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Viajar o mundo todo, estar cada dia em um lugar diferente e conhecer várias culturas. Parece um sonho, mas nem sempre é tão fácil assim.

O Social Bauru entrevistou a modelo Maria Emilia Mondelli, bauruense que já morou em dez países diferentes, trabalhou para importantes marcas, como Riachuelo e Vivo, e já até foi capa de revista internacional!

“Acho importante sempre seguir seus sonhos, mas não deixar os outros te influenciarem. Siga sempre seus princípios, lembre sempre de onde você veio e batalhe por aquilo que você mais quer”, aconselha.

O sonho se tornou realidade com a influência de sua avó, que a incentivou a participar de uma seleção de novos talentos aqui em Bauru. Desde a ocasião, a jovem não parou mais.

Maria Emilia se mudou para São Paulo e, depois, caiu no mundo. Nesse bate-papo, a modelo conta um pouco do seu dia a dia, os bastidores da moda e como é ser “uma cigana que vive na mala de rodinhas”!

Confira:

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Quando você decidiu ser modelo? Foi por acaso?
Maria Emilia: Quando eu era pequena as pessoas falavam para os meus pais que eu deveria ser modelo, mas eles nunca forçaram nada, deixando a decisão para mim. Quando eu tinha mais ou menos 11 anos, comecei a me interessar bastante no assunto e fui atrás. Naquela época, eu era muito nova para trabalhar e acabei deixando de lado. Já com 14 anos, um grupo de ‘Scouters’ de modelo veio para Bauru e minha avó viu a notícia e me convenceu de ir até lá. Foi aí que tudo começou. Participei da seleção que eles fizeram aqui e fui selecionada para ir para São Paulo trabalhar em uma agência.

E você trabalhou aqui no Brasil um tempo antes de ir para o exterior? Quais trabalhos você fez? Maria Emília: Trabalhei sim. Logo que me mudei para São Paulo, eu estava começando o Ensino Médio e não deixei de estudar. Com isso, eu viajava durante as férias escolares. Aqui no Brasil eu trabalhei para Hering, Guaraná Antártica, Vivo, Riachuelo, Avon, Le Lis Blanc, Rockstter, Revista Capricho e Boa Forma, entre outros.

E quando surgiu a oportunidade de ir para exterior? Foi para qual país?
Maria Emília: Bom, a primeira oportunidade de trabalhar foi para fazer um catálogo no Chile para uma marca chamada Falabella. Mas a primeira vez que morei fora do país foi no Japão. Para a primeira viagem foi tudo muito tranquilo. Fui acompanhada de uma amiga brasileira que também estava indo pra lá a trabalho e morávamos juntas em Tokyo. Foi uma experiência muito boa, apesar de ter passado o Natal longe da família. E passei um pouco de dificuldade como chegar em um país e não entender nada do que falam, morar com muitas pessoas de culturas muito diferentes e ficar perdida na rua. Quando estava em Athenas, em 2010, o país estava um caos. Lembro de vandalismos nas praças da cidade, colocaram fogo em uma loja, faleceu uma mulher grávida e tinha greve quase todos os dias de ônibus e metrô. Nunca sabia que horas eu iria chegar em casa ou como iria. Tinha um pouco de medo de ficar na rua. Minha mãe ligava direto pra saber como eu estava.

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No total, quantos países você já conheceu por conta do trabalho?
Maria Emília: Ah… deve ter sido mais ou menos uns dez. Já morei em Milão, Londres, Paris, Japão, Istambul, Atenas e Nova Iorque, fora os lugares que fui só para fazer fotos. O último lugar que fui foi o Hawaii.
Acho que cada lugar tem algo de especial e me proporcionou experiências diferentes, mas creio que para morar eu escolho Paris e voltaria sempre que pudesse para o Hawaii. Me apaixonei por aquele lugar. Ainda brinquei com minha irmã quando estava lá dizendo que se não tivessem notícias minhas não precisavam se preocupar pois tinha ‘perdido’ meu passaporte e não ia mais sair de lá!

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Como é a sua rotina hoje?
Maria Emília: A minha rotina é não ter rotina. Quando estou fora tudo depende da minha agenda. Tem dia que eu tenho que ir conhecer os clientes, tem dia que tenho fotos, outros que não tenho trabalho. E isso eu fico sabendo no dia anterior. É praticamente uma surpresa o meu dia a dia. Hoje estou morando em Paris, mas semana passada estava em NY e em abril em Osaka no Japão. Eu falo que sou uma cigana que vive na mala de rodinhas.

Quais trabalhos você realiza atualmente?
Maria Emília: Atualmente eu faço mais fotos. Tanto revistas, catálogos, quanto fotos para salões de cabeleireiros, fotos de beleza, lingerie…Mas sempre tenho algum desfile, comercial de tevê – até videoclipe eu já fiz.

Todo mundo fala sobre a rivalidade que existe no mundo da moda. Você sentiu isso em algum lugar ou têm amigos no ramo?
Maria Emilia: Acho que rivalidade existe em qualquer profissão. As pessoas enfatizam isso na carreira de modelo porque é relacionado com a beleza e tipo físico. Você literalmente sabe com quem está concorrendo só de olhar. Eu já vivi isso algumas vezes, mas mesmo assim tenho várias amigas modelos. Pessoas incríveis que conheci por meio do trabalho.

Tem alguma história dos bastidores que pode contar?
Maria Emilia: História de bastidores eu não estou lembrando de nenhuma agora, mas já passei por algumas situações como se trocar no meio da rua pois não tinha nenhum lugar enquanto estávamos fazendo fotos externa. Uma outra vez, que eu tive um trabalho em São Paulo e vim para Bauru direto – peguei o ônibus toda maquiada e com o cabelo bem armado. O pessoal ficava me olhando e não entendiam nada.

Você costuma vir bastante para Bauru?
Maria Emilia: Eu costumo vir na época do Natal e ficar uns dois meses entre Bauru e São Paulo. Depois já volto a viajar.

Qual o recado pode falar para quem também tem o sonho de ser modelo internacional?
Maria Emilia: Recado que eu tenho pra dar é para sempre seguir seus sonhos, mas não deixar os outros te influenciarem. Siga sempre seus princípios, lembre sempre de onde você veio e batalhe por aquilo que você mais quer.

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