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Eu tinha seis anos. Na minha casa, meu tio sempre se vestia de Papai Noel e aparecia depois da meia noite para entregar os meus presentes e de todos os meus primos. Mas eu achava estranho que, todo ano, ele sempre saía um pouco antes desse horário e dizia que ia buscar o seu pai para passar a festa com a gente. E como todo ano, ele perdia a chegada do ‘bom velhinho’ e voltava sem o seu pai. Todo ano! Até que, quando eu tinha seis anos, eu olhei bem para aquele Papai Noel, reconheci a costeleta do meu tio e… bingo! Na mesma hora, chamei a minha mãe em um canto e ela me disse toda a verdade. Nem liguei por ter vivido em uma mentira nos últimos anos, já que me senti muito adulta de ser a única criança que sabia disso e de ter que jurar para ela que não iria contar nem para a minha irmã e nem para os meus primos. Hoje, apesar de essa história ser bem antiga, é impossível não lembrar disso tudo. Valeu a pena o esforço de toda a família, pois sei que eu e meus primos nunca esqueceremos disso. É o que eu desejo que os meus filhos (futuros, no caso) tenham também: um Feliz Natal! A seguir, você confere as lembranças desse momento que tão marcante de algumas pessoas pessoas que o Social Bauru entrevistou:

Jessica Frabetti, jornalista
“Eu não tenho uma data muito marcante, mas sempre gostei do auê, da festa que tinha em casa e de dividir o presente com a minha prima-irmã! Mas todo ano, meu avô se vestia de Papai Noel e eu sempre soube que era ele porque ele sempre sumia quando o ‘bom velhinho’ ia chegar! (risos) Além disso, eu sempre descobria onde meus pais escondiam os brinquedos e mostrava aos meus irmãos!”

Gaby Moretto, cantora da Valetes Records
“Eu descobri quando tinha uns oito, nove anos, mais ou menos. A minha família sempre foi muito tradicional, tinha Papai Noel para as crianças e a gente comemorava na casa de uma das minhas tias-avós. A gente reúne toda a família… cerca de 50, 60 pessoas! E eles sempre contrataram um homem para ser o Papai Noel e levar o presente para as crianças. Até que um Natal eles não acharam ninguém para contratar e aí meu tio, irmão da minha mãe, se vestiu de Papai Noel. Só que a gente ficava pulando e puxando a barba do Papai Noel e aí, eu me dei conta de que era o meu tio… até porque ele não estava na festa naquele momento. Para mim foi uma decepção muito grande! Foi aí que a minha mãe explicou que Papai Noel não existia e foi muito frustrante. Mas até onde eu curti o Papai Noel chegando com o meu presente foi tudo muito legal!”

Melina Rodrigues, bióloga
“Eu tinha seis anos. Minha mãe e meu pai falavam que Papai Noel existia e disseram que ele ia dar um teclado para mim. Só que eu tinha que largar a chupeta para isso acontecer! Na minha casa, os meus pais sempre disseram que, para você ganhar algo, tinha que fazer alguma coisa em troca. Bom, mas nesse Natal, eu vi o meu pai colocando o meu presente e foi simples assim! (risos). Mas eu larguei a chupeta! E claro, agradeci aos meus dois papais – o Noel e ao meu pai Vanderlei que é lindo!”

Jay Alves, integrante da banda Aurora Summer
“Bom, na real sempre tive meio receio de Papai Noel. Mas eu descobri meio que com ajuda de um filminho da Turma da Mônica se não me engano, quando eu ainda era bem pequeno. Aí pra completar a situação, no mesmo ano meu pai foi o Papai Noel e ele é magrelo, então, não deu outra. Papai noel por água abaixo!”

Lucas Oliveira, designer
“Meu tio avô era o Papai Noel da família. Todos os anos usava uma barriga falsa e vestia a tradicional roupa vermelha. No rosto, colocava uma máscara de bochechas rosadas, pra ninguém saber que era ele. E que máscara assustadora! Não sei como eu e as outras crianças não tínhamos medo! Até que em um Natal, enquanto ele estava sentado na poltrona vermelha distribuindo os presentes para a criançada toda da família, eu, ainda pequeno, fui perto da árvore de Natal e reparei que o Papai Noel tinha uma pinta bem atrás da orelha, que era igualzinha a do meu tio-avô. Me lembro de chegar perto dos meus pais e perguntar: ‘mamãe, o Papai Noel tem uma pinta igual a do Tio Adão. Será que eles são parentes?’ É, acho que eu descobri que Papai Noel não existia naquele Natal. (risos)”

Natália Santana, gastrônoma
“Eu era bem pequena e fui escrever uma carta para o Papai Noel, para pedir o presente que queria ganhar. Só que o meu ‘lindo’ irmão, que é mais velho que eu, viu que eu estava escrevendo e disse que eu era uma boba, que Papai Noel não existia e que era só pedir o presente para os meus pais. Aí a minha mãe acabou contando toda a verdade e ela contou que eu chorei litros! (risos)”

Danillo Vieira, cantor
“Eu descobri em um Natal em que eu pedi uma bicicleta. Na ocasião, eu ganhei do Papai Noel mesmo e nem desconfiava de nada. Mas, três meses depois, eu achei um carnê das Casas Bahia! (risos) Foi aí que eu descobri tudo!”

Nádia Pirillo, jornalista
“Eu descobri por acaso. Um dia, acabei vendo meu primo se vestindo de Papai Noel e se preparando para entregar os presentes! Aí não tinha como acreditar mais! (risos)”

Michelly Fogaça, jornalista
“Em casa, a gente sempre acreditou no Papai Noel de um jeito diferente. Minha mãe contava a história do Nicolau e de como ele presenteada as crianças que precisavam. E por isso, presentear no Natal virou tradição. E o espírito dele continuou levando presentes para as pessoas como paz, alegria… No meu caso, acredito nesse Papai Noel até hoje!”

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