cronica-efemero
Ilustração: Marcella Marchesan

Sentada com o notebook no colo fico pensando o que Bauru realmente significa na minha trajetória. O lugar em que chorei a minha maior decepção amorosa, coisa de garota boba e apaixonada de 20 anos, mas foi, em contrapartida, a cidade da minha primeira realização profissional (e o caminho de um sonho).

A princípio, a vinda definitiva não era assim tão definitiva como parecia ser. O apartamento alugado era apenas para passar a semana, por estar mais perto da universidade, e todos os finais de semana eram de retorno para a casa dos pais.

Mês a mês, as idas foram diminuindo, até totalizarem 4 meses sem voltar para a “casa”. E não é que eu me apaixonei? Aliás, aqui, o caso foi de amor à primeira vista, já que, ainda com dez anos, a Cidade Sem Limites era, para mim, sinônimo de diversão, uma lanche sem graça e um presente por final de semana.

Depois de 2011, foram noites sentadas na sala, jogando vídeo-game, madrugadas sem dormir, apenas falando sobre a vida ou então desbravando as repúblicas, horas deitada com um livro no colo porque o seminário seria na noite seguinte.
Eu me adaptei ao ritmo de Bauru, à rotina, ao jeitinho bauruense. Fiz amizades de uma vida toda, encontrei – por sorte – o amor da minha vida e mesmo que alguns planos tenham saído do papel, foi aqui que eles começaram a ser traçados, o que faz da cidade, o meu grande ponto de partida.

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