A Copa do Mundo FIFA começa nesta quinta-feira, dia 14 de junho, e o país que vai reunir os times de futebol de 32 nações diferentes é a Rússia, mas o que você sabe sobre esse lugar? Lá é frio. Certo. Mas além dos graus negativos, o país tem muitas outras curiosidades.

A Rússia é o maior país do mundo e onde vivem mais de 140 milhões de pessoas, com mais de 140 nacionalidades e grupos étnicos. Quem foi conferir essas e muitas outras singularidades russas foi a bauruense Nathalia Nakano. Ela ficou por lá durante um mês e meio para fazer um intercâmbio e a gente bateu um papo com ela para saber como foi essa experiência. Confira!

– Nathalia, como surgiu a ideia de ir pra Rússia?

Eu queria fazer um intercâmbio social, mas eu não sabia para onde eu queria ir, só que queria ir pra um lugar bem diferente. Aí me indicaram a Rússia, e eu fiquei pensando “Rússia? É, Rússia”. Eu nunca tinha pensado em ir pra lá, é um país diferente do jeito que eu queria, eu gosto de inverno (era época de inverno),  pensei que ia ser algo que ia me tirar da zona de conforto, aí eu abracei a ideia e resolvi me jogar e ir pra Rússia (risos)

– Como foi a experiência do intercâmbio e quanto tempo você ficou?

O intercâmbio, eu fiz pela Aiesec, eles me sugeriram o destino, e eu não me arrependo nem um segundo de ter ido. Eu acabei ficando um mês e meio, cheguei no dia 1 de dezembro de 2016 e fiquei na Rússia até dia 10 de janeiro de 2017. Eu morei na cidade de St. Petersburgo que, na minha opinião, é bem mais bonita que Moscou (capital russa), então eu super indicaria. Principalmente agora, porque eles estão bem abertos ao público, ao turismo, e querem tirar a imagem de um país fechado.

– É uma cultura muito diferente da nossa?

Sim, é uma cultura muito diferente da nossa, mas é muito legal. Tem alguns pontos que tem muito choque cultural, o primeiro foi sair do aeroporto e ver tudo escrito no alfabeto sirílico e eu fiquei “sou analfabeta aqui”, porque eu não conseguia entender nada.

– O que você achou de mais diferente na Rússia?

Tem muita coisa, foi o país mais diferentão que eu visitei. A arquitetura é diferente, os costumes são diferentes, a culinária é diferente, a questão até de pensamento, tem muita coisa que eu escutava falar que é cultural mesmo. A cultura é diferente, não tem uma coisa específica, todo o conjunto, a Rússia é muito diferentona, é muito legal. As pessoas na rua são muito diferentes das pessoas no Brasil. Os russos em si, eu senti que, principalmente gente mais velha, eles não sorriem na rua e estão sempre andando com cara séria, mas dizem que é um resquício do que eles viveram no passado. Os mais jovens, a maioria deles falam inglês, eles são fechados, não são igual os brasileiros, mas assim que você conhece eles e conversa um pouco, você vê que eles são gente boa.

– Tem alguma curiosidade que te surpreendeu?

Uma curiosidade que me surpreendeu foi na primeira noite que eu estava lá. A gente decidiu ir numa festa, em num bar que chama Purga, em St. Petersburgo e eu cheguei no projeto, conheci o pessoal e uma italiana falou “vou num barzinho encontrar uns amigos, vamos? ah vamos”. Chegamos lá, você vê o contraste, na Rússia eles andam muito sérios, retos, olhando pra frente, não sorriem. Entramos no bar e, no meio da festa, tinha um cara russo que estava locasso e vira uma vodca, duas, três, eu não sei o que aconteceu, mas o cara estava engatinhando na balada. Você vê um contraste, porque na rua eles são muito sérios, mas quando eles estão em um ambiente mais fechado, só deles, eles são muito loucos. Outra coisa também, é um ponto negativo, mas eu senti que é um país bem machista e homofóbico.

– E você aprendeu a falar algo de russo?

Aprendi a falar algumas coisas em russo sim, como “oi”, “bom dia”, “obrigada” e “com licença”. Mas, hoje em dia, eu acho que já esqueci. Em St. Petersburgo eu senti que é uma cidade mais acessível para os turistas, porque eu ia para o metrô e tinha, nos dois alfabetos, o nome de todas as estações. Eu conseguia me locomover tranquilamente. Lá também tinha muito mais pessoas que falavam em inglês.

– Agora, por causa da Copa, todo mundo está falando muito sobre a Rússia. Deu saudade?

Com certeza! Todo mundo falando “to querendo ir pra Rússia”, “vou pra Rússia” e eu fico “quero ir junto”, mas não dá pra voltar agora. Eu, com certeza, queria ir pra Rússia no verão, porque deve ser uma paisagem totalmente diferente do que no inverno. Eu recomendo ir no inverno, porque é neve em todo lugar, é outra paisagem, é um frio russo, é outro mundo, mas é sensacional, eu super recomendo.

Quer saber mais como foi essa viagem? Confira os vlogs da Nathalia no link: https://goo.gl/ysHfdM

Compartilhe!
Carregar mais em Geral
...

Verifique também

Gestão, saúde, artes e tecnologia: Senac Bauru oferece mais de 3.800 bolsas de estudo 100% gratuitas

Para quem busca novas perspectivas profissionais em 2024, o Senac Bauru concederá mais de …