Brasileiro dribla distância e espera mais de um ano para viver romance com bauruense no Canadá

dia dos namorados bauru
Foto: Arquivo pessoal

O que é namoro à distância para você? Morar em estados diferentes, talvez só cidades ou algumas horas longe da outra pessoa? E que tal morar em países diferentes – parece impossível dar certo, né?

Mas Melina Rodrigues e Marco Zanoni provaram que não é. Os dois se conheceram em um pub, quando a bióloga foi fazer intercâmbio em London, no Canadá, por apenas alguns meses. Os dois ficaram amigos, mas, assim que os estudos acabaram, Melina retornou para Bauru, sua cidade natal.

O tempo foi passando e as conversas pelas redes sociais, aumentando – no total, os dois ficaram um pouco de mais de um ano conversando pela Internet até darem o primeiro beijo e o engenheiro pedi-la em namoro aqui em Bauru.

Três meses depois, Melina recebeu uma bolsa de estudos para fazer doutorado em uma universidade em London, mesma cidade de Marco. Mas o conto de fadas durou pouco tempo: Marco agora está estudando na Austrália e o namoro passa por mais uma prova, já os dois têm que driblar 14 horas de fuso horário!

“Acredito que relacionamentos se tornam sólidos à medida que existe uma boa conversa. Às vezes temos medos, insegurança, mas isso tudo faz parte. Se você consegue se ver ao lado da pessoa que você gosta no futuro, é a melhor buscar caminhos para ficarem juntos. Pode existir distância, só não pode existir desrespeito e falta de carinho. E tem que ter a força de vontade, mas de ambos os lados. Perante os bons sentimentos, muita coisa vem como consequência. O amor é construído ao redor desses sentimentos e cada vez mais vai se fortalecendo”, afirma Melina.

O Social Bauru conversou com o casal e soube um pouco mais dessa linda história de amor. Confira:

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Foto: Arquivo pessoal

Quando vocês se conheceram?
Melina: Eu e o Marco nos conhecemos em outubro de 2012. Especificamente, num pub em London (Ontario-Canadá) que se chama Molly Bloom’s Irish Pub.

Marco, naquele momento já sentia que você e a Melina iriam namorar ou no começo foi só amizade mesmo?
Marco: Não, no começo era só amizade mesmo. A Mel tinha namorado na época e sempre saímos em grupo com mais pessoas. Então era só amizade mesmo.

Melina, em qual momento você percebeu que estava apaixonada pelo Marco?
Melina: Difícil especificar o momento, mas posso definir que o sentimento de amizade foi se transformando. As pessoas têm que se permitir conhecer o outro, em primeiro lugar. Em seguida, essa pessoa se torna especial e você sente toda a mudança e, por fim, o sentimento se torna sólido e você enxerga seu futuro com a pessoa. Eu senti isso com Marco. Ele foi demonstrando ser um parceiro e nos permitimos nos conhecer melhor. Contudo, se eu colocar uma data pra essa transformação, acho que seria final de 2013, quando eu comecei a me permitir.

Para os dois, a distância era um empecilho no começo?
Melina: Bom, Canadá e Brasil têm uma ‘bela’ distância geográfica! Mas eu tinha planos de vir para cá. Mas empecilho acho que não, porque, quando você gosta de alguém, você tem a perseverança de fazer as coisas darem certo. Mas me incomodava um pouco, quando eu não tinha uma data para ir para Canadá encontrar o Marco.
Marco: Namorar à distância é sempre complicado. Ainda mais que morávamos em países diferentes. Então conversávamos por Skype e pelo Facebook.

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Foto: Arquivo pessoal

No total, foram quantos meses um longe do outro?
Melina: Foi um pouco mais de um ano só conversando pela Internet.

O que fazia acreditar, nesse período, que vocês ficariam juntos?
Melina: O fato de reafirmarmos o sentimento todos os dias. Quando estávamos separados, conversávamos muito pela internet (Skype, Facebook e whatsapp). E sempre dizíamos um para o outro que iria dar certo e tudo valeria a pena…. era uma questão de tempo.
Marco: A vontade me fazia acreditar. Se você tiver vontade e correr atrás dá tudo certo. Claro que os dois têm que querer também. E nós queríamos. Então deu certo.

Em algum momento, pensaram em desistir? Por que era algo muito incerto, né?
Melina: Não pensamos em desistir, mas estava muito incerto sim, principalmente no começo de 2014. A vontade de ficarmos juntos, veio antes de ter uma data para eu ir para Canadá. Mas como disse, conversávamos muito e isso nos ajudou, até nos momentos mais difíceis. O apoio e a conversa foram extremamente favoráveis para continuarmos juntos.

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Foto: Arquivo pessoal

Quando, de fato, vocês começaram a namorar?
Melina: Quando o Marco foi pro Brasil e veio para Bauru. Aí, no dia 15 de novembro de 2014, ele me pediu em namoro. Portanto, a data oficial é essa.

O que sentiram quando estavam, finalmente, na mesma cidade? Ficaram com medo da nova fase?
Melina: Não, depois de tanto tempo na espera, pode imaginar a expectativa? Está sendo muito bom! Sem medo… na base do diálogo e da parceria se vai muito longe!

E agora vocês estão separados de novo, certo? Está muito difícil? Quanto tempo vocês vão ficar separados?
Melina: Sim, agora o Marco está em Brisbane (Austrália), e eu estou em London (Canadá). Claro que sinto muita saudades dele, mas o Marco está tendo uma ótima oportunidade na Austrália. Fico muito feliz por ele ter conquistado isso. E tentamos nos comunicar o máximo possível, apesar das 14 horas de diferença. Vamos ficar quatro meses separados, ele retorna no final de agosto para London.

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Foto: Arquivo pessoal

Qual o segredo para manter um relacionamento à distância? Acreditam que, quando a gente gosta de alguém, tudo é possível?
Melina: Acredito que relacionamentos se tornam sólidos à medida que existe uma boa conversa. Às vezes temos medos, insegurança, mas isso tudo faz parte. Se você consegue se ver ao lado da pessoa que você gosta no futuro, é a melhor buscar caminhos para ficarem juntos. Pode existir distância, só não pode existir desrespeito e falta de carinho. E tem que ter a força de vontade, mas de ambos os lados. Perante os bons sentimentos, muita coisa vem como consequência. O amor é construído ao redor desses sentimentos e cada vez mais vai se fortalecendo. Mas lembre-se: ‘amar solamente, não basta….’. Tem um texto muito bonito do Artur da Tavola que tem um significado muito grande pra mim. Se eu pudesse dar um conselho, seria: leia esse texto e repense sobre seu relacionamento. E não se esqueça que é um exercício diário para mantê-lo sempre saudável.

Texto Artur da Tavola
“Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja. O AMOR É ÚNICO, como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus. A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue – A SEDUÇÃO tem que ser ininterrupta… Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança, acabamos por sepultar uma relação que poderia – SER ETERNA. Casaram. Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas. Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor e, às vezes, nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada, RESPEITO. Agressões ZERO!

Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência… Amor só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura, para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver – BOM HUMOR para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades. Tem que saber levar.
Amar só é pouco. Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas para pagar. Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar. Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.

Entre casais que se unem , visando à longevidade do matrimônio, tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um. Tem que haver confiança. Certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão. E que amar ‘solamente’, não basta.

Entre homens e mulheres que acham que – O AMOR É SÓ POESIA, tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.

O amor é grande, mas não são dois. Tem que saber se aquele amor faz bem ou não, se não fizer bem, não é amor. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência. O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.”

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