Você já ouviu falar em ‘Destination Wedding‘? Pois saiba que programar um casamento em local diferente da cidade dos noivos está fazendo muito sucesso por aí – e já até chegou em Bauru.
Como Deborah Franciscato, que se casou em Paris, em dezembro do ano passado, e Tatiana Conte, que escolheu o Morro de São Paulo, na Bahia, para dizer o tão esperado ‘sim’. Além das duas noivas, nós também conversamos com um casal que está preparando todos os detalhes do casamento que será em Cancun, em setembro do próximo ano. Ficou curioso para saber mais detalhes? Então confira o bate-papo:
Deborah, por que você escolheu se casar em Paris? Sempre foi um sonho?
Deborah: Eu morei em Paris por um ano, então, sou totalmente apaixonada pela gastronomia francesa, costumes, pessoas… e por conta disso, vivemos momentos únicos lá durante esse tempo! Quando pensamos em casar, foi o primeiro local que veio em nossa mente. Paris é uma cidade encantadora, a cidade do amor!
Então você nem chegou a procurar outros locais? Chegou a procurar locais em Bauru?
Deborah: Não, nem procurei.
E todos os convidados que você queria conseguiram ir? Você teve algum problema em relação a isso?
Deborah: A maioria dos convidados conseguiram ir sim. Claro que também tivemos pessoas muito queridas que não conseguiram… ficamos chateados, mas sabíamos que seria uma consequência da nossa escolha!
Muitas pessoas comentam que é uma experiência muito boa, porque você curte ainda mais o casamento, já que fica mais tempo no local. Sentiu isso também?
Deborah: Sim, foi a melhor escolha que pudemos fazer. Queríamos que o casamento durasse mais que um dia, então planejamos vários eventos para curtir a cidade com os convidados. Todos estavam muito felizes, pois além de estar em Paris com pessoas queridas, era Natal, e claro, o nosso casamento!
Como você encontrou todos os serviços para o casamento?
Deborah: Tivemos uma assessoria, especializada em destination wedding na Europa e fez todos os contatos para a gente.
E se você pudesse dar alguma dica para quem está pensando em casar fora, qual seria?
Deborah: Contratar uma assessoria de confiança é essencial para te deixar tranquila durante toda a preparação e execução. Também indico fazer tudo com antecedência – o convite principalmente para todos se programarem – pesquisar bastante a respeito do local, a comida… e o que pensávamos o tempo todo: se tudo der errado, estamos em Paris! Quer mais que isso?! (risos).
Tatiana, como vocês escolheram este local?
Tatiana: Então, foi um lugar totalmente inóspito, já que se trata de uma ilha e ainda ficamos no último hotel de lá. E isso foi uma das coisas que nos chamou a atenção: nós não queríamos que fosse em uma praia muito movimentada, para não tem muita gente olhando. Mas a praia era praticamente deserta e só tinha a gente lá. E confesso que depois que visitamos a primeira vez, já não tiramos o local da cabeça!
Vocês chegaram a vistar outros locais?
Tatiana: Sim, visitamos outros dois, mas no litoral de São Paulo. E nós ficamos muito em dúvida se iríamos fazer o casamento aqui ou fora, por causa da família e dos amigos. As nossas famílias são muito grandes, nós namoramos por muito tempo, praticamente 12 anos, então temos muitos amigos. Então tinha muita gente que queríamos convidar. E nós sempre tivemos o sonho de casar na praia. Mas, para fazermos esse tipo de casamento fora, teria que ser um casamento bem menor, em razão do local. Esse local que fizemos, por exemplo, tinha o limite inicial de apenas 100 pessoas para a festa. No fim, conseguimos que a dona do hotel autorizasse a festa para 150 pessoas!
E decidir se iriam seguir o sonho ou se fariam um casamento muito grande em Bauru foi difícil, né?
Tatiana: Olha, eu sempre falo que a parte mais difícil é sempre fazer a lista de casamento. Por isso que decidir não foi fácil. Mesmo com um casamento longe, conseguimos ter 150 convidados que nos prestigiaram.
Vocês tiveram que marcar muito antes?
Tatiana: Nós fechamos a data um ano antes. Nós ficamos noivos assim que ele se formou, mas sabíamos que não ia dar para casar tão cedo, já que ele tinha feito Medicina e precisava fazer residência. Mas mesmo assim, eu já comecei a pesquisar e pensar em como seria o casamento. Eu queria algo mais rústico. Aí marcamos a data e comecei a colocar tudo em prática. Até vi por aqui mesmo, fechei igreja e salão, mas não era o que queríamos. E aí começamos a pesquisar um casamento fora. Para ajudar os convidados, nós começamos a avisar sobre a data do casamento sete meses antes, para todo mundo poder se programar.
Isso foi fundamental, né?
Tatiana: Sim, porque muitos aproveitaram e tiraram férias nesta época. Os convidados ficaram por lá, aproveitaram muito com a gente. Nós chegamos uma semana antes e os convidados também, então cada dia tinha uma coisa diferente, um luau na praia, algo que fazíamos. Foi uma semana muito boa, mas que foi possível porque todo mundo se programou. Na época que avisamos, a passagem estava 450 reais e os hotéis também estavam baratos. Queríamos facilitar as coisas para que o máximo de pessoas pudessem ir.
Você precisou ir muitas vezes para lá, antes do casamento?
Tatiana: Não, só fui duas vezes mesmo. Inclusive, eu fiz muita coisa aqui em bauru, com a ajuda dos meus pais, sogros e da minha amiga, e cerimonialista, Nathalia Toledo. Depois levamos com uma caminhonete para lá.
Vocês não chegaram a pesquisar um casamento no exterior?
Tatiana: Eu olhei casamentos em castelos na Toscana. Mas aí os gastos que todos teriam com a viagem foi algo que fez com que eu desistisse da ideia. Outra questão é que o casamento teria que ser pequeno demais e nós não conseguiríamos chamar tão poucos convidados. Na realidade, o que queríamos mesmo era casar na praia!
E ficou muito mais caro que fazer um casamento em Bauru?
Tatiana: No meu caso, Bauru ficaria um casamento mais caro porque aqui teriam mais convidados. Mas se fosse o mesmo número de convidados, lá é mais caro, porque você tem que fechar dois dias no hotel que realiza o casamento.
E ficou do jeito que vocês queriam?
Tatiana: Sim, exatamente como queríamos. Ainda tivemos sorte porque o pessoal do hotel comentou que lá nunca chove, mas naquela semana choveu todos os dias! (risos). Imagina o meu desespero! Até tínhamos um plano B, mas não seria a mesma coisa. Só que no dia parou de chover duas horas antes do casamento e fez um dia lindo. Foi tudo perfeito! A cerimônia começou às 16h e a festa só acabou às 3h. E ainda continuamos alguns dias por lá.
E vocês Lucas, onde e quando vocês vão se casar?
Lucas: Vamos nos casar em Cancun, em setembro de 2016.
Chegaram a pensar em casar aqui em Bauru mesmo?
Lucas: No inicio sim, mas conforme fomos pesquisando vimos que esse tipo de casamento tradicional não era nossa cara, buscamos alguns lugares diferentes por aqui mesmo, mas o mar azul de Cancun como pano de fundo não saía das nossas cabeças.
E por que decidiram este local?
Lucas: Viajamos para lá de férias em 2014. O lugar é excepcional e o mar azul nos conquistou, antes disso não pensávamos em casar fora.
Vocês já organizaram todo o casamento? Ou ainda estão cuidando de alguns detalhes?
Lucas: Como ainda temos um certo tempo, estamos organizando as coisas com calma. Temos uma empresa responsável pela realização do casamento, que possui experiência nesse tipo de evento específico e criaram um cronograma: save the date já foram enviados escolha, com locais onde serão realizados a cerimônia e festa e reserva de quartos para os convidados. E ainda estamos definindo alguns detalhes como decoração, música, foto e vídeo.
E sentiram ou estão sentindo dificuldade em encontrar estes serviços no exterior?
Lucas: Quando decidimos realmente que iríamos nos casar lá, começamos a pesquisar por conta própria e foi um caos. Aí descobrimos que existem empresas especializadas para cuidar de toda essa parte técnica e foi nossa salvação!
Não dá medo por não conhecer o trabalho da outra pessoa?
Lucas: Tudo que é novo dá um certo receio. Buscamos pesquisar as referências dos casamentos anteriores que já tinham assessorado e o resultado apresentado nos agradou, fora isso, eles realizam casamentos fora todo mês, e nós como bons clientes estamos de olho, para ver se gostamos ou não de alguns detalhes para o nosso.
Já estão ansiosos?
Lucas: Muito! (risos) fora a ansiedade para o grande dia, existe toda essa logística que tem que funcionar.
