequena e era essa referência que eu tinha de palco. Mas depois eu vi que o que eu queria mesmo era o microfone e não a igreja. Eu não tinha nenhum dom ou chamado”, afirma.

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E tudo foi tão natural que desde a sua infância, Gustavo já atuava e escrevia nas peças de escola, já que ninguém dava os papéis que ele queria fazer. “Eu sempre era o filho, mas queria ser o pai! E eu achava que isso era perseguição, que não me davam oportunidade, mas eu tinha muita cara de menino. Para conseguir atuar em outros papéis, eu comecei a escrever as peças de teatro, mas tudo muito intuitivamente, sem nenhum curso”, revela. Anos mais tarde, surgiu a presidente Dilma Rousseff, seu maior sucesso até hoje.

Gustavo fazia parte de uma peça de teatro, mas queria interpretar um personagem novo, que ninguém tivesse feito ainda. Foi assim, ele pensou em interpretar a atual presidente do país e começou a estuda-la. “Como no começo ela era mais discreta, não tinha muito que analisar. Por causa disso, eu inventei algumas coisas, como os gritos e as broncas. Depois, descobri que era tudo verdade, que ela era brava e brigava muito! (risos). Mas a fiz brava pensando como uma mãe que tem essa coisa de ‘morde e assopra’”, diz.

Apesar de nunca terem tido nenhum contato, Gustavo afirmou ter o consentimento e a admiração da líder que agora, não pode ser retratada em seus vídeos como uma candidata à reeleição. Com o período de campanha política, Gustavo não pode falar nada a respeito disso em seus vídeos, mas pode apresenta-la sempre como presidente, já que não deixará o cargo para a candidatura de reeleição.

“Eu posso falar da Dilma como presidente, mas não como uma candidata. E, infelizmente, ainda não nos conhecemos, mas eu gostaria. Acho a Dilma uma mulher muito inteligente. Sei que as nossas assessorias já conversaram e que ela gosta do meu trabalho, mas não faço nada para agrada-la. Confesso que mesmo se ela não gostasse do meu trabalho, eu continuaria fazendo!”, afirma.

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