Os dançarinos bauruenses Fran Manson, Gabriel Woelke e Henrique Bianchini irão participar do Hip Hop District, que será realizado em Jundiaí, de 28 de abril a 01 de maio. O evento é um festival de danças idealizado para contribuir com o desenvolvimento e qualificação de dança no país. Serão quatro dias de programação com cursos, mostras, competições, batalhas, palestras e festas.

Além dos bauruenses, o Hip Hop District irá contar com a participação de outros 15 dançarinos brasileiros. Outros sete dançarinos internacionais também irão estar no evento, levando experiências de trabalho ao lado de Madonna, Will.I.Am e Gwen Stefanie.

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Cada um deles irá apresentar suas experiências e estilos como dançarinos. Fran Manson dança há 24 anos, já passou por vários estilos, mas foi nas danças urbanas que ela se encontrou; Henrique Bianchini dança desde 1998, sendo especialista e pesquisador em danças urbanas estadunidenses; Gabriel Woelke dá aulas de danças há 15 anos e experimenta uma mistura os estilos de rua com sensações, diferenciando sua forma de dançar.

Conversamos com a Fran, o Gabriel e o Henrique para saber mais sobre o assunto. Confira:

– Como é participar de um evento ao lado de dançarinos internacionais?

Fran: Eu fico feliz por participar de eventos com professores internacionais. Essa vai ser outra oportunidade e é legal porque a gente consegue ter um contato maior com a dança, pois querendo ou não, a maioria dos estilos que a gente estuda não nasceram no Brasil. São norte-americanos ou de influência latina, alguns também com descendência africana. Eles têm essa vivência porque a música que eles escutam, a cultura deles abrange de uma maneira muito mais ampla e é muito mais participativa do dia a dia deles. Então eles têm um conhecimento, tanto motor quanto teórico, muito maior e é bom ter contato para aprender sobre esses aspectos.

Gabriel: Eu já trabalhei ao lado artistas internacionais diversas vezes, já participei de inúmeros eventos no país, e já me encontrei com alguns dos “gringos” que também vão trabalhar no District. Acho muito legal essa troca e, apesar de eu não ser fluente em outras línguas, com a dança, todo mundo se conecta. Hoje em dia, o Brasil é um país muito forte nas danças urbanas então não existe mais grandes diferenças entre os dançarinos que irão vir e os daqui. No caso de alguns artistas, como o Brian Green, é diferente porque ele é um pioneiro na dança de rua, ou seja, além de ser um professor e um dançarino incrível, ele também é parte da história dessas danças. Então é sempre legal estar perto dessas pessoas.

Henrique: É sempre interessante por conta do intercâmbio. Sempre que estou na presença de pessoas envolvidas com as danças urbanas estadunidenses de outros países, enxergo a oportunidade de melhorar meus parâmetros de avaliação sobre o que estamos fazendo por aqui.

– O que vocês irão ensinar?

Fran: A minha aula ainda está em aberto, porque eu dou aulas de Hip Hop, Waacking, Jazz Funk e Vogue. Eu estou fazendo uma pesquisa pra saber o estilo que eu vou abordar.

Gabriel: Eu vou ensinar um misto de danças urbanas com algo mais experimental e pessoal. Há alguns anos eu venho praticando e estudando, quase que sozinho, porque não faço parte de companhias de dança. Também trabalho com outras vertentes de arte então agrego a dança a outras formas de expressão como a fotografia e vídeos. Eu pratiquei muitas das danças urbanas durante muitos anos, desde Hip Hop Freestyle, Popping e House Dance. Hoje em dia, misturo tudo isso com um estudo particular de movimentos e sensações que tento expor através da dança. É um pouco difícil dar nomes a estilos de dança, minha base é totalmente das danças de rua, mas ao mesmo tempo fujo um pouco disso pra diferenciar minha forma de dançar.

Henrique: Me foi dada a oportunidade de, não apenas gerar um estudo prático, mas também de expor conteúdo teórico por meio de uma palestra. Na parte prática, pretendo tratar de fundamentos da dança Hip Hop Freestyle, o que é um foco da minha atuação como guia de estudos. Já na palestra, pretendo expor conteúdo histórico no intuito de melhorar a compreensão dos participantes sobre o Continuum que gerou esta linguagem e sobre a formação de sua estrutura elementar.

– O que vocês esperam do Hip Hop District?

Fran: Eu espero que seja um evento muito grande. A repercussão do ano passado foi muito boa, muito positiva e o evento foi muito bem organizado. Acredito que o pessoal vai estar lá, fazendo parte desse evento.

Gabriel: Eu acredito que o evento vai ser muito legal. Me falaram que o de 2017 foi ótimo, então minhas expectativas são ótimas.
Venho praticando e voltando à forma física pra poder dar o meu máximo. Além de dar aulas, eu também irei avaliar a competição de grupos e julgar uma batalha de dança.

Henrique: Pela repercussão da primeira edição, espero encontrar muita gente faminta por interação, troca de conhecimentos e evolução. Além disso, espero encontrar um evento muito bem organizado e repleto de oportunidades.

– São três bauruenses participando do evento, o que acham sobre isso? Acreditam que pode trazer benefícios para a cidade?

Fran: Os bauruenses vão participar de grandes eventos e os benefícios são para os nossos alunos. Porque a gente volta com mais conhecimento, uma energia e vontade de fazer o nosso melhor sempre. A gente acaba disseminando para os nossos alunos.

Gabriel: A Fran é a melhor dançarina do país e também uma professora fantástica. Ela é a pessoa que mais agrega a dança na cidade e ela forma excelentes dançarinos todos os anos. É uma mulher que não pode ficar de fora porque é a melhor que temos. O Henrique é meu segundo professor de dança. Dancei em um grupo que ele tinha em Bauru chamado Oficina Hip Hop. Ele é um dançarino incrível, coreografista incrível e o mais estudado professor de dança urbana no Brasil. Podemos dizer que, além de dançar, ele também é um historiador das danças urbanas e também é porque agrega muito valor aos eventos. Pra cidade, eu acho isso ótimo.

Henrique: Bauru já tem uma tradição na geração de talentos dançantes e pensantes das danças urbanas. Tenho muito orgulho por ter feito parte do início deste processo de formação na cidade e por ter visto muitos destes talentos quando ainda estavam iniciando seus estudos. Hoje em dia, o nome da cidade inspira confiança e atenção nesse meio. Acredito que a cidade poderia fazer mais uso de todo esse prestígio, fomentando cada vez mais ações voltadas às danças urbanas em Bauru. Valorizando, assim, os profissionais talentosos que se formaram na cidade.

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