Eduardo e Cinthia têm 13 anos diferença de idade e estão há 15 juntos
Eduardo e Cinthia têm 13 anos diferença de idade e estão há 15 juntos.

O “comum” do convívio social é que, quanto maior a diferença de idade, maior também a diferença de ideais. Entretanto, é também muito comum pessoas com uma diferença de idade um pouco grande começarem uma relação. Mesmo isso ainda sendo tabu, principalmente quando a discrepância ultrapassa os dez anos, a sociedade se abre cada vez mais para aceitar que isso não é impedimento para o amor – quando consentido por ambas as partes.

Um exemplo de sucesso? Cinthia Sganzella e Eduardo Oliveira. Os anos juntos já superam o da diferença: são 13 anos entre as idades, mas 15 anos juntos. Três de namoro e 12 de casamento! “O único empecilho que tivemos foi o meu pai (risos). Não sinto a diferença, o Edu tem mais energia que eu e, na verdade, a parte que eu acho mais agradável são as conversas. Ele me ensina coisas, deixa as minhas etapas mais leves”, conta Cinthia.

Com um relacionamento um pouco mais breve, mas que traz a mesma leveza, são Naiana Pereira e Felipe Bragante. São quase sete anos de diferença e um ano e quatro meses juntos. Essa é a primeira vez que os dois namoram alguém com essa diferença de idade. “Eu sempre tive um certo receio quanto a casais com idades muito discrepantes”, afirma Naiana.

“Ao analisar nosso cotidiano, conseguimos perceber que estamos em diferentes fases da vida, mas que conseguimos conciliar isso muito bem”, complementa Felipe. As fases, sonhos e projeções diferentes são os grandes desafios na vida desses casais; eles precisam entrar em um acordo e compatibilizar um momento para realizá-los juntos. “Não acho que existe uma fórmula para os relacionamentos darem certo. Cada casal possui um montante de diferenças que tornam o seu relacionamento único”, acredita Felipe. “Por estarmos em fases diferentes da vida, precisamos fazer mais concessões do que o esperado para que nosso relacionamento continue saudável”, completa.

No entanto, a diferença de idade não é só problema, é um intercâmbio de experiências. “Uma coisa que percebo que me ajuda é que muitas das situações que eu passo, por exemplo, na faculdade, ela já passou, e me instrui para superá-las de uma forma mais eficiente”, afirma Felipe.

A situação de Aline Fontana e João Marcelo Araújo é similar. Quase dois anos juntos e seis anos e meio de diferença, isso nunca foi empecilho, mas ainda sim era notável. “Nos primeiros meses eu notava essa diferença por algumas atitudes irresponsáveis dele, isso me chateava um pouco”, explica Aline.

Outro fato que pode se tornar um problema para esses casais é a diferença de ritmo. “Como o Marcelo toca de noite, e ainda trabalha normalmente durante o dia, ele já se acostumou a dormir pouco. Já pra mim, a necessidade de dormir aumentou muito depois dos 30”, conta Aline. Ainda sim, para ela o que interfere mais no relacionamento é a rotina de trabalho, e não a diferença de idade.

Mas os ritos diferentes são vistos também como ponto positivo na relação. Se para Naiana e Felipe, Cinthia e Eduardo a troca de experiências – que depende do fator diferença de idade – é imprescindível e agradável, para Aline a Marcelo, pegar um pouco do ritmo do outro faz a diferença. “É bom ter alguém que te faz sentir mais ativa e, mesmo sem querer, sempre te lembra que é importante continuar vivendo com ânimo. E é clichê, mas também aprendo muito com ele. Não é só porque nasci antes que só eu tenho a ensinar a ele”, opina Aline.

E na vida de vocês, daria certo?

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