rogerio-tutti-bauru1

Rogério dos Santos, mais conhecido como Rogério Tutti, começou a tocar teclado aqui em Bauru, aos 11 anos de idade. Depois de participar de um concurso e ganhar uma bolsa de estudos para aperfeiçoar seus conhecimentos em Cuba, ele não parou mais. Rogério já tocou em diferentes partes do mundo; teve seu show transmitido em sete diferentes países e já arrancou suspiros e aplausos de mais de 5.000 pessoas.

O que parecia distante, tornou-se realidade e os sonhos não param. Rogério afirma que ainda tem muito o que aprender: “tenho muito trabalho pela frente”.

Nesta entrevista, ele fala sobre suas experiências internacionais e lembra, sempre com muito carinho, de Bauru, sua cidade natal. Confira:

Como começou a sua história com o piano?
Eu comecei a estudar teclado aos 11 anos de idade. Foi amor à primeira vista! Nos primeiros meses já comecei a estudar seriamente. Em pouco tempo estava fazendo concursos internacionais e sabia que ia fazer isso para o resto da vida.

Você imaginava que estaria onde está hoje, por causa dele?
Sempre sonhei em trabalhar com música! Lógico que o caminho vai se desenhando, mas sempre pensei em uma carreira internacional, afinal, a linguagem da música é universal. Vai direto para o coração.

O seu começo foi aqui em Bauru, certo?
Sim, comecei a estudar em Bauru com professores locais e depois também estudei com a Rosa Tolon, que é cubana, mas mora em Bauru há muitos anos. Ela foi muito importante em minha carreira, com um trabalho intenso de base de técnica pianística.

Quando e por que você saiu de Bauru?
Acabei saindo de Bauru depois de ganhar uma bolsa para estudar em Cuba, na Escola Nacional de Artes, como prêmio em um concurso internacional. Depois, fui estudar nos Estados Unidos, em North Dakota e em Boston.

rogerio-tutti-bauru

Atualmente, onde você mora?
Hoje eu moro em Nova York.

Como surgiu a carreira internacional?
A carreira internacional foi surgindo naturalmente. Como estudante, fui convidado a tocar em algumas séries de concerto e com algumas orquestras da Europa e dos Estados Unidos.

Você já tocou em quais países? E qual o maior público?
Puxa, já toquei em muitos países… Na Europa, nos Estados Unidos e América Latina principalmente, mas o meu maior público foi no Brasil. Já toquei para um público de mais de 5.000 pessoas em um evento de final de ano, que foi transmitido para mais de sete países. Foi muito legal e muito marcante na minha vida! Além disso, gravei recentemente meu segundo DVD no Citibank Hall, em São Paulo para um público de mais de 3.000 pessoas.

O seu DVD, “Concerto in Piano”, já foi transmitido para muitos países. Qual o seu sentimento ao ver que a sua arte está sendo mostrada em tantos lugares?
É realmente incrível e muito satisfatório! De minha parte só quero fazer o meu trabalho da melhor forma possível, mas sentir o carinho das pessoas de tantos lugares diferentes é muito gratificante. Sou muito grato a Deus por ter o trabalho que tenho.

Você sente que teve mais apoio aí fora do que aqui no Brasil? Por quê?
Na verdade, sempre tive muito apoio no Brasil. Sou muito grato a tantas empresas, amigos e ao público que sempre me apoiou em minha carreira. Eu sei que o Brasil ainda pode crescer muito no campo da música, mas depende de cada um de nós trabalhar nesse sentido.

Pensa em morar novamente aqui?
Estou morando em Nova York porque fica mais prático para as minhas viagens e minha carreira atualmente. Mas moraria no Brasil novamente sim… dependendo das oportunidades. Mas de qualquer forma estou sempre no Brasil, tanto para trabalho como para visitar minha família e amigos. Considero como minha casa, e levo sempre no coração o melhor daí, que é esse jeito misturado, que só a gente tem. E tenho um especial carinho por Bauru, minha cidade natal, onde meus pais moram até hoje.

Você tem reconhecimento internacional, já ganhou vários prêmios… o que ainda deseja para a sua carreira?
Considero que ainda tenho muito o que crescer e que estou sempre aprendendo. Tenho muito trabalho pela frente. Mas uma coisa em especial é que quero desenvolver mais minhas próprias composições e ir aos poucos introduzindo-as nas minhas apresentações. No meu segundo DVD tem duas composições minhas (uma delas em conjunto com o bauruense guitarrista Marcos Pópolo), mas quero fazer mais.

Compartilhe!
Carregar mais em Cultura
...

Verifique também

Banda bauruense leva composições autorais ao Teatro Municipal de Botucatu

Com sonoridade pós-punk e composições autorais, a banda bauruense “Obscuro Lavrador” se ap…