A bauruense Isabela Simões reafirma as pesquisas
A bauruense Isabela Simões reafirma as pesquisas

O sistema de trânsito, em geral, é majoritariamente masculino, permeado por mulheres. Parece consenso na sociedade masculina que os homens dirigem melhor do que as mulheres. Há até um slogan para este fato: “mulheres no trânsito, perigo constante”. Mas, será que isto é lenda ou real?

Nos Estados Unidos, através de estudo da Quality Planning, que avalia as informações dos segurados para as empresas de seguro de automóveis, as mulheres se saíram melhor. O estudo analisou os dados de diferentes tipos de infrações de trânsito e, em seguida, comparou quantas vezes os homens foram mais citados do que as mulheres. A conclusão foi de que os homens infringem mais as leis de trânsito e dirigem mais perigosamente do que as mulheres. Porque violam mais as leis de trânsito, os homens causam maior número e mais graves acidentes, além de provocar danos mais elevados.

Os resultados ainda apontaram que os homens dirigem 3,4 vezes mais imprudentemente do que as mulheres; violam o uso de cintos de segurança 3 vezes mais; dirigem em excesso de velocidade quase duas vezes mais; desobedecem os sinais de “dê a preferência”, “pare” e semáforos 1,5 vezes mais. Isto ajuda a explicar por que os homens são mais perigosos.

Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito, dos 45 milhões de motoristas no Brasil, quase 15 milhões são do sexo feminino. Dados do Ministério da Saúde apontam que o número de homens que morreram no trânsito, em 2014, é quase 4,5 vezes maior do que o de mulheres. Considerando os que perderam a vida no trânsito naquele ano, 82% eram homens e 18% eram mulheres. No estado de São Paulo, em 2015, 77% dos óbitos ocorridos por acidente de trânsito foram do sexo masculino, e 17% do sexo feminino.

O Censo de 2010 mostrou que a população brasileira era composta de 49% de homens e 51% de mulheres, ou seja, a proporção entre os sexos é muito próxima. No entanto, conforme dados estatísticos publicados pelo Seguro DPVAT, em 2015, do total de indenizações pagas por acidentes, 25% foram para mulheres e 75% para homens. No caso de indenizações por morte, a diferença é ainda maior, com 82% de vítimas pertencentes ao sexo masculino.

Este melhor desempenho das mulheres na tarefa de conduzir veículos pode ser atribuído à cautela, à atenção, ao maior respeito às leis e a prudência com que elas se comportam no trânsito. Outro fato que comprova o desempenho mais seguro das mulheres no trânsito é a diferença de preço de um seguro feito para homens de um feito para mulheres. O seguro para as mulheres pode ficar de 20 a 25% mais baratos, dependendo da seguradora.

Enfim, de maneira geral, as mulheres efetivamente dirigem melhor do que os homens. E isto não significa que conhecem mais o veículo, ou a via do que os homens. Mas, possuem um comportamento mais regrado, mais disciplinado, menos impetuoso, mais focado na sua tarefa de dirigir o veículo. Em função disso, várias mulheres têm sido contratadas por empresas de transportes de cargas, de passageiros e até aviões. As empresam testemunham que efetivamente elas são mais cuidadosas, respeitadoras das regras e mais disciplinadas.

Como a melhoria da segurança no trânsito é muito mais um aspecto de comportamento do qualquer outro, se o trânsito fosse composto por maioria de mulheres, com certeza teríamos menos acidentes e uma quantidade bem inferior de mortes.

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