bauruense sao paulo

bauruense sao paulo
Foto: Reprodução

Conversamos com 19 pessoas que saíram de Bauru e foram morar em São Paulo para relatarem algumas situações que já viveram na ‘terra da garoa’. E aí, você se identifica com alguma?

Confira:

1-Correr para pegar o ônibus de volta
“Eu já corri muitas vezes desesperado para tentar pegar o último ônibus do Expresso de Prata que saía em 5 minutos! Ale Monteiro:

2-Estranhar ao ver tanta gente diferente
“Quando entrei na minha faculdade, me lembro que o que eu mais estranhei foi ver pessoas tão diferentes! No meu colégio e o ciclo que eu convivia em Bauru, todo mundo era muito parecido. Em roupas, estilo de cabelo e, às vezes, até em opiniões. Quando cheguei aqui para a faculdade de design, cada um tinha o cabelo de uma cor mais exótica ou cheio de dread. Hoje já sinto que em Bauru também tem todo tipo de gente, mas na época foi um choque cultural riquíssimo para a minha formação como pessoa”, Lívia Kerr.

3-Errar uma rua e se perder na cidade
“A primeira dificuldade que eu tive foi quando eu estava indo pra faculdade de carro. Eu pego duas avenidas, em uma reta só e levo 20 minutos para chegar. Tem uma hora que passo por uma bifurcação e nessa hora, dei uma viradinha. Conclusão: demorei 1h15 pra chegar na faculdade! (risos). Aqui é assim: se você erra uma vez, é muito difícil voltar pro mesmo lugar”, Lívia Teixeira.

4-Armar um churrasco com os amigos é impossível
“Eu senti que tudo é muito longe, portanto uma tarefa simples como armar um churrasco, aqui em sampa é bem difícil, pois as pessoas moram muito longe umas das outras. Não é igual em Bauru que um passa na casa do outro e aí todo mundo faz o ‘churras'”, Caio Soares.

5-Nenhum lugar é ‘logo ali’
“Quando me mudei pra cá, acho que o que mais me assustou foi a distância de um lugar para o outro. O que para os paulistanos é ‘logo ali’ pra gente que vem do interior é um caminho bem longo. Eu aprendi que pegar dois ônibus, metrô, fazer baldeação… faz parte da rotina e, com o tempo, a gente se acostuma”, Laís Machado.

6-Levar de 20 minutos a 1 hora e meia para ir de um lugar ao outro
“Aqui nada tem um tempo exato. Posso levar 20 minutos como até 1h30 para ir ao meu trabalho! (risos). Então temos que estar sempre prontos para ir ao trabalho bem cedo”, Fábio Pinheiro.

7-Sair atrasado e ainda achar que vai chegar no horário
“Já cheguei atrasado em um lugar atrasado porque eu saí em cima da hora de casa por estar acostumado com o trânsito e a proximidade dos lugares em Bauru”, Felipe Ohno.

8-Conseguir delivery a qualquer hora do dia
“Aqui em São Paulo, por exemplo, é possível conseguir pedir uma pizza às 3 da manhã pelo delivery!”, João Paulo Toledo.

9-Ter todas as estações em um dia só
“Saio de casa às 7h num frio de 15 graus e vou almoçar ao meio dia num calor de 25 graus”, Aline Bertozzo Marcelino.

10-Começar a andar com fone de ouvido em todos os lugares
“Não é segredo nenhum o tempo perdido se deslocando de um lugar para o outro em SP. Por lá, os imprevistos são cada vez mais previstos. Quase sempre tem um novo ou um de novo. O atraso e as mesmas desculpas de sempre são inevitáveis: metrô parado, trânsito travado, manifestação e por aí vai. O jeito é esperar. Um segredo, mesmo, é ter sempre um fone de ouvido por perto. Acredite: ele vai ser o seu melhor amigo”, Vitor Delmaschio

11-Não receber mais pedidos de desculpas
“Se você esbarra sem querer com alguém no metrô porque está com pressa, um pedido de desculpas é algo surreal! É como se fosse: ‘ninguém está aqui pra pedir desculpas ou enxugar suas lágrimas quando algo de ruim acontecer com você…se vira! eu também tenho meus problemas e não é por isso que eu vou te ajudar'”, Flávia Piza.

12-O happy hour pode acontecer qualquer dia, em qualquer lugar
“O que eu acho mais legal é a falta de rotina que a vida aqui te permite. Você sai de casa e do nada rola um encontro depois do trabalho ou no meio do caminho você vê um barzinho, restaurante… Coisas assim acabam mudando os planos de ir direto pra casa!”, Cecília Comini.

13-E você começa a ter sempre outra roupa na mochila para o caso dele acontecer
“Aqui eu aprendi a sempre andar com uma troca de roupa completa na mochila para o caso de algum happy hour surgir ou de precisar dormir na casa de um amigo”, Will Poliveri.

14-Carrega sempre um guarda-chuva com você
“Uma coisa que eu senti muita diferença é ter que sair com o guarda-chuva todos os dias aqui, porque o tempo é muito imprevisível. De manhã está sol, no almoço chove, à tarde volta a fazer sol…E São Paulo é realmente a ‘terra da garoa’, vira e mexe eu sinto essa chuvinha estranha por aqui! (risos). Para evitar essas surpresas, eu costumo andar sempre com um guarda-chuva. Já me ajudou muito!”, Nádia Pirillo.

15-Se vê com vontade e medo de fazer exercício ao ar livre
“Minha situação inusitada vai para aqueles que curtem dar uma corridinha pela rua no final da tarde. A paranoia paulistana com a (in)segurança é tanta que por várias vezes, praticando uma simples e inofensiva corrida pela rua, as pessoas que estão à minha frente, de costas pra mim, ao ouvirem alguém se aproximando logo seguram a bolsa, se certificam se a carteira está em lugar seguro ou agarram o celular com tanta força que parecem estrangular a pessoa do outro lado da linha. Praticar atividade física ao ar livre por aqui é quase um ato de resistência. Correr no final da tarde pela Avenida Dr. Arnaldo, Angélica, Paulista, parece uma insanidade. Mas é também ocupar o espaço público, ver pessoas dos mais diferentes tipos e apreciar a cidade depois de um dia de escritório e horas perdidas no trânsito ou no transporte público”, Murillo Pereira.

16-Se dá conta de  que cuida da própria vida sozinho
“O que principalmente muda quando vem para São Paulo é que você passa a tomar decisões por conta própria. Não pede permissão a ninguém. Começa a construir e tomar decisões sozinhos. Até por isso, você amadurece bastante”, Bruno Neme Farha.

17-Percebe que consegue sair na rua sem ser reconhecido
“Acho que o mais legal é a sensação de sair na rua e não conhecer ninguém. É libertador e assustador ao mesmo tempo”, Mariana Zago.

18-Mas, depois, cai em si que bauruense está em todos os lugares
“Uma coisa que eu nunca me senti aqui: estar sozinho. É impressionante: tudo e em todos lugares tem algum bauruense envolvido”, Flávio Reghini.

19-E depois de um tempo, você percebe que a relação com São Paulo é de amor e ódio
“Há três anos juntei minhas poucas coisas e meus muitos sonhos.
Há três anos São Paulo passou a ser o meu lar.
Há três anos já me sinto uma paulistana -“tá inteindeindo meeeeeu” – no hábito e no habitat.
Há três anos em São Paulo aprendi:
– Encontre tudo numa padoca. Até pão!
– Entre numa fila. Quanto maior a fila, mais paulistano você se sentirá. Acredite!
– Faça tudo com pressa. Mesmo se não tiver nada pra fazer.
– Nunca pare do lado esquerdo da escada rolante!
– Não diga que algo está difícil, diga que ‘tá osso!’. Ruim é ’embaçado’!
– Paulistanos demonstram afeto levando você a seus lugares favoritos! ‘Tem um restaurante ótimo que você vai amar!’ É a frase que eu provavelmente mais ouvi (e a que mais repito!)
Ame e odeie essa cidade ao mesmo tempo! Mas só a gente pode falar mal!
Há três anos, esta cidade ganhou meu coração!
Há três anos meu coração ganhou muitos amigos. Tanta gente querida! Obrigada por compartilharem suas vidas comigo com tanto carinho e generosidade!
três anos depois ainda acho que tenho muito a aprender e descobrir. Li uma vez, em um texto, que é aqui que a gente vira gente. Não tenho dúvidas de que essa é a função dessa cidade na vida de todos… Nos preparar para o que vem pela frente!”, Kárita Baraldi.

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