O transporte público está presente no cotidiano do bauruense, ainda que muitas pessoas possam não usá-lo diariamente, mas em algum momento ele sempre se faz necessário.

Dados da EMDURB do começo do ano mostram que a cidade é composta por uma frota de 238 ônibus, e ao longo de 2018, esse número já recebeu atualizações.

Conversamos com alguns bauruenses que utilizam os ônibus circulares de Bauru e contaram quais os prós e contras de se usar esse transporte.

Vá de ônibus!

Thaís Nogueira usa o transporte público três vezes por semana, em média, e conta ela o que ela leva em consideração na hora de escolher o ônibus: o custo benefício, principalmente por pagar meia passagem.

Quem concorda com ela é Thaís Mendes, que além de escolher essa opção por ser em conta, também tem noção dos benefícios para o meio ambiente.

“Eu acredito no uso de transporte público como o meio mais efetivo de mobilidade, por diminuir especialmente a quantidade de veículos nas vias, por ter uma emissão de gases em menor quantidade e etc”, ela conta.

Além disso, Vinícius Bonfim, que usa os ônibus de Bauru todos os dias da semana, fazendo até dez viagens por dia, conta que o sistema de integração é bastante útil para quem faz muitas viagens, como ele.

“Eu aposto que muitos motoristas são simpáticos, sendo que tenho amizade com dois! O sistema de integração também é super interessante, pois promove a utilização do meio de transporte e a segunda viagem é gratuita”, ele conta.

Dá para melhorar

Mesmo com muitos pontos positivos, o transporte público de Bauru ainda tem muito no que melhorar, e os pontos negativos ainda se fazem presentes no dia a dia.

Barbara Gonçalves também usa o transporte diariamente para voltar do trabalho, ir ao médico, à academia e à faculdade, mas para ela o tempo de espera dos ônibus é muito longo, fazendo com que a pessoa se atrase em muitos casos, além de uma frota que oferece poucas opções para locais afastados do centro.

“A estrutura é de baixa qualidade, com ônibus muitas vezes sujos, velhos, com botões e cordas de parada quebrados. A liberação da carteirinha de estudante pelo motorista atrasa e atrapalha quando o ônibus está muito cheio”, ela conta.

Thaís Nogueira, que já está em Bauru há três anos, acredita que o preço integral da passagem (R$4) é cara se levar em conta os percursos que faz e a qualidade do ônibus.

“Eu acho que o ônibus não é bem estruturado, os próprios passageiros não sabem andar de ônibus, porque o fundo fica vazio e da frente para o meio está lotado!”, ela afirma.

Para completar, Vinícius acredita que o transporte público de Bauru não seja de todo ruim, mas ainda precisa de muito para ser bom, principalmente repensar a redução de ônibus nos finais de semana e feriados.

“Uma das coisas que mais me deixa indignado é que algumas linhas, nos feriados ou finais de semana, simplesmente não vão até os pontos finais, como as linhas que vão para a Unesp, onde estudei e ainda frequento. Quando necessitava e ainda necessito ir lá durante os domingos, os ônibus paravam no Zoológico e não iam até o final, sendo assim, ia caminhando até a faculdade, tanto em dias de sol, como nos de chuva”, ela conta.

Transporte consciente

Começou a circular em Bauru em setembro o primeiro ônibus elétrico, sendo que a cidade foi a primeira do interior a receber esse tipo de transporte.

Foram adquiridas duas unidades do ônibus, contudo, apenas uma está em uso, fazendo a linha “Nobuji Nagasawa-Centro”, diariamente, das 6h às 19h.

O ônibus tem capacidade para 38 pessoas sentadas e 38 em pé, além de ter uma autonomia de 250 km e necessidade de quatro horas para carga total. Tudo isso sem contar a redução de poluentes causados pelos meios de transportes.

“A entrada em operação dos dois veículos é um modelo embrionário de transporte público sustentável que, certamente, será o modelo adotado pelas principais cidades do mundo nos próximos 30 anos”, afirma Clodoaldo Gazzetta, prefeito de Bauru.

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