Que a gente vive em um mundo consumista todo mundo já percebeu, mas e as consequências disso? Confesso que comecei a perceber o impacto das minhas atitudes no mundo pelo dinheiro. Eu sei que soa egoísta, mas foi o que me motivou a mudar os meus hábitos e, consequentemente, a me importar mais com o planeta.
Segundo o livro Hidden Impact (Impacto Escondido, em português), da designer industrial e escritora holandesa, Babette Porcelijn, o maior impacto ambiental está nos produtos que consumimos como alimentos, roupas e eletrônicos. Por isso, hoje, eu decidi trazer alguns links legais que me ajudam nesse processo de mudança.
Novas roupas velhas
O primeiro impacto que me fez acordar pra vida foram as roupas nos famosos fast fashion. Sabe aquelas lojas de departamento com roupas bonitinhas e um preço ok? Então, acontece que, para mim, esses preços não são tão bons assim levando em consideração a qualidade da roupa, foi aí que comecei a investir mais nos brechós e no guarda-roupa da minha vó.
Comprar uma peça de roupa impacta muito mais o meio ambiente do que imaginamos (vide infográfico abaixo), além disso, eu fico muito mais feliz em pagar R$5 reais nas “brusinhas” do que R$60. Pra quem gostou da ideia, dá uma olhada nessa matéria do Social Bauru com dicas de como comprar em brechós.
Mas se você não se sente confortável usando roupas de brechó, que tal renovar as peças trocando com as amigas? É um jeito legal de ter itens novos no armário e ainda é uma desculpa pra se reunir, passar um café e jogar conversa fora.
Menos carne, mais opções
Você já parou pra pensar no que é mais caro: produtos industrializados ou legumes, verduras e frutas? Eu já e inclusive, já fiz as contas. Antigamente, eu tinha uma alimentação baseada em produtos dentro de caixas e latas, isso resultava em uma compra semanal de aproximadamente R$70 reais. Hoje em dia, eu gasto, em média, R$30 reais por semana. Mas como isso? Antes um parênteses: eu sei que essa é uma realidade que funciona pra mim – moro sozinha, sem filhos e tenho tempo para cozinhar, mas mesmo nessas condições, eu tive que me organizar para colocar em prática. O que eu posso dizer é que vale a pena.
Pois bem, a mudança fundamental, para mim, foi diminuir o consumo de carnes. Além de salvar esse dinheiro, eu comecei a comer uma variedade muito maior de alimentos como legumes, verduras e frutas. Isso também me levou a comprar nas feiras que têm pela cidade e não somente no supermercado – o que é bom, não só para o nosso bolso, mas também para as famílias que se sustentam deste trabalho.
Outra opção muuuito legal que eu descobri foram os empórios de produtos naturais. Lá estão disponíveis diversos tipos de grãos, farinhas, sementes e milhares de outras comidinhas e que são vendidas a granel. Para quem não precisa cozinhar muita comida, é ótimo comprar nesses locais porque vem menos do que no supermercado, a variedade é maior e você acaba economizando. Eu sempre compro macarrão (tem vários: de beterraba, integral, de espinafre, etc), arroz, grão de bico, farinha de amêndoas, enfim.
Dessa forma, consegui diminuir a produção de lixo por conta das embalagens dos produtos e detalhe – eu sempre levo minha ecobag na feira e, sempre que possível, recuso embalagens plásticas. Além disso, a pecuária é uma das principais causas de desmatamentos, sem contar na quantidade de água usada pra produção de carnes. Então aqui vai um link bem interessante para quem quer parar de comer carne do blog da Bruna Andreoli. E se a carne faz tanta falta assim, que tal começar pela “Segunda sem carne“?
Diminuindo o lixo no mundo
Se é mais link legal que o @ quer, aqui vai um da Revista Capitolina com uma lista de como reduzir a produção de lixo. As dicas vão desde canudos até shampoo.
Essas são as formas que eu encontrei de como diminuir os impactos no mundo e, consequentemente, salvar uma grana para as viagens da vida.
EDIT: Eu sei que existem diversos “poréns” e com esse texto eu não quero obrigar ninguém a mudar a vida ou julgar quem não age assim. O que eu quero mostrar é a minha experiência. Não foi fácil, nem rápido e ainda não acabou, mas nada é impossível. Além disso, eu acredito em efeito borboleta.