Roger Lima, Diego Dac e Lais Trovarelli são os destaques bauruenses na arte pelo País
Roger Lima, Diego Dac e Lais Trovarelli são os destaques bauruenses na arte pelo País

Há quem pense que, a carreira profissional para quem estuda teatro, seja restrita à atuação, mas estas pessoas se enganam. Muito mais do que atuar nos palcos ou nas novelas, as artes cênicas englobam diversas áreas do mercado de trabalho.

Opção é o que não falta pra quem tem formação em teatro; o profissional pode trabalhar nas mais diversas carreiras, desde cenografia até direção, passando por atividades como dublagem e teoria teatral. E não para por aí, quem tem criatividade usa e abusa do teatro.

Os bauruenses Diego Dac, Roger de Lima Monteiro e Laís Trovarelli são ex-alunos do diretor e historiador Paulo Neves e cada um seguiu uma profissão diferente partindo do teatro. Ainda não está convencido sobre a multiplicidade do teatro? Os três atores contam pra gente onde já atuaram.

Diego Dac
Começou a carreira na cidade, em 2003, e hoje, com 31 anos, vive em São Paulo. Ainda estudou, entre os anos de 2010 e 2011, no Centro de Pesquisa Teatral (CPT), dirigido por Antunes Filho. Não só trabalha com teatro como ator, mas também como cenógrafo e diretor. Já passou por várias áreas: produtor, técnico e assistente.

“Acredito que todos os estudantes de teatro deveriam conhecer todas essas áreas, pois cada profissional tem seu mérito e a arte nunca se faz só”, comenta Diego, que já esteve envolvido em uma série de peças teatrais, ao lado de nomes como Eric Lenate e Pedro Granato.

Para ele, há um grande número de funções que se pode desempenhar na carreira artística. “Mesmo que uma pessoa não siga o ofício na arte, ela pode usar as habilidades que aprendeu no teatro em outras áreas”.


Roger de Lima Monteiro

Graduado em Educação Física, Roger desenvolveu seu projeto de pesquisa na faculdade sobre o trabalho corporal de atores da cidade de Bauru. “Sem contar a oportunidade de realizar vários trabalhos na TV, participando de comerciais, minisséries e vinhetas para o canal fechado”, salientou Roger.

“Depois que entrei para o teatro em 2008 não saí mais. Foi uma mudança boa que aconteceu na minha vida e todos meus projetos profissionais convergiram para a área artística”, acrescentou o ator, que também é bailarino do Centro de Dança Corpo Livre e integrante do Núcleo de Dança Giracorpo.

Mesmo após ter terminado o curso de teatro e apresentado diversas peças, Roger frequentemente desenvolve produções culturais nos eventos produzidos pela Casa de Cultura Celina Neves e atividades artísticas como performances e peças teatrais. Também já até arriscou dar aulas como professor substituto na área.

Laís Trovarelli
Aos 24 anos de idade, Laís viu no teatro uma mudança de vida. “Comecei o curso aos 11 anos. No início, meu maior objetivo era vencer a timidez, mas fui arrebatada logo na primeira peça. Conforme fui crescendo, fui procurar oficinas, quis conhecer outros cursos, estudei dança e canto, assistia a todas as peças que passavam pela cidade”, conta.

Após terminar o ensino médio, Laís se interessou em cursar Artes Cênicas e em 2011 ingressou como aluna na Escola de Comunicação e Artes (ECA), da Universidade de São Paulo (USP), onde teve a oportunidade de se aprofundar ainda mais em teatro.

“Na minha trajetória, passar por uma universidade foi importante. Lá, pude estudar teoria, dramaturgia, história do teatro, direção, poéticas da dança, expressão vocal, cenografia e muitas outras coisas. Também foi um lugar importante para encontrar meus pares, realizar parcerias”, apontou ela, que continua estudando e cursa o segundo ano na Escola de Arte Dramática, também da USP.

Hoje, Laís – que integra a Cia. Noz de Teatro, Dança e Animação e o grupo universitário Lacuna Coletiva – circula como atriz com espetáculos principalmente através de políticas públicas culturais, festivais e instituições como o Sesc. “Também aparecem trabalhos mais pontuais, como performances, oficinas e trabalhos na área de publicidade”. Além disso, ela trabalha como professora em uma escola de teatro – a Teatro Escola Macunaíma.

“Desde que optei profissionalmente pelo teatro, tive a oportunidade de atuar em diferentes funções: como atriz, iluminadora, professora, diretora, mediadora de arte, produtora, bonequeira, oficineira etc.”, descreve. “Se o artista for entregue, apaixonado e curioso, as oportunidades aparecem. Às vezes é preciso ensaiar madrugada adentro, fazer viagens seguidas, não ter rotina clara, se virar porque o cachê foi menor que o esperado, atuar em mais de um trabalho no mesmo dia, estudar muito e estudar de novo”.

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