livro hacker bauruense

Se antes ele tinha receio de falar sobre sua história, agora ele curte cada vez mais a ideia de expor o que viveu. Com exclusividade ao Social Bauru, o bauruense Daniel Nascimento revelou detalhes sobre o projeto do filme inspirado em sua história. Ele, que foi considerado o maior hacker do Brasil, deixou os estados do Nordeste uma semana sem acesso à Internet, invadiu grandes provedores como de governos fora do país e passou mais de 24 horas preso na Polícia Federal, assinou o contrato para produção de um longa inspirado na obra DNpontocom, escrito pela jornalista Sandra Rossi.

Nesta entrevista, Daniel falou sobre detalhes da produção, escolha de atores, a ansiedade sobre o projeto e muito mais. Confira:

Já está confirmado que o filme será filmado em 2016?
Daniel: Já sim, inclusive assinamos o contrato. Recentemente, eu participei de um workshop na Rede Globo, com a equipe da próxima Malhação. Eles terão uma personagem que será hacker e me chamaram para ajudá-la neste processo. Aí, o diretor Fabrício Bittar entrou em contato comigo e começamos as negociações. Ele quer fazer algo semelhante com Meu nome não é Johnny e O lobo de Wall Street.

E quando começarão as gravações?
Daniel: A gente ainda não sabe porque a Ancine (Agência Nacional do Cinema) tem que aprovar o projeto e isso só acontecerá, provavelmente, depois de março. Então, vamos esperar um pouco para começarmos a gravar.

E as filmagens acontecerão em Bauru?
Daniel: Não, elas serão em algum lugar no sul do país e, talvez, em Paulínia. Mas ainda estamos bem no começo e não tem nada certo quanto às filmagens.

Mas a escolha dos atores já aconteceu?
Daniel: Não, estamos fazendo algumas sondagens, mas, como não tem nada confirmado, ainda não posso revelar. O que posso adiantar é que queremos atores de peso e renome nacional. Para viver o meu personagem, como eu tinha 15 anos na época, queremos lançar algum ator novo. Mas, como eu disse, ainda está muito no começo e os nomes também não foi confirmados.

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Você vai interpretar no filme?
Daniel: O roteirista acha legal que eu interprete o papel de algum policial. Eu fui preso aos 16 anos, então a participação seria neste sentido. Mas não sei se tenho o dom! (risos). Não quero estregar o projeto e nem tirar a oportunidade de uma outra pessoa. A vontade de atuar existe e eu penso em estudar para desempenhar um bom trabalho, mas ainda temos que pensar melhor. Mas confesso que seria muito legal prender o Daniel! (risos).

Se pudesse escolher algum ator para dar vida ao seu personagem, quem seria?
Daniel: É difícil escolher porque eu era muito novo na época, então tem que ser alguém jovem. Mas, se eu pudesse escolher e se não tivesse a questão do trabalho, acho que seria o Daniel de Oliveira. Gosto muito do trabalho dele, principalmente no filme Cazuza. Mas como eu disse, não será possível por conta da idade.

Durante muito tempo você escondeu a sua história e só decidiu abrir para todo mundo recentemente. Agora, você aceitou que saia um filme sobre você! Já pensou nisso tudo?
Daniel: A ficha ainda não caiu! Não consigo acreditar. É uma vitória muito grande e, não só minha, mas de todos que estavam no projeto. A Sandra (Rossi) escreveu um livro belíssimo sobre tudo com uma história que foi contada de um jeito muito legal. Mas não esperávamos que algo deste tipo iria acontecer! Não fizemos pensando em atingir este objetivo. E agora eu não tenho mais medo da exposição. Nem ligo!

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