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Desde sua inauguração na Antiga Estação Ferroviária, há um ano, muita coisa mudou. Hoje, a Casa do Hip Hop de Bauru atende, em média, 500 pessoas por mês entre projetos internos e externos, oferecendo um vasto repertório de oficinas e atividades.

Ao todo, são 22 oficinas, tanto culturais quanto profissionalizantes, e um cursinho pré-vestibular para alunos oriundos de escolas públicas. Para Renato Magu, coordenador geral da Casa, “a questãoo do Hip Hop por si só já é muito importante, porém tínhamos também a necessidade de geração de renda e de colocar outros coletivos para ocupar o espaço, possibilitando maior amplitude e diversidade na Casa”.

A Casa da Cultura Hip Hop é gerenciada pelo Ponto de cultura Acesso Hip Hop, que também é responsável pela Biblioteca Móvel Quinto Elemento – coletivo que proporciona a distribuição e troca gratuita de livros a fim de incentivar a leitura – e a Frente Feminina de Hip Hop, que realiza debates, oficinas, saraus e rodas de conversa com o objetivo de discutir o papel e importância da mulher no movimento Hip Hop.

O Ponto possui projetos de valorização com o intuito de fortalecer a cena local, como o projeto Rap Hour, que desde 2013 leva shows de rap de convidados de Bauru e região para dentro do Teatro Municipal da cidade, o Projeto Ensaio – que nasceu em 2011 e tem como propósito dar a visibilidade a artistas locais iniciantes e também os já consagrados – e a Estação Hip Hop, que surgiu já na Inauguração da Casa e abre espaço para convidados da cidade e da região a se apresentarem na estação ferroviária.

Nos últimos meses, esses projetos se afirmaram também como campo de resistência. Dada as tensões políticas no país, a Casa do Hip Hop de Bauru promoveu eventos, debates, e intervenções artísticas à favor da democracia e se posicionando contra qualquer retrocesso às minorias. Afirmando que como movimento de rua, não se cala diante as opressões. “Como uma organização de terceiro setor, nossa posição é clara ao pedir que toda essa crise política no país se resolva, para que nós e outras instituições possamos seguir atendendo cada vez mais nosso foco prioritário que é o povo.” comenta Magu.

Hoje o espaço também recebe diversos eventos relacionados. Em julho, foi realizado o segundo Fórum Regional de Mulheres no Hip Hop, mediado pela Frente Feminina de Hip Hop de Bauru e a Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop. O evento contou com oficinas, rodas de conversas sobre gênero, mulher no hip hop e feminismo negro. “Isso fortalece as mulheres do movimento, fortalece as que já estão no rolê, atuando ou não nos elementos, além de incentivar outras mulheres a se informarem”, afirma Rayra, da Frente Feminina. No momento, a Frente Feminina de Bauru está se organizando para participar ativamente do Fórum Nacional, que será realizado em São Paulo no próximo mês.

Para o futuro, a Casa aguarda resposta de alguns projetos em nível nacional e estadual. Alguns eventos municipais já estão em andamento, como o Projeto Ensaio que foi aprovado pelo Programa de Estimulo a Cultura e o Projeto Samba Nossa Vila, em parceria com a escola de samba Mocidade Unida da Vila Falcão e do Bloco Carnavalesco Esquadra da Indepa.

Magu define as expectativas como melhores possíveis. “A perspectiva é de crescimento. Antes era novo para todo mundo, mas neste tempo preparamos um alicerce firme para crescer com qualidade”, afirma. A casa vem conquistando espaço no cenário nacional, transformando vidas através do conhecimento, lazer e estímulo a cultura, e sendo ponto de descentralização de produção cultural e artística na cidade.

O texto é de Felipe Sousa e Luana Protazio. Para ler ele completo, acesse: Casa do Hip Hop

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