Estudante de Bauru encara viagem a Paris sozinha
paris bauru

Ela embarcou cheia de planos, roteiros, economias e com o sonho de desbravar Paris. E detalhe: a estudante Marina Machuca encarou todo este desafio sozinha!

Marina, que desde criança já sonhava em conhecer a ‘cidade luz’, passou meses programando esta viagem, que foi a sua primeira experiência fora do país. E o que ela descobriu? Que é muito mais ‘dona do próprio nariz’ que pensava!

“Acho que aprendi a ser um pouco mais confiante. Que posso fazer qualquer coisa se tiver coragem suficiente. E que estar sozinha não é nada deprimente, chato ou perigoso como muita gente pensa”.

Confira a entrevista:

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Foto: Arquivo pessoal

Quando você decidiu que iria para Paris sozinha? E por que decidiu ir sozinha?
Marina: Eu sonhava com essa viagem desde a adolescência e, aos poucos, fui economizando para conseguir ir. Na verdade, eu nunca pensei em ir com outra pessoa! (risos). Eu queria que fosse uma experiência individual mesmo, sempre pensei em ir sozinha.

E por que escolheu este local?
Marina: Então, desde pequena, Paris sempre foi o lugar que eu mais sonhava em conhecer no mundo. O idioma, a cultura e a história sempre me atraíram muito.

Quando você começou a planejar, quais eram os medos?
Marina: Acho que o maior medo era não conseguir juntar grana para levar! (risos). Só quando entrei no avião é que, de repente, bateu o medo de estar sozinha em outro país, sem falar o idioma e sem experiência nenhuma em viagens para o exterior. Mas durou pouco e logo entrei no clima.

E o que realmente aconteceu? Teve os problemas que achou que teria?
Marina: Não, na verdade foi tudo bem fácil. A maioria das pessoas com quem conversei falava inglês e não tiveram problema com isso. O sistema de metrô é fácil e eficiente: se ficava perdida, logo me encontrava. Não passei por nenhum problema de violência e tudo correu muito bem.

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Foto: Arquivo pessoal

E qual era a prioridade para a viagem?
Marina: Acho que conseguir otimizar o tempo para fazer tudo que queria, já que foi uma viagem curta.

Imagino que tenha conhecido vários locais muito interessantes. Poderia destacar três experiências?
Marina: Ver a cidade do alto do Arco do Triunfo foi incrível. Lá dá pra ver Paris inteira, identificar os principais monumentos e ver a Champs-Élysées se estendendo. Fiquei muito tempo ali admirando.
Visitar a livraria Shakespeare and Company também foi fantástico. Adoro literatura e lá é uma das livrarias mais charmosas e cheia de história da Europa. Foi uma delícia sentar por horas perto de livros antigos. O Museu Orsay também mexeu muito comigo. Adoro impressionismo e arte moderna, e lá vi Monet, Picasso, Degas… é um dos principais museus de arte moderna do mundo, principalmente de impressionismo. Foi maravilhoso ficar perdida entre tanta arte.

E todo mundo fala que os franceses são frios. O que você achou?
Marina: Muito pelo contrário! Não sei se foi sorte de principiante, mas todos os franceses com quem conversei foram muito gentis. Não tiveram problemas em falar em inglês e foram muito educados em dar informações.

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Foto: Arquivo pessoal

Quais as dicas que você dá para quem vai a Paris?
Marina: Mesmo para quem não gosta de arte, deve visitar museus, nem que seja só o Louvre. É uma experiência única. Também indico andar muito a pé, porque todos os detalhes da cidade valem a pena. Sentar em praças e parques e não ter medo de caminhar sem rumo é muito bom.

E as dicas para quem vai viajar sozinho?
Marina: Se planejar e pesquisar muito! Passei meses fazendo roteiro, pedindo dicas e pensando nos mínimos detalhes para não passar nenhum tipo de sufoco, porque se algo desse errado, não haveria ninguém para me ajudar. Documentos, como administrar o dinheiro, endereços… é importantíssimo saber certinho o que você deve levar e conversar com quem já esteve no destino.

Fez algo que não faria de novo? Algum erro que cometeu no planejamento da viagem?
Marina: Acho que se pudesse voltar no tempo teria me planejado melhor (principalmente financeiramente) para ficar mais tempo lá! (risos).

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Foto: Arquivo pessoal

E qual a melhor e a pior parte em viajar sozinha?
Marina: Não digo a pior, mas às vezes eu queria conversar um pouco com alguém sobre o que estava vendo e sentindo, mas viajar sozinha foi a melhor coisa que já fiz. Você faz seus próprios horários, roteiro, faz simplesmente o que te dá vontade sem depender de ninguém. Sozinha eu pude observar em silêncio as pessoas, a cidade e isso foi incrível. Você entra em contato consigo mesmo e sai da experiência renovado.

Qual o maior ensinamento que essa viagem te deu?
Marina: Acho que aprendi a ser um pouco mais confiante. Que posso fazer qualquer coisa se tiver coragem suficiente. E que estar sozinha não é nada deprimente, chato ou perigoso como muita gente pensa. E que quero um dia voltar para lá para passar mais tempo e absorver de fato a cultura.

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