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Presos armados com facão, invasão de supermercado e assalto e reféns nas lojas.

O início desta terça-feira (24) foi assustador para a maioria dos moradores de Bauru. Desde a manhã, já circulavam notícias pelos grupos de WhatsApp de que uma grande rebelião havia estourado nos Centro de Progressão Penitenciária e que muitos detentos haviam fugido em direção à cidade.

Logo depois das primeiras confirmações oficiais sobre a rebelião, começamos a receber fotos, vídeos e boatos que aumentaram o alerta. As notícias eram que mais 200 fugitivos estavam vindo em direção à cidade, armados com facões, e que eles já haviam até invadido um supermercado, mataram uma pessoa, invadiram a prefeitura e estavam assaltando diversas lojas. Na dúvida e sob pressão, muitas empresas e escolas fecharam as portas e dispensaram os funcionários. (link da matéria do Jornal da Cidade).

A informação tem um novo fluxo de transmissão
É incomparável a velocidade com que uma informação – verdadeira ou não – se espalha nas redes sociais e grupos de WhatsApp. Essa prática é cada vez mais comum já que agora todos os consumidores de informações também são produtores de conteúdo. É só considerar que um receptor pode transmitir para sua rede de contatos que é composta por várias pessoas e isso será replicado. É um efeito em rede.

Um agravante nesse caso é a falta de um canal oficial para que as informações sejam confirmadas e traga tranquilidade para a população.

As emissoras de TV levam tempo para apurar com as autoridades, preparar seus materiais e suas edições só começariam ao meio dia. Destaque para os portais como G1, JCnet e, principalmente, a 94FM que manteve uma transmissão ao vivo pelo Facebook com informações oficiais e ofereceram uma tranquilidade dentro do caos. A transmissão ao vivo alcançou mais de sete mil pessoas. Repito: Uma boa apuração leva tempo e nem sempre as autoridades podem ou conseguem atualizar os jornalistas na hora.

Tomem cuidado com boatos
A população tem uma responsabilidade gigante em casos como esse de não espalhar o caos. Aguardem as informações dos órgãos oficiais ou da imprensa antes de falar qualquer coisa.

É cultural que em casos extremos muita gente opte por falar o que sabe, mas existem muitas situações em que essa irresponsabilidade causou agressões e até mortes.

Em casos como esse, tomem alguns cuidados:
*Verifique quais veículos têm a mesma informação;
*Busque a fonte original (Prefeitura, Polícia Militar e Assessorias de Comunicação)
*Adjetivos demais são suspeitos;
*Sem fonte, não confie;
*Na dúvida, pense duas vezes antes de compartilhar.

O texto é do jornalista, gerente de mídias sociais na Agência Vnew, estudioso em redes sociais e um dos idealizadores do projeto Blogando, Marcelo Bueno, que escreveu a convite do Social Bauru. Segundo informações da assessoria da Secretaria da Administração Penitenciária, já foram recapturados 90 reeducandos e ainda estão sendo procurados 62, que saíram do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) III, em Bauru.

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