Você já ouviu falar em cápsula do tempo? Para quem não conhece, trata-se de um recipiente que guarda objetos e informações durante um longo período. Essa cápsula pode ser enterrada ou guardada em algum lugar, porém, ela só pode ser aberta depois do tempo. Ou seja: a ideia é preservar o presente para que, no futuro, ele seja revelado e possa trazer a lembrança de bons momentos e até reflexões.

Muitos por aí já realizaram a experiência como a professora Luciane Fernandes, daqui de Bauru, que fez um projeto de Cápsula do Tempo com seus alunos no ano de 1998 para guardar alguns resquícios da época. “O objetivo maior foi registrar acontecimentos com fontes históricas diferentes como escrita, iconografia, imagens e objetos”, conta Fernandes.

A cápsula, enterrada no Colégio Anglo em Bauru, será aberta somente em 2023 e contêm materiais de pesquisa feitos pelos alunos do 6° ao 9° ano da escola Seta com os temas: “História da Escola”, “Pintores do nosso século” e “História da Música”.

Além de organizar, direcionar e corrigir os materiais, a professora doou um aparelho de som para o projeto: “o aparelho de som 3 em 1 da Gradiente é meu e, quando doei, meu marido e minha mãe quase me mataram!”, conta.

Quem também está em busca de trazer as lembranças do presente no futuro é o casal Rafael Locci e Natália Siqueira, namorados que irão vão fazer uma cápsula do tempo juntos com o intuito de encorajá-los a realizar todos os sonhos. “Sabemos que o caminho não será fácil, que haverá muita disciplina e desapego com algumas coisas mas vamos conseguir”, promete Locci.

O casal não mora na mesma cidade, fato que ajudou a colocar essa ideia em prática já que a distância afeta a relação e a cápsula do tempo é um jeito de se aproximarem mais. “Estamos pensando em escrever cartas e acho que vamos acrescentar algum pequeno objeto que represente nosso relacionamento neste momento, um símbolo”, explica Locci.

Cada um vai escrever duas cartas que só serão abertas no futuro, uma será para ser aberta daqui cinco anos e a outra, daqui dez anos, assim, eles podem colocar pequenas e grandes conquistas que desejam realizar como casal.
“Acho esta dinâmica muito boa para casais colocarem em prática pois, depois de alguns anos, o relacionamento pode ficar desgastado por vários fatores. Quem sabe essas cartas aumentem a ‘chama’ da nossa relação”, espera Locci.

Que tal também embarcar nesta ideia?
Com a modernidade, Cápsulas do Tempo virtuais foram surgindo. O site www.capsuladotempo.com.br oferece a alternativa para se fazer uma cápsula imaterial, ou seja, você escreve ideias e desejos para você ou para uma outra pessoa. No dia 12 de dezembro de 2016, o site vai mandar um email para você poder abrir e relembrar do dia em escreveu a mensagem e ver as mudanças que aconteceram.

Sozinho ou com os amigos, fazer uma cápsula do tempo é fácil. Olha só as dicas que separamos pra você por essa ideia em prática:

– Junte objetos que são especiais e que representem algo para você como jornais ou revistas, moedas, objetos favoritos, fotos, embalagens de algum produto, etc;

– Escreva uma carta falando sobre a cápsula, como está sua vida, o que você espera para o futuro e algumas mensagens;

– Coloque em um recipiente com saquinhos de gel dissecantes (aqueles que tiram a umidade) para preservar melhor os objetos. Uma caixa de sapatos serve mas, se for enterrar, o legal seria algo mais resistente como uma lata;

– Pense em uma data para abrir a cápsula (datas importantes são melhores para lembrar) e marque em algum lugar que não vá esquecer. Vale mandar email e avisar os amigos para que eles te lembrem;

– Sele a cápsula e enterre ou guarde em algum lugar que não seja visível e que você terá acesso no tempo estimado para abertura. Não se esqueça de marcar o lugar em que você guardou também;

Depois de seguir estes passos é só segurar a ansiedade e esperar a data chegar.

A emoção de quem já fez
“Fiz a cápsula do tempo quando estava na sétima série, há nove anos, em 2007. A ideia não foi minha, partiu de um projeto da escola em que eu estudava na época na cidade de Uberaba, em Minas Gerais. Todos os alunos da minha turma escreveram cartas que seriam lidas por nós mesmos, depois de alguns anos. A carta ficou com a escola até que fosse o momento certo para a entrega. Infelizmente, acabei me mudando de cidade e perdi o contato com o pessoal da escola e, por isso, não cheguei a receber a carta de volta para poder ler. Lembro de ter ficado bastante animada com a ideia de escrever algo que seria lido por mim mesma com outra mentalidade anos depois. Imagino que, se eu tivesse a oportunidade de reler a carta, com certeza não lembraria e até mesmo não entenderia muitas partes mas a experiência foi bastante diferente e enriquecedora. Creio que isso nos ajuda a redefinir algumas metas e expectativas em nossas vidas, além de podermos fazer uma comparação da nossa própria mentalidade durante diferentes fases da vida”, afirma Débora Previdelli, moradora de Bauru. E aí, você também se animou?

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