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Foto: Lica Zardetto

Maria Helena Ferla tem somente nove anos, mas já tem responsabilidades de gente grande! A menina, que começou a treinar o ano passado, em Bauru, já está em Barueri em uma equipe formada por profissionais da seleção brasileira. Em tão pouco tempo, Maria Helena teve a oportunidade de mudar de cidade, participar de importantes competições e seguir em frente com seu grande sonho: participar de uma Olimpíada!

Conversamos com a atleta para saber como tudo começou, um pouco mais da sua rotina e como está sendo essa experiência de morar longe da família e dos amigos.

“Umas vezes a gente não pode estar com a família porque tem treino, competição. Mas essas coisas são assim mesmo… E eu sei que vale a pena!”

Confira:

Quando você começou na ginástica? Foi por acaso?
Maria Helena: Comecei a treinar com oito anos anos. Não faz muito tempo porque tem meninas que começam com cinco, seis, sete anos. Eu não parava em casa e sempre pedia para a minha mãe me levar na ginástica, mas ela não sabia onde tinha em Bauru. Em janeiro do ano passado eu fiz um curso de férias no SESC e uma das monitoras falou que eu tinha jeito, que meus pais deviam me levar para a ginástica ou algum outro esporte assim. Daí ela soube do ginásio da Prefeitura. Eu mudei de horário na escola e daí, em abril de 2014, eu comecei a treinar. Estou treinando há 1 ano e 2 meses.

Como é a sua rotina de treinos?
Maria Helena: Hoje eu vou para a escola, aqui em Barueri, no período da manhã. Todas as meninas do GRB (Grêmio Recreativo Barueri) estudam juntas, na mesma escola. A van pega a gente na escola, leva pro ginásio, e lá a gente almoça e treina depois. Todos os dias, três horas por dia. Treinamos até quando é feriado e, às vezes, aos sábados também.

E hoje você não está em Bauru, certo? Como foi a oportunidade de ir para outra cidade?
Maria Helena: Então… Eu treinei em Bauru até novembro do ano passado. Fui para os regionais e para os jogos abertos por Bauru. Em janeiro deste ano, eu passei no teste da equipe de Ribeirão Preto. Elas são muito boas e eu aprendi muita coisa lá. Aí, em maio deste ano, tive a oportunidade de fazer um teste em Barueri. Fiquei uma semana lá treinando. O Everton [Theodoro], que me conhecia de quando eu treinava em Bauru, foi quem me apresentou lá. Ele já tinha levado uma outra menina, a Suzana [Simplício], que é minha amiga desde quando a gente treinava em Bauru também.

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Foto: Lica Zardetto

Foi com os pais? Como foi deixar a sua cidade e os amigos aqui?
Maria Helena: Hoje eu moro na casa da Suzana, enquanto meus pais esperam a transferência do trabalho deles pra cá. Daí a família volta a morar todo mundo junto.

Gosta da cidade que está agora? Sente saudade de algo em Bauru?
Maria Helena: Adoro aqui! A escola é legal, minhas amigas e a ginástica também! Ah… De Bauru, eu sinto falta é da minha família… É difícil eu ir pra Bauru agora, por causa dos treinos. E nos finais de semana, algumas vezes, a gente tem competições. Então, são eles é que vêm me visitar.

E o treinador é o mesmo da seleção brasileira, certo? Existe alguma ‘pressão’ por treinar perto de alguém tão importante?
Maria Helena: Para falar a verdade, todas as meninas gostariam de ter essa chance. Aqui tem um monte gente que trabalha na ginástica. São vários treinadores e assistentes. Daí, tem uma pressãozinha, sim… Mas dá certo! A gente viu, neste final de semana, as meninas mais velhas ganharem várias meldalhas numa competição no México. E elas treinam aqui!

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Foto: Lica Zardetto

Você deixa de fazer algo por causa do esporte?
Maria Helena: Algumas coisas a gente evita comer, né? (risos).E umas vezes a gente não pode estar com a família porque tem treino, competição. Mas essas coisas são assim mesmo… E eu sei que vale a pena!

E gosta de algum outro esporte?
Maria Helena: Gosto de atletismo, vôlei… Gosto de vários! Pra mim, esporte é o jeito que eu gosto de brincar!

Qual o seu maior sonho? Como se imagina daqui a alguns anos?
Maria Helena: Olimpíadas, né? A gente sempre se imagina ganhando medalhas nas Olimpíadas! E estar melhor na ginástica, claro! Continuar treinando e melhorando.

E você Cátia, como mãe da Maria Helena, qual o seu maior sonho para ela?
Cátia: Pois é… Sempre ouvi falar que filho a gente não cria pra gente, cria pro mundo. Neste esporte qua a Maria Helena escolheu, tudo acontece muito cedo! Muitas vezes, as escolhas exigem uma maturidade que as crianças da idade dela ainda não têm, mas acabam desenvolvendo! O que eu, como mãe, devo fazer? Muitas vezes tenho esta dúvida! E a resposta pronta, simplesmente, não existe! O que eu faço é permitir que a vida siga seu rumo e acompanho de perto. A Helena escolhe aproveitar as oportunidades e eu dou essa chance à ela. Por isso, meu maior sonho para ela é que ela tenha e seja capaz de realizar seus próprios sonhos! Que ela cresça, como ser humano, e seja uma menina cheia de luz, do bem, como ela já é! E que ela nunca perca aquela risada dela! Quem conhece a Maria Helena, conhece a risada dela!

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