Foi essa pergunta que o Social Bauru fez para diversas pessoas ligadas à comunicação da cidade. Confira as resposta e conte para gente: qual o filme de terror que marcou a sua infância?
Wiil Polivieri, jornalista da TV UNesp
“Com uns 10 anos, eu já tinha devorado ‘A Hora do Pesadelo’ e ‘Hellraiser’. Mas só senti medo de verdade com ‘Pânico’, em 1996. O serial killer mascarado que aterrorizava uma cidadezinha do interior me assustou tanto que pausei o VHS várias vezes até criar coragem para chegar ao fim do filme. Pela primeira vez, parecia que aquilo tudo podia acontecer no meu dia a dia, que não precisava ser um monstro ou um demônio pra me fazer mal. Era uma agonia saber que um maníaco poderia surgir no mercado, na escola, em casa ou – spoiler! – no meu círculo de amigos! Até hoje, adoro rever ‘Pânico’. Acho, aliás, que vai ser a programação pra esse Halloween!”
Lidiane Oliveira, jornalista da 94FM
“Quando pequena, não me lembro ao certo em que ocasião assisti ao célebre ‘Boneco Assassino’, um filme que protagonizou os pesadelos da maioria das crianças na década de 80, mas me recordo bem das consequências. É que tinha um boneco chamado Fofão… e não entendo porque nos davam esses presentes! (risos). O fofão era um brinquedo que ganhou fama com o extinto programa Balão Mágico e muito se assemelhava com o aterrorizante personagem. Como o boneco do filme ameaçava as crianças com uma faca de cozinha, os coleguinhas na escola juravam de pés juntos que o boneco real tinha os mesmos propósitos e ficamos apavorados. Minha mãe imediatamente removeu o brinquedo do meu quarto e, já notando a falta de interesse no tal boneco, acabou dando um fim nele!”
Luciana Meira, apresentadora do programa Gente que Acontece
“Quando criança/início da adolescência filme ‘Poltergeist’ era um dos mais temidos da nossa turminha. Andávamos sempre em grupo, assistíamos aos mesmos filmes, dançávamos o mesmo ritmo e, por aí vai. Mas, quando eu assisti esse filme fiquei realmente traumatizada e com muito medo. Aliás, todos nós, da turma, ficamos aterrorizados. E depois pra ligar a TV, assim, à noite, lembrando da menininha loira sendo puxada pela tela? Tinha que ter o pai ou a mãe perto. Aí juntavam, na escola o ‘Poltergeist’ com a tal loirinha, como atriz principal, junto da temida ¨loira do banheiro¨: era o terror, tanto em casa como fora dela. E sabe que, até hoje, ainda tenho medo do tal Poltergeist?! (risos)”
Vitor Oshiro, jornalista do Jornal da Cidade
“Qual filme de terror mais marcou sua infância? A resposta foi mais do que fácil. O maldito ‘A Bruxa de Blair’ (1999) me tirou várias noites de sono. Eu sempre fui acostumado a ver filmes de terror, porém, aquele lance da câmera amadora na mão simulando algo real me deixou apavorado. E olha que eu sabia que nada era real. Mesmo assim, não me arrisquei a ver a continuação. E, até hoje, não assisti ao primeiro filme novamente. Mais do que isso: sempre que vejo uma floresta, lembro dos pobres jovens pegos pela bruxa”
Patrícia Basseto, jornalista da TV UNesp
“Sou viciada em filmes de terror, por incrível que pareça, desde pequena assistia junto com minha mãe. Sou do tipo que vai ao cinema na sessão da meia noite para assistir estreias e o filme que mais me marcou na infância foi ‘O Exorcista’. A história da menina que fica possuída e rasteja pelas paredes me deixou sem dormir por noites. Hoje vejo os efeitos especiais e acho até engraçado, mas a história e as várias lendas que permeiam o filme ainda mexem comigo, mas também acredito que se há um mal extremo como nos filmes deve também haver uma bondade extrema e é por isso que continuo assistindo a tudo do gênero!”
Augusto Lagatta, gerente de contas da 94FM
“O filme de terror que marcou minha infância foi ‘O Bebê de Rosemary’ dirigido pelo mestre Roman Polansky. Esse filme me marcou devido o seu altíssimo grau de suspense, acoplado ao gênero terror. Ele sai daquela coisa ‘matar, matar … morrer morrer’. Ele usa o suspense como fio condutor da trama, fazendo com que o espectador queira ver o filme até o final. E claro fiquei com muito medo”
Paulo Macarini, fotógrafo
” ‘Um drink no inferno’ não é bem um filme de terror, mas marcou bastante a minha infância. O mix de violência, horror e um enredo instável surpreendeu e, foi o primeiro filme a atrapalhar o sono do cético garoto de 11 anos. Diga-se de passagem, até hoje meus sonhos com alienígenas têm influência desse filme, me vejo preso em algum lugar e tenho que improvisar armas com as coisas mais estranhas possíveis. Enfim, me marcou. Um argumento tão atraente que virou seriado. Numa linguagem característica de um dos gênios do cinema. Recomendo, mesmo que não marque a vida de mais ninguém, é melhor que os filmes de terror que temos hoje no cinema.”
Fernanda Villas Bôas, jornalista da Editora Alto Astral
“O filme de terror que mais marcou a minha adolescência foi ‘O Exorcista’. Assisti no cine Bauru em algum momento dos anos 80, quando era comum reprisar filmes lançados na década passada, como é o caso de ‘O Exorcista’, que é de 1973. Até hoje, considero esse um dos melhores filmes do mundo. Tudo contribui para isso: a interpretação, a direção, o roteiro, a música, a construção do mal. ‘O Exorcista’ não é um filme ingênuo como muitos desse gênero. É um filme naturalista, que escarra na nossa cara um lado sinistro que tentamos desesperadamente esconder – e nem sempre conseguimos. Depois de ‘O Exorcista’ aprendi a prestar mais atenção nas sombras. E passei a comer abacate com uma certa desconfiança, mas sempre com muito prazer…”