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Stélio Machado Loureiro era arrojado em suas ideias. Escrevia em jornais e folhetos da escola, fazendo disso, mais tarde, uma profissão. Também foi bem jovem que ele manifestou um interesse ímpar pela política e acreditava que o fortalecimento do município era força catalisadora que propiciaria uma dinâmica social ágil e eficiente. Foi o responsável pela fundação da Associação Paulista dos Municípios, dando a ele um contato mais estreito entre ele e o interior de São Paulo.

Stélio se casou e teve seis filhos. Conheceu apenas cinco. Foi muito cedo que ele partiu, aos 36 anos. Deixou mulher, filhos, projetos, sonhos, escolas com seu nome – inclusive aqui em Bauru. Foi na Emei Stélio Machado Loureiro de Bauru que um projeto nasceu. Um projeto lindo. E é sobre isso que o Social Bauru conversou com o músico Josiel Rusmont.

Quando você recebeu o convite para compor a música?
Recebi o convite pela Educadora Gina Mitsunaga. Que trabalha na EMEI Stélio Machado Loureiro, já que o meu filho estuda lá. Ela me procurou primeiramente para rearranjar o hino da escola. Já achei genial a ideia da escola ter um hino próprio. Essa tradição me inspira bastante. Logo em seguida, ela me perguntou se eu não toparia compor uma canção em homenagem ao professor Stélio Machado.

Quanto tempo levou a composição?
Depois que soube um pouco da história do Stélio, surgiu quase que instantaneamente. De vez em quando essas coisas acontecem. (risos)

Como foi receber esse convite?
Na hora, fiquei perdido, porque não costumo compor assim. E ainda mais por não saber exatamente de quem se tratava. Aí, para minha surpresa, ela tinha em mãos uma carta da Priscila Loureiro Coelho, filha do professor Stélio, na qual ela explicava que o havia escolhido como patrono ao assumir um lugar na Academia de Letras. E lá, contava um pouco de sua história. Foi mágico! Ficou muito claro para mim que nada é por acaso.

Você sabe por que você foi escolhido para compor a música?
Costumo dizer que algumas coisas precisam acontecer. E é como se procurasse uma forma de poder se concretizar. Estar no lugar certo, na hora certa.

Sobre o que a música fala?
Primeiramente, pensei em escrever sobre a história de vida do professor Stélio, depois me dei conta do tamanho do legado da história. E isso me fez repensar. Tomei outra direção.

Você pode contar essa história?
Na escola existem duas seringueiras gigantes, com sombras que parecem abraçar a escola. Aliás, estas seringueiras são tombadas como patrimônio histórico. E as crianças brincam lá embaixo, fazem algumas atividades, são convidadas a participarem do universo lúdico e literário, quando as professoras pegam livros e lhes contam histórias ali. Então, me surgiu a analogia da grandiosidade da seringueira, com o tamanho do legado que ali estava representado. Quantos ciclos novos surgindo, quanta vida, quanta esperança. As seringueiras são, sem dúvida, personagens importantíssimos nessa canção.

Em que Stélio te inspirou?
Certamente, na perseverança e no afinco. Alguém que queria fazer as coisas funcionarem. Visionário. E acima de tudo, era escritor. Genial!

O público pode ouvir essa música?
Sim,sim! Ela está disponível, a partir de hoje (17), na minha página pelo Facebook (www.facebook.com/josielrusmontoficial/) e também no Spotify!

Você gostou do resultado?
Gostei bastante! Gosto dessa coisa mais alma! Cheia de verdades. Fui gravar a guia de violão e voz, e ela já surgiu ali. Nem refizemos os takes de gravação. Era para ser daquela forma. Logo após, o meu produtor Rogério Plaza gravou o acordeon por cima. Colocando outras linhas melódicas.

Como é ouvir essa música pronta?
Ela precisava vir. Eu me sinto agradecido por fazer parte disso.

A música se chama “Debaixo da Sombra da Seringueira” e será apresentada ao vivo pela primeira vez hoje (17), em um jantar na própria Emei Stélio Machado Loureiro. O evento comemora os 60 anos da escola.
A Emei Stélio Machado Loureiro fica na Praça Rodrigues de Abreu, 3-51, Centro.

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