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Ele teve outros empreendimentos aqui em Bauru, trabalhou em São Paulo, foi para o Japão e ficou dois anos longe da esposa e das filhas, até firmar ‘território’ por aqui. Há 12 anos, Mário Mitsuko, com o apoio e o esforço de Eleusa Mitsuko, abriu a loja Ikebana, especializada em culinária oriental. Durante este tempo, o empreendimento cresceu, ganhou a região de Bauru, sem deixar de lado a simplicidade, humildade e o laço familiar que os uniu desde o primeiro dia em que abriram as portas. Em conversa com o Social Bauru, Mário comentou sobre o início do empreendimento e os desafios enfrentamos durante mais de uma década! Confira:

O senhor abriu a loja há 12 anos. Como foi este começo?
Mário: Ter esta loja sempre foi um sonho meu. Antes eu tive um outro tipo de comércio aqui em Bauru e fechei para trabalhar em São Paulo. Mas não deu certo e eu a minha esposa decidimos voltar para cá. Tínhamos que fazer alguma coisa, né? (risos). Aí pensamos em várias possibilidades, como abrir um restaurante japonês. Mas percebemos que ia ser muito cansativo e resolvemos mudar de ideia. Depois de um tempo de pesquisa, decidimos abrir esta loja só com produtos orientais. Detalhe: nunca tínhamos trabalhado neste ramo! Quando eu mudei para Bauru em 1992, decidi abrir o primeiro comércio que era um lavacar. Também nunca tinha trabalhado nisso e encarei o desafio. Fiquei cinco anos lá. Aí quando decidimos começamos a pesquisar mais sobre este tipo de loja, vi que poderia dar certo – e deu.

Foi muito tempo de pesquisa?
Mário: Até que não. Acho que demoramos, no máximo, três meses para comprar este local que estamos há 12 anos.

E o que vocês têm aqui na loja?
Mário: Muitas coisas curiosas! (risos). Tem gente que vem aqui e acaba não comprando nada porque não conhece. Isso é normal! (risos). É porque a gente trabalha só com produtos relacionados à comida oriental seja japonesa, chinesa, coreana ou tailandesa. E, por isso, algumas pessoas estranham. No começo, o nosso público era totalmente de orientais, mas hoje está bem misturado. A mudança, inclusive, aconteceu com a abertura de tantos restaurantes orientais na cidade. Muita gente frequenta esses restaurantes e começa a copiar as receitas em casa. Além de vender os produtos, a gente também ensina a fazer algumas receitas no nosso Facebook e no site. E isso foi muito interessante, perceber esta mudança com o passar dos anos: quanto mais a nossa cultura foi difundida, mais os clientes ocidentais começaram a procurar os nossos produtos.

Quais os produtos que mais saem na loja?
Mário: Ah, temos vários, mas acho que os principais são os pepinos em conserva e as algas para sushi e temaki. O pessoal gosta de temaki! (risos).

Nesses 12 anos, quais as dificuldades que o senhor enfrentou?
Mário: O começo foi muito difícil, principalmente porque eu não conhecia este ramo. Eu não sabia nem o que comprar! Na época, a minha cunhada acabou me ajudando muito e pesquisou as importadoras. Para você ter uma ideia de como foi difícil, eu não sabia qual a quantidade de mercadoria que deveria comprar – achei estava comprando muito e, quando fui colocar nas prateleiras, ficou tudo vazio! (risos). Mas fomos crescendo aos poucos e batalhamos muito.

O senhor viveu algum momento de crise muito forte?
Mário: Não, nenhum. Nem este está sendo ruim. Eu não tenho do que reclamar! Estou conseguindo manter o mesmo faturamento do ano passado. Também fechei parceria com muitos restaurantes da cidade e da região e vendo mercadoria para a maioria deles. Então está tudo muito bem.

Pensando em tudo o que aconteceu nestes 12 anos, o senhor faria algo diferente?
Mário: Olha, eu acho que eu seguiria da mesma forma. Deu tudo certo e está bem assim.

Para o próximo ano, quais os planos?
Mário: Eu acho que é só manter. A gente já até pensou em aumentar a loja, mas está funcionando bem assim. Quem fica aqui sou eu e a minha esposa, então para a gente está ótimo.

Qual o maior desafio de trabalhar no comércio de Bauru?
Mário: Para trabalhar no comércio você precisa gostar muito. Não é fácil. Mas se você gosta do que faz, tudo acontece naturalmente. No caso do meu ramo, o problema que enfrentamos é a falta de funcionários que conheçam todos os produtos. Por isso, eu e a minha esposa cuidamos de tudo e eu que compro todos os produtos. Vou para São Paulo todo mês atrás de novidades. Tem gente que nem sai daqui e compra tudo por telefone, mas eu prefiro ir e sair procurando coisas novas.

E sempre tem novidade, né?
Mário: Ah, sim! (risos).

O senhor chegou a morar um tempo no Japão, né? Como foi este período?
Mário: Eu ia abrir uma outra loja em Bauru, mas achei melhor mudar de ideia (com quase tudo pronto) e decidi ir morar no Japão. Minha esposa ficou com as minhas filhas e eu morei lá por dois anos. Então, ficamos sem nos vermos por dois anos! Aí achei melhor voltar; na verdade, acabei ficando mais tempo do que planejei.

Sente saudade de lá?
Mário: Sim. O bom é que a loja me aproxima de lá, de alguma forma. Mas pretendo voltar em breve. Porém, dessa vez, será só a passeio! (risos). Vamos eu e a minha esposa.

Serviço
A loja Ikebana está localizada na Rua Gérson França, 12-72, jardim Estoril, em Bauru.
Telefone para contato: 3227-2992
Para saber mais, acesse: www.facebook.com/LojaIkebana/ ou

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