Quando a gente liga a televisão para assistir às notícias no jornal, muitas vezes não pensamos o que acontece e aconteceu por trás das câmeras. Como as reportagens são feitas? Como se tem acesso a tantas informações?

Alguns jornalistas das principais emissoras de televisão de Bauru contaram para gente como é o dia a dia dentro das redações, e que vida de jornalista não é o como todo mundo pensa, não!

Vida na televisão

A correria é grande e as surpresas são muitas, mas para quem já trabalha na televisão, a paixão supera qualquer coisa!

Fernanda Ubaid é, atualmente, jornalista na TV Tem de Bauru, onde apresenta o Bom Dia Cidade e a Agenda Cultural, no Tem Notícias, mas a primeira emissora onde trabalhou foi na TV local de Jaú, quando ainda estava na faculdade.

Ao longo dos anos, a jornalista aprendeu a amar essa área, e depois de 11 anos, já passou por várias emissoras da região, além da SBT e Record, até chegar na TV Tem, onde trabalha há quase três anos.

“De todas as áreas do jornalismo com as quais eu trabalhei, a que eu mais amo, sem dúvida nenhuma, é a TV. É uma linguagem diferente, mais próxima do público, que me encanta”, ela conta.

Fernanda se considera uma verdadeira contadora de histórias! Dentro da emissora, a jornalista faz entrevista, escreve o texto das matérias e monta o roteiro de todo o material para o editor.

“Somos nós que vamos pra rua, vamos aos locais onde a matéria está acontecendo. Ouvimos as histórias das pessoas, ouvimos os relatos do que aconteceu, como aconteceu, porque aconteceu, e a gente tem a função de pegar tudo isso e contar pro nosso telespectador de uma maneira objetiva, fácil de entender e passando as informações mais completas e relevantes da melhor forma que a gente pode”, explica.

tv emissora bauru
Foto: TV Unesp

Quem pensa que ser jornalista de uma televisão é correria o todo tempo, não está enganado! Mas para Fernanda, isso é o que a mais encanta nessa área da profissão.

“São poucas as matérias que a gente tem mais tempo para fazer, com mais calma. Na maior parte das vezes é aquela matéria do dia a dia, que exige agilidade desde a produção até a edição. A gente tem que ser ágil na hora de captar todas as informações, as entrevistas, as imagens e chegar na redação com o VT pronto pros editores montarem tudo que a gente trouxe da rua”.

E pelo jeito, essa correria acontece em todas as emissoras! Isadora Venturini é repórter da TV Prevê, e o seu dia a dia de serviço é quase multifuncional. Dentre suas funções, Isadora faz suas pautas, marca as entrevistas ao vivo, apresenta um programa, faz reportagens externas e ainda cuida das redes sociais da emissora.

“Todo dia é uma correria! Você chega e tem “n” coisas para fazer. Tem que estar sempre de olho nas notícias, o que sai em outros meios de comunicação. E nosso serviço nunca acaba, mesmo depois que saí”, ela conta.

Mas isso não a faz querer desistir do jornalismo, já que Isadora sonha com a profissão e de estar dentro de uma TV desde que era uma garotinha!

FOTO: TV Unesp

Tanto Isadora quanto Fernanda concordam quando o assunto é como as pessoas veem um jornalista de televisão. Muitas vezes, as pessoas têm uma visão distorcida da realidade.

“As pessoas acham que nossa vida é glamour e que temos um mega salário, mas não tem nada de glamour, muito menos mega salários. Não é ruim, mas ninguém ganha igual ao Bonner, por exemplo. Outra coisa, o pessoal confunde muito a vida de jornalista com artista, muitos acham que é a mesma coisa e é óbvio que não”, Isadora conta.

Além disso, Fernanda ainda conta que só de ouvir a palavra “jornalista”, as pessoas já assumem que ela é uma enciclopédia de notícias ambulante!

“Engraçado que quando a gente fala que trabalha com jornalismo, as pessoas pensam que a gente sabe tudo que tá acontecendo no mundo todo, e não é bem assim, né!? Nós sabemos onde buscar as informações, mas nem sempre estamos por dentro de tudo que está acontecendo”.

“Você vai ser o próximo Bonner?”

Os estagiários também são parte importante de uma emissora, afinal, todo mundo já colocou a culpa neles quando algo dá errado pelo menos uma vez na vida, não é?

Karina Rofato é estagiária na Record, e conta que sempre curtiu muito a área da TV!

“Conforme o tempo foi passando e o desejo de ser jornalista cresceu e amadureceu, o desejo de ir para TV continuou e aí já estava definida a área. Quando fui em busca de estágio, estava disposta a pegar o que aparecesse, e o universo foi muito bom comigo que surgiu uma vaga na Record TV. Mandei currículo, liguei e insisti, até conseguir”, ela conta.

Foto: TV Unesp

Dentro da emissora, Karina faz rondas policiais, apuração de notícias e o quadro “Flagrou Tá na Record”, que aparece no Balanço Geral e no SP Record. Além disso, ela ainda faz produção de pautas e notas.

E o que ela sempre ouve das pessoas quando diz que trabalha na TV? “Então quer dizer que logo vou te ver na TV?
“Quem é de fora, acha que quem trabalha na televisão tem que aparecer. A visão da maioria das pessoas é totalmente diferente da realidade. Inclusive muita gente acha que a gente ganha muito bem (risos) e trabalha pouco. E não é assim”, Karina conta.

Pedro Fonseca é colaborador da TV Unesp, e completa que a reação dos pessoas é bem engraçada quando ele conta que trabalha em uma emissora de televisão.

“Eles brincam me chamando de William Bonner. A verdade é que eu ainda sou um estudante e, como em qualquer outra profissão, ainda estou aprendendo. Mas é uma experiência gratificante poder trabalhar com as histórias de tantas pessoas”, ele comenta.

O jornalista ainda tem algumas histórias bem engraçadas que já passou dentro da emissora!

“Um dia eu fui colocado para passar o TP para a apresentadora do jornal. Só que eu lembrei de um artigo que eu precisava escrever e acabei viajando na maionese, quando percebi, o pessoal tava achando que tinha algo de errado com o TP e começaram a me chamar”.

E ainda conta:

“Em outro momento, o computador em que estava trabalhando era conectado com um TP. Eu precisei parar para mexer em uma das redes sociais e confirmar uma informação com uma fonte. Só que um vídeo de anúncio começou a rodar na tela. Aí, a produtora deu uma risada de canto de lábio e avisou que dava pra ver o que eu tava fazendo pela tela do TP!”

Pedro ainda explica que trabalhar em uma emissora é algo que não cabe dentro de uma rotina, afinal, todos os dias são diferentes. Junto a isso está a oportunidade de aprender algo novo todos os dias e conviver com várias pessoas!

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