Consumir todo dia e comprar cada vez mais: esta é a realidade de nossa sociedade. Substituímos coisas úteis por algo novo e, muitas vezes, semelhante ao que tínhamos.

Mas, se pararmos pra refletir, muitas coisas que jogamos fora podem ser reaproveitadas, diminuindo o lixo que produzimos e economizando dinheiro.

Pensando nisso, nossa equipe foi atrás de alguns bauruenses que usam e abusam da criatividade pra ser sustentável e decorar a casa. Pode parecer difícil começar do zero, mas a internet ajuda muito com várias ideias e, apesar de trabalhoso, pode servir como terapia. Olha só quanta coisa dá pra fazer reaproveitando o que já tem em casa e ainda poupar uma grana!

 

Vitoria Palmejani


“Sempre que tenho um tempo, eu pego minhas coisas de artesanato e começo a inventar. Também procuro várias coisas na internet, mas como são meio caras, em vez de comprar, eu copio e eu mesma faço. Já fiz um varal de fotos, uma estante para livros, quadros decorativos de parede, espelho, porta-chaves, caixa de chá e porta controle remoto. Além disso, ainda mosto meus trabalhos aos meus amigos e, quando eles gostam, também faço para dar de presente. Sempre gostei de trabalhos que exigem atenção e como sou detalhista, ficar me empenhando em cada peça é como uma terapia. Geralmente uso tintas, pincel, cola, panos, prego, peças de madeiras, quadros de gesso, barbantes e compressor. Mas o que mais utilizo é tinta e cola mesmo, que é o que uso para transformas peças de MDF em decoração. A minha estante de livros é a minha preferida; ela é feita de caixotes de madeira. Eu procurei para comprar, mas como não encontrava em nenhum lugar, resolvi fazer com as próprias mãos. Então, eu pintei as caixas e depois comprei os pés para deixar meio ‘retrô’ e adorei. Várias pessoas já me perguntaram onde comprei, aí eu aviso elas que fazer é muito mais fácil. É muito bom e terapêutico! Eu adoro colocar uma música enquanto faço o trabalho, além de relaxar, ainda me dá muito prazer depois de pronto. Eu fico feliz com o resultado!”

 

Gabrielle Gabas

 
 

“Eu estava doida pra montar minha árvore de Natal esse ano, já que era minha primeira fora de casa. Então, comecei a discutir o estilo dela com o meu marido, o Gabriel, que é designer e entende bem do assunto. Nós queríamos algo cheio de significado, então, olhando no Pinterest (rede social de fotos), resolvemos apostar na árvore de galhos secos. Foi bacana porque demos vida a algo que ia ser jogado fora, como se déssemos uma nova chance e é exatamente esse o significado do Natal, é isso o que Jesus faz com a gente, traz cor, alegria, vida e um recomeço. Em menos de 30 minutos, eu e meu marido estávamos com a árvore pronta. Pegamos um cesto, enchemos de argila, fincamos a árvore e escondemos as imperfeições com fibra de coco. Cada objeto que reaproveito é porque tem um significado e, claro, a economia também conta. Penso que esse lance da sustentabilidade vai além do contribuir com o meio ambiente e dar um ciclo para as coisas. Trago isso muito pra nossa vida, penso que todo mundo quer uma nova chance, uma oportunidade pra mostrar que ainda consegue, independente da idade, do dinheiro ou do lugar em que está. A gente está tão acostumado a desprezar as coisas por “n” motivos que esquecemos que elas podem tomar uma posição inimaginável na nossa vida.”

 

Gabriela da Silva de Carvalho


“Já fiz uns cinco objetos de decoração pra minha casa incluindo sofá com palletes, estantes e armários com caixotes e escrivaninha com cavaletes de madeira. A ideia de produzi-los surgiu pela necessidade de montar móveis e objetos de decoração de forma econômica, prática e que expressasse um pouco da minha personalidade. Gosto da experiência de reutilizar e transformar objetos em algo novo. Podemos nos surpreender com o que pode ser feito. Tenho um abajur que ganhei de presente que foi feito com madeira de bambu. O ato de fazer algo artesanalmente ou manualmente sempre é terapêutico. E creio que ver o produto pronto traz a sensação de que não precisamos nos render ao consumo, pois conseguimos produzir objetos úteis, decorativos e até móveis de forma sustentável.”

 

Mayra Ferraz


“Eu costumo adaptar alguns itens de decoração pra aliar função e estética. Monto alguns vasinhos e invento uns usos novos para os objetos, no meu caso são só pensamentos utilitários. É super fácil, garrafinhas dão vasos super charmosos, e vários outros itens de cozinha organizam acessórios muito bem. Uso objetos prontos, como disse, apenas dando novas funções, mas dá pra mudar um pouco a carinha deles usando um bom spray de tinta, ou fitas adesivas. Ultimamente ando in love com meu vasinho de pimenta de mentirinha. Assim como o de produção, acho o processo de mudar terapêutico. Qualquer ambiente novo ou decoração que agrada se torna uma forma de terapia, assim como existem as que envolvem sons e cheiros, acho que estar em um ambiente onde voce se sente bem influencia muito no seu humor.”

 

Denise Galvão


“Meu marido sempre gostou de produzir objetos em madeira e, aos pouquinhos, fui auxiliando e aprendendo com ele. Então, às vezes, faço objetos de decoração pra casa. Já fiz pequenas coisas em madeira, em geral, suportes para plantas e porta-cartas. Usei madeiras reaproveitadas. Algumas foram doadas por uma empresa que trabalha com produção de móveis em MDF e, como para eles as sobras não tinham utilidade, me doaram. Não digo que foi difícil, mas sim trabalhoso. Essas coisas demandam tempo e paciência, e como trabalho fora, fui fazendo aos poucos, cada dia uma parte, sem pressa. Gosto muito de um trio de potinhos que fiz para colocar plantas. Coloquei na minha sala, mas ainda não fui comprar as plantas que quero colocar nele, quero fazer mini-hortinhas. Às vezes a gente chega do trabalho com a cabeça muito cansada e ter a oportunidade de fazer algo com as mãos, desviando a atenção dos problemas e das preocupações, é mesmo uma terapia. E ver o resultado é terapêutico também. Bate aquele orgulho dizer ‘nossa, eu que fiz’ – principalmente quando alguém de fora olha e elogia.”

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