Memórias de festas juninas

festa junina bauru
Foto: Reprodução

Como hoje é dia de São João, conhecido como o santo festeiro, e uma das maiores figuras da festa junina, o Social Bauru perguntou para alguns moradores da cidade qual a maior recordação que eles têm desta comemoração conhecida em todo país.

Confira as respostas:

Rafaela Martinão. publicitária
“Quando eu estava no 3º colegial, eu e as minhas amigas ficamos responsáveis pela barraca do milho. Aí, o pai de uma amiga, que tem um mercado, comprou algumas caixas no Ceasa e passamos dia descascando milho, depois fazendo curau, cozinhando milho. Estávamos em uma turma de umas sete meninas que não tinham noção de cozinha! Mas no final a barraca deu certo. Porém, a diretora queria cancelar a barraca. No dia, com tudo pronto, ela quis cancelar pois queria que a gente ajudasse na barraca dela de pesca. Mas já tínhamos comprado tudo e estávamos cheia de bolhas nos dedos! (risos). Não aceitamos e batemos o pé que íamos fazer a nossa. Aí ela nos convidou a sair da escola. Resultado: fomos expulsas da escola! (risos). Mas a gente montou a barraca, arrumou outra sem vínculo com escola, montamos na festa, vendemos no sábado e, depois, na segunda mudamos de escola! (risos).”

Mariana Scherma, jornalista
“Nunca esqueço a festa junina de quando tinha 9 anos. Eu era apaixonadinha por um menino da sala, aquela coisa bem de criança, de achar lindo e tal. E me lembro de ter pensado: queria dançar a quadrilha com ele. Era a professora quem organizava os pares e, um dia, fui até a mesa dela tirar uma dúvida e vi uma lista com os pares. Meus olhos correram até meu nome e vi que estava com ele: Mariana e Julio. Senti uma felicidade enorme! Meu coração disparou de um tanto que não conseguia esconder. Só teve um problema: de ficar perto dele, minhas mãos suavam litros, eu morria de vergonha. E meus dotes de dançarina não eram dos melhores: vivia pisando no pé do menino, coitado. Apesar de tudo, eu adorava os dias de ensaio e, o dia da quadrilha, foi um dos melhores daquele ano. Hahahaha! Até me esqueci de atacar as paçoquinhas naquela festa.”

Bia Lopes, cantora
“Quando era pequena, eu amava ir de caipirinha e minha mãe sempre me vestia e me maquiava, desde sempre amava poder fazer algo nas festas juninas, participar mesmo. Quando eu estudava no colégio COC, a época de festa junina era a que eu mais amava, havia até uma ‘competição’ chamada Caipirococ no colégio em que tínhamos que arrecadar alimentos para doar, também tinham jogos que contavam pontos, como por exemplo: chutar no gol estando vendado, corrida do saco… No ano passado, em uma das competições, eu cheguei até a cantar. Mas a parte mais legal dessa competição era a dança que tínhamos que apresentar no dia da festa, era uma delícia ensaiar, eu amava como minha sala se dedicava e se unia e no fim todo nosso foco e determinação, era muito compensatório porque acabávamos vencendo. Outra recordação que tenho era de quando eu era escoteira, alguns anos fiquei encarregada da parte de recreação e eu amava, sempre gostei muito de criança, então era uma delícia. Enfim, só tenho recordações boas de festas juninas, é uma época do ano maravilhosa.”

Jay Alves, músico da banda Aurora Summer
“A primeira vez que provei ‘choconhaque’ foi em uma festa junina tradicional aqui em Bauru. Uma festa que era realizada na rua de um amigo meu. Ele e os familiares faziam essa festa junina todos os anos, com ajuda de vizinhos e amigos. Tudo muito legal e aconchegante, pois parecia a ‘Vila do Chaves! (risos). Lembro que eu não bebia na época, mas como fazia frio, me ofereceram esse ‘choconhaque’ caseiro. Fiquei apaixonado! E festa foi muito boa, com casamento e tudo mais. E sou viciado em fogos, então quando começaram a soltar eu me senti muito bem acolhido ali. Tinha uma grande diversidade de classes sociais, mas todas estavam interagindo, rindo, bebendo e comendo. Esta festa me marcou muito por esse aspecto de família. Foi muito boa. Ali, eu areendi a gostar de festa junina e aprendi a degustar um bom ‘choconhaque’ também.”

Maria Stella Bertozzo
“Quando as minhas filhas tinham 10 e 7 anos, nós fomos prestigiar uma festa que acontecia sempre porque elas iam participar das danças. Após a presentação das minhas filhas, fomos percorrer as barracas. Primeiro, fomos comer cachorro-quente,espetinhos de carne e pastéis. Em seguida, fomos para as diversões: barraca pesca, toca do coelho, argola. Minhas filhas iam se divertindo muito e estavam muito felizes com os presentes ganhos. num determinado momento,meu esposo e minha filha Aline,vão para a mesa levar os presentes ganhos e eu continuo com minha filha Livia e minha amiga EVA e sua filha a percorrer as barracas que faltavam. Fomos então para a ‘Boca do Palhaço’, ao lado da barraca dos doces. Na volta para a mesa para levarmos os presentes adquiridos, eu escorreguei em uma forminha com um resto de doce e caí no chão! Bati a cabeça e escutei um ‘tum’, que por um momento até tive falta memória! Sem poder me mexer e por um susto enorme minha fala quase não saía direito…comecei a chamar por minha amiga, mas minha voz estava muito baixa e fraca, então não ouvia. Então, um homem que por ali passava ouviu e me viu aqui caída no chão naquela situação. Ele me ergueu pelos braços com toda a força e quando eu estava em pé e ele me segurando, minha amiga nos achou e disse: ‘Stella! O que você está aí fazendo abraçada com esse homem!’ Foi um momento trágico e cômico…ou se não fosse trágico seria ate cômico! (risos). Toda festa junina que vou é uma recordação até que engraçada desse momento”

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