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A partir do convite do campus de Botucatu e do cirurgião plástico Aristides Palhares, alunos do curso de design da Unesp de Bauru participaram de um projeto inovador. Os jovens foram os responsáveis pela fabricação de um modelo de implante de crânio em três dimensões para um menino de seis anos – a criança tem uma falha no crânio que será resolvida com o projeto dos estudantes.

Para o Social Bauru, Letícia Alcará, Amanda Figliolia, Livia Ferrari, Gustavo Minoru Terakado, Paulo Kick e Aline Darc, alunos participantes do CADEP – Centro Avançado de Desenvolvimento de Produtos – comentaram sobre este projeto, o processo de criação, outros produtos que já fizeram e como a tecnologia pode mudar a vida de quem mais precisa.

“Ficamos muito satisfeitos com o resultado, mostrando que o uso das tecnologias pode não apenas confirmar o apoio à diferentes projetos e seus desafios, mas principalmente, mudar a vida das pessoas para melhor”.

Confira:

Como foi a participação de vocês neste projeto? Vocês que tiveram a ideia ou foram convidados?
Nós fomos convidados a realizar uma parceria com a equipe médica da UNESP de Botucatu, executando a criação do modelo 3D, fabricação do protótipo e implante final.

E o que foi feito para auxiliar o menino de 6 anos? Qual a função de vocês no projeto?
Junto ao Dr. Aristídes, entendemos qual era a necessidade e a melhor forma de desenvolver o implante, e partindo apenas do arquivo da tomografia computadorizada do paciente, utilizamos diferentes softwares (decodificação de dados, edição e modelagem tridimensional), e criamos o modelo 3D. Então, foi impresso em 3D, o crânio e o protótipo do implante para melhor visualização e ajustes, para depois executar o implante final em acrílico.

Demorou muito tempo para finalizá-lo?
O processo todo levou cerca de uma semana.

Foi a primeira vez que vocês trabalharam com este tipo de ‘produto’?
Anteriormente realizamos uma prótese para o bico de um tucano. Ele não possuia a parte superior do bico, então a partir de um bico dissecado e alguns moldes de gesso, obtivemos um modelo 3D dessas peças a partir da digitalização tridimensional (escaneamento 3D), realizamos alguns ajustes e criamos o 3D final. A prótese final foi impressa em uma de nossas impressoras 3D e depois fixada no tucano.

Já tinham utilizado a impressora 3D para algum outro produto?
Sim, o CADEP configura-se como um Centro multi e ao mesmo tempo transdisciplinar voltado, essencialmente, à pesquisa e à prestação de serviços à indústria e à comunidade, com apoio à docência. Só no ano passado, foram executados mais de 80 trabalhos externos.

E muitas pessoas não imaginam a utilidade de uma impressora 3D. Vocês sabiam que poderiam fazer algo tão importante com ela?
Sim, existem inúmeras pesquisas à respeito do uso de impressoras 3D e nos mantemos a par do que está acontecendo na área nesse momento.

Qual o sentimento que sentiram ao ver que o projeto tinha dado certo?
Ficamos muito satisfeitos com o resultado, mostrando que o uso das tecnologias pode não apenas confirmar o apoio à diferentes projetos e seus desafios, mas principalmente, mudar a vida das pessoas para melhor.

E vocês ainda são estudantes, certo? O que imaginam e o que sonham para a carreira de designer?
Sim, todos os membros do CADEP são estudantes do curso de design da UNESP. Esperamos fazer a diferença e contribuir para a sociedade, retribuindo todo o investimento a nós confiado ao longo desses anos, como alunos.

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