zoologico bauru
 

“Metade branco, metade marrom. Corpo peludo e cara pelada parecendo uma miniatura daquelas gárgulas de pedra, postadas nas fachadas de igrejas góticas. Uma obra viva de design, na forma de um pequeno sagui de duas cores, nativo da floresta amazônica.” Assim os autores Mauricio Noronha e Dayse Campista, ele carioca, formado em ciências Biológicas pela Universidade Federal do Amazonas, com mestrado em Ciências Ambientais e florestais e ela, também carioca e bióloga de formação, com especializações em Manejo de Animais Silvestres, Solos Tropicais, Educação Ambiental e Gestão Ambiental, definem esta pequena espécie de primata endêmico da Amazônia e criticamente ameaçado de extinção, em um livro recentemente lançado cujo título é “Sauim de Coleira. A história de uma espécie ameaçada de extinção”.

Neste livro é retratada toda a saga e os trabalhos desenvolvidos nas mais diversas áreas e que buscam salvar essa espécie que pesa não mais de 500g, que foi descoberta em 1817, e que tem uma área de distribuição geográfica muito restrita, entre os municípios amazonenses de Manaus, Rio Preto da Eva e Itacotiara, compreendendo uma área comparativamente menor que a da região metropolitana de São Paulo.

Em um capítulo especial denominado “O papel da conservação em cativeiro”, onde estão demonstrados todos os esforços nacionais e internacionais para a sua conservação, o Zoo de Bauru é citado como referência brasileira nestes esforços, onde se lê: O Zoológico de Bauru, no interior de São Paulo, destaca-se na reprodução desse primata.

Segundo Luiz Pires, diretor do Zoo, essa é uma das funções dos zoológicos modernos, o de funcionar como uma verdadeira Arca de Noé do século XXI, conseguindo manter e reproduzir espécies que infelizmente o homem, por seu descuido e ações negativas sobre o meio ambiente, tem dificultado a sobrevivência em seus ambientes de ocorrência natural. “O Zoo de Bauru possui oito indivíduos da espécie, sendo que seis deles são nascidos aqui mesmo no nosso Zoológico e agora nos preparamos para montar uma segunda colônia reprodutiva e assim garantir que se for necessário, os animais hoje nascidos em Bauru possam voltar dentro de programas de conservação, a viverem em áreas recuperadas dentro dos espaços onde anteriormente eram ocupados pela espécie na Amazônia. Esse reconhecimento ao trabalho do Zoo Bauru, no auxílio à conservação de mais essa espécie, é um grande estímulo a todos que aqui trabalham”, afirma o diretor do Zoo.

As informações são da assessoria da prefeitura de Bauru

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