Quando pensamos em férias, a primeira coisa que vem à cabeça é viagem, seja ela qual for. Aqui em Bauru tem uma galera que aproveita esse período para tornar o passeio muito mais humano e mergulhar na cultura local, além de conhecer os pontos turísticos da cidade.

Uma forma de vivenciar essa experiência mais afundo é por meio do intercâmbio voluntário. Esse tipo de viagem oferece a oportunidade de conhecer novos países e, ainda, fazer o bem. Dessa forma, diversas nações recebem voluntários do mundo todo para trabalhar com projetos sociais em ONGs.

Esse tipo de viagem foi a escolha da Rayssa Rodrigues de Almeida que ficou seis semanas em San Juan de Pasto, na Colômbia. Ela participou do projeto Doctor Patch, onde visitava pessoas hospitalizadas e em albergues.

“Eu consegui me adaptar à realidade, aos costumes locais e consegui ter um contato muito próximo com todas as pessoas que conheci. O trabalho voluntário me proporcionou uma viagem internacional totalmente humanitária, algo que só ‘turistando’ eu não conseguiria. Escolhi a cidade por ser um local onde eu poderia treinar o idioma já que, por ser pouco conhecido, as pessoas não tinham muito contato com estrangeiros (principalmente as pessoas que eu visitava no projeto) e pelo projeto em si”, conta.

Além de todo o conhecimento adquirido durante a viagem, o intercâmbio voluntário é uma forma de impactar a vida de outras pessoas e esse foi um dos motivos que levou a Suelen Hoshino, a embarcar para Chihuahua, no México. Durante as seis semanas de intercâmbio, ela realizou um acompanhamento psicológico com pais de recém-nascidos diagnosticados com Síndrome de Down, no Instituto Down de Chihuahua, referência no país. Suelen também conta que participou de atividades diárias de desenvolvimento e reintegração escolar e social com aproximadamente 150 alunos.

“Sempre tive curiosidade e vontade de realizar um voluntariado no exterior e vivenciar uma cultura diferente, impactar na vida de outras pessoas e contribuir para o desenvolvimento local é muito mais do que simplesmente viajar para conhecer pontos turísticos”, explica.

Por que fazer um intercâmbio voluntário?

Se você é do tipo de pessoa que gosta de aprofundar o conhecimento sobre o lugar que está visitando e vivenciar a cultura e os costumes do povo, além de querer ajudar outras pessoas, o intercâmbio voluntário é uma ótima opção.

Para Amanda Correa, proprietária da ID Travel, esse tipo de viagem é recomendada para quem tem pouco tempo livre. “Eu sempre recomendo fazer esses programas durante as férias da faculdade, ou geralmente quando graduam, pois é importante ter um tempo entre duas semanas a dois meses livres para ter dedicação e interação com o projeto”, esclarece.

Além do lado pessoal, a recomendação da Amanda também é influenciada pela experiência pessoal, já que ela viajou para a África do Sul, onde participou do Mandela’s Day. “É um dia em que todos vão às ruas para cuidar um do outro! Fazemos comida, visitamos orfanatos e asilos, cuidamos das pessoas! As pessoas se mobilizam e projetam meses antes para criar um exército para fazer o bem! Por isso amo a África do Sul e Nelson Mandela”, relata.

Para embarcar no voluntariado

Mas como se aventurar por outras terras fazendo o bem? Essa é uma pergunta fácil de responder. Pelo mundo inteiro estão espalhadas as AIESECs, uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo desenvolver a liderança nos jovens através do intercâmbio.

Dessa forma, a AIESEC de cada país coloca as pessoas interessadas em fazer um intercâmbio voluntário com as ONGs do destino. Para Tainá Mendonça, esse tipo de viagem traz uma nova forma de enxergar o mundo, além de mostrar o papel de cada um na sociedade.

“Nosso intercâmbio visa o desenvolvimento de liderança nos jovens que se desafiam e saem da sua zona de conforto para realizar. Para que esse intuito se realize, acreditamos e trabalhamos com quatro pilares: autoconhecimento, empoderamento dos outros, ser um cidadão global, e ser orientado à solução. Acredito que todo esse desenvolvimento em conjunto com o conhecimento de novas culturas, pessoas e visões de mundo diferentes, realmente valem muito a pena”.

E a lista de possibilidades é enorme quando se trata do intercâmbio voluntário, tanto as opções de países quanto as de projeto. Segundo Tainá, a maioria dos projetos ocorrem na América Látina, principalmente em países como Colômbia, Argentina e Peru. Outro lugar que conta com muitos projeto sociais e, por isso, recebe diversos intercambistas é o Egito.

Já os projetos estão relacionados com, pelo menos, uma das 17 Metas de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). Para Tainá, a melhor forma de escolher um projeto é pensar o que cada um mais gosta de fazer. “Acredito que a melhor forma de escolher um projeto é pensar qual objetivo da ONU você mais se simpatiza e quer lutar por, e depois analisar qual desses projetos você acredita que poderia mais ajudar com suas habilidades”, explica.

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