Quem já se aventurou na cozinha sabe que criar uma receita do nada não é tarefa fácil. Combinar ingredientes e modos de preparo nem sempre dá certo do jeito que imaginamos. Se você é um amante da gastronomia intuitiva e já jogou muitas receitas no lixo, não desista!

A teoria é importante, sim, mas não é só disso que sobrevivem os grandes aventureiros da cozinha. Para Kaito Casagrandi, dono de mais de 400 receitas, muitas vezes, a prática é mais importante.

“No meu ponto de vista, a teoria serve para facilitar o processo e não para torná-lo possível. Cozinhar vai além de simplesmente saber uma teoria e colocá-la em prática. O ato de transformar o alimento envolve carinho, por isso que digo que a teoria não é tão importante, se você coloca amor naquilo, vai dar certo!”, esclarece.

Dessa forma, criatividade e ousadia são dois ingredientes muito usados para criar novas receitas. A criatividade é o ponto inicial para quem quer ser autor do próprio prato. Isso, porque misturar sabores diferentes pode ser surpreendente. Já a ousadia é necessária para colocar a ideia em prática.

Cozinhando ideias

Para muitos chefs, o processo para criar novas receitas começa pela inspiração. E essa vontade pode surgir de diversos fatores: um ingrediente, alguma foto no Instagram ou até uma viagem.

É assim que a personal chef, Izabela Borges, cria o próprio cardápio. “Às vezes, assistindo um programa de TV eu consigo pensar em algo e assim vai. Sempre gostei de montar cardápios e estudar os itens de menus dos lugares que vou. Quando algum cliente pede algo diferenciado, acabo unindo tudo e as criações simplesmente fluem”, diz.

Já para Denise Bologna, chef e idealizadora do Grão 3, a maior inspiração é a feira. “Eu enjoo das minha produções, então eu adoro ir à feira e conhecer um fornecedor novo, é muito legal. Isso me inspira a criar pratos com o insumo da época, já que eu trabalho com a sazonalidade”, conta.

Depois disso, é partir pra ação! Uma forma de colocar as receitas em prática é experimentar o mesmo ingrediente de várias formas. “Esse processo é mágico pra mim. O mesmo insumo eu asso, eu cozinho, eu desidrato, eu refogo. Assim, consigo saber o melhor sabor e vou atrás do que combina melhor com ele”, relata Denise.

Meu bolo queimou, e agora?

Pratos incríveis podem sair de ideias malucas, mas, para isso acontecer, é necessário deixar os “e se” de lado. Você nunca vai saber se uma receita vai ficar boa se você nunca fizer, certo? E é na cozinha que o ditado “errando e aprendendo” se comprova.

Deu errado, e agora? “Isso faz parte e é importante!”, responde Fernandinho, chef há nove anos. E quando acontece, “analiso a receita, vejo o que pode ter dado de errado e levo como aprendizado. Tudo isso nos constrói como profissionais”, completa.

Por isso, ao invés de deixar a receita que não deu certo de lado, uma dica é aprimorá-la. “Quando quero cozinhar tal coisa, faço quantas vezes for preciso até dar certo! Minha receita de brownie, por exemplo, eu ajustei 32 vezes até chegar no resultado que queria!”, relata Kaito.

Mais do que aprender com os erros, é preciso saber se divertir com eles! Para Denise, “se tudo desse certo ia ser muito chato, o legal mesmo é algumas coisas darem erradas. Quando acontece, bola pra frente, se sacode e corre atrás do que vai ficar bom”, diz.

Para criar suas próprias receitas

Antes de correr pra cozinha e colocar as ideias na panela, confira as dicas a seguir. Nós conversamos com quatro chefs de Bauru e eles contaram o que fazer para começar a criar as próprias receitas.

Clique nos chefs e confira: 

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