dia-pais-2016-topo

“Será que vamos amar como um filho biológico?”. “Será que ele irá se acostumar?”. “Será que ele vai sofrer preconceito?”.

Muitas perguntas vêm acompanhadas da palavra adoção. Mas é uma certeza que faz a família seguir em frente: adoção é a multiplicação do amor.

E é exatamente este sentimento que está presente na família de Edson Junior há cerca de 15 dias, quando o seu filho chegou, pela primeira vez, no novo lar.

Casado há sete maravilhosos anos – como ele faz questão de frisar – Edson e sua esposa sempre tiveram o sonho de adotar, mesmo podendo ter filhos biológicos. Claro que, mesmo com o sonho, o casal teve muitas dúvidas, desde os documentos que deveriam providenciar, qual seria o tempo para o processo de adoção, se seriam capazes de amar uma criança como filho mesmo não gerado biologicamente… Porém, a tranquilidade veio com o auxílio de Sérgio, um amigo da família que indicou o trabalho de Jociara Araújo, da Associação Flor de Liz. “Acabamos tirando não apenas essas dúvidas como outras muito mais importantes. Através desta conversa, percebemos que independente de ser biológico ou adotado, um filho irá trazer tanto alegrias como decepções e o importante será a forma como a família irá lidar com isso”.

Por se tratar de uma adoção de criança com idade mais avançada (adoção tardia), a família enfrentou um processo muito rápido. “Inclusive, queríamos até parabenizar todos os envolvidos no processo, pela agilidade e por toda a orientação que tivemos. O curso para adotantes também nos auxiliou muito, esclarecendo várias dúvidas”.

Mesmo com alguns comentários infelizes que ouviram como ‘a criança é mais velha e pode vir com vícios’ ou ‘que a adoção iria diminuir a ansiedade de uma gravidez’, desistir nunca esteve nos planos do casal. “Na nossa vida, sempre passamos por dificuldades e, são estes momentos que nos fortalecem, nos ensinam e nos ajudam a seguir em frente. Pensamos muito bem antes de tomar a decisão e assim que decidimos, nos comprometemos a enfrentar tudo o que viesse contra, independente do que fosse. Acreditamos que após dado o primeiro passo, não se pode voltar atrás, da mesma forma como ocorre em uma gravidez”.

E eles estavam certos. Não seria fácil, assim como a criação de qualquer filho, mas iria valer a pena ver a família maior e mais feliz. “Estou sentindo uma felicidade que nunca havia sentido, mesmo com a preocupação de não saber se corresponderia a expectativa dele como pai, se saberia educá-lo corretamente e se financeiramente conseguiria dar o que ele precisava. Porém, com a vivencia, mesmo não sendo muito longa, vejo que estamos nos saindo muito bem.”

E esse é só o começo…

Sobre a Associação Flor de Liz
A família de Edson recebeu o auxílio dos representantes da Flor de Liz; Associação Civil, Cultural e de Assistência Social, sem fins econômicos, fundada em 2013. O projeto aconteceu a partir da vontade de cidadãos conscientes de sua responsabilidade social e que estavam dispostos a colaborar no apoio a convivência familiar de crianças e adolescentes de Bauru e região.

A proposta busca a construção de uma nova realidade para as crianças e adolescentes, garantindo que suas famílias possam os acolher e que, para os casos em que isto não é possível na família de origem, crianças e adolescentes não vejam seu direito à vida em família impossibilitado pelo preconceito e a desinformação.

Para conhecer melhor, acesse: www.facebook.com/associacaoregionalflordeliz

Compartilhe!
Carregar mais em Comportamento
...

Verifique também

CTI Bauru inaugura sala de descanso criada por iniciativa de ex-alunos

Nesta segunda-feira (15), o Colégio Técnico Industrial ‘Prof. Isaac Portal Roldán’ (CTI) i…