Um prato de comida pode fazer o dia de alguém, contudo, para muitas pessoas, a próxima refeição é algo incerto, principalmente para moradores de rua e famílias carentes.

Pensando em ajudar ao próximo, Flávia Cristina dos Santos e seu pai, Ronaldo Alves de Lima criaram o projeto Geladeira Solidária, inspirados por outras cidade do país que também colocaram em prática essa ação social.

Flávia e o pai tinham um ferro-velho, onde todos os dias catadores, moradores de rua e famílias carentes chegavam, pedindo por alimento. Sensibilizados pela situação, os dois pegaram uma geladeira velha, colocaram na calçada da casa e iniciaram o projeto Geladeira Solidária.

Evolução do projeto

A ideia de ajudar aos mais necessitados começou com dificuldade, sendo que Flávia e o pai tiravam dinheiro e alimento da própria casa para preparar as marmitas que seriam colocadas dentro da geladeira.

No início, tudo o que conseguiam fazer eram cinco marmitas por dia, agora são produzidas 35 marmitas no almoço e 35 na janta.

“Nós queremos beneficiar moradores de rua e as famílias carentes”, explica Flávia.

Para isso, o projeto conta com mais quatro colaboradores além de Flávia e seu pai. Uma voluntária é responsável pelo cadastro e a visita na casa das famílias que são atendidas pelo projeto, as outras, ajudam a separar os alimentos que chegam, preparam as marmitas e distribuem.

A geladeira fica localizada quadra 1 da Rua Homero de Oliveira Ribeiro e já atende a população do bairro Pousada e algumas pessoas do Jardim Ivone.

Sentimento de gratidão

Mesmo com o começo difícil, hoje Flávia se sente abençoada com a proporção que o projeto da Geladeira Solidária está tomando em Bauru, e ela vê uma grande importância no trabalho que faz diariamente

“Na minha opinião, o nosso projeto é muito importante, porque todo ser humano tem direito, até mesmo pela lei, de ter uma alimentação digna. Podendo se alimentar, a pessoa recupera a dignidade”, conta Flávia.

O futuro do projeto

Agora, os planos de Flávia é tentar legalizar a Geladeira Solidária como um projeto social, contudo, para isso, é necessária a construção de uma cozinha formada para que o atendimento às pessoas carentes seja cada vez melhor.

Para isso, o projeto está aceitando doação de materiais de construção, além da colaboração da população com alimentos, créditos em compras e gás de cozinha.

“Eu faço com amor; é uma coisa que eu gosto, me sinto realizada, está melhorando cada dia mais. O que você escuta das pessoas que comem e estão com fome é gratificante; já escutamos de uma pessoa que não comia fazia cinco dias. É bom fazer parte da mudança da vida de alguém, me sinto abençoada”, declara Flávia.

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