Quando eu era criança, havia uma gelatina de brincar que era muito famosa. Tinha até comercial na televisão para ela: a amoeba!

Era uma verdadeira febre! Cada um tinha uma cor diferente e a levávamos para a escola para misturar com as dos amigos e ver como essa gelatina pegajosa ficaria.

Hoje, com vinte anos, eu vejo essa moda da meleca colorida voltando, com outro nome e ainda mais poderosa entre o público infantil, o conhecido slime.

Não é difícil encontrar centenas de vídeos de slime no Youtube com uma simples pesquisa. São vídeos explicando como fazer, como customizar e como brincar. Os slimes são gelatinas coloridas, com glitter e feitos dos mais variados materiais.

Essas melecas de brincar estão tão famosas que movimentam um mercado milionário! Novas empresas estão surgindo apenas para criar os slimes e comercializá-los. Além disso, grandes youtubers monetizam vídeos fazendo essas melecas.

Mas e para as crianças bauruenses, essa moda pegou? Parece que sim!

Uma nova brincadeira

Para as mães bauruenses, a rotina de brincadeiras dentro de casa não podem faltar os slimes! Gisleide Veraldo é a mãe da Gabriela e elas sempre costumam fazer os slimes. E na hora de brincadeira, até as amigas da menina são chamadas para se divertir com a gelatina.

“É divertido pra eles, a sensação de fazer algo sozinhos, de ver que a mistura de materiais gera algo diferente, além de sair grudando, fazendo bolhas, de criar cores diferentes, etc”, conta Gisleide.

Com a filha de Lediana Nascimento, a pequena Livia de 10 anos, as tardes são feitas para criar os slimes, aumentá-las, mudar de cor e hidratá-las. A menina até vai às oficinas para aprender a fazer a meleca.

A mãe da Lívia aprova a brincadeira, pois, além de ser lúdica, também ajuda a menina a diminuir a ansiedade e ficar mais tempo longe dos celulares e dos tablets.

“Eu gosto do slime porque tira ela de tablets, celulares e faz com que ela, automaticamente, faça uma terapia com as mãos. Também percebi que ajuda na questão da ansiedade”, afirma Lediana.

Os benefícios do slime

Não é só Lediana que vê benefícios no slime. Outras mães também percebem como fazer essa gelatina ajuda a desestressar a criança e até trabalha questões de cálculo.

Gisleide acredita que o slime ajuda sua filha, Gabriela, na hora de fazer medições e seguir regras, pois caso não seja seguida a ordem dos produtos, a gelatina não dá certo. Além disso, ela percebeu uma melhora na concentração da menina.

Os slimes também ajudam no desenvolvimento de trabalhos manuais, coisas que são deixadas de lado com os computadores e celulares.

“Vivemos em um mundo muito tecnológico e as brincadeiras estão ficando de lado. O slime parece estar resgatando uma prática que ficou um tanto esquecida”, explica Luciana Franzoi, mãe de Maria Clara.

Brincando com a filha, Luciana até mesmo conseguiu fazer com que ela lidasse com frustrações, quando o slime não sai do jeito que Maria Clara esperava.

Tudo isso sem contar que essas gelatinas ajudam muito no desenvolvimento da imaginação e criatividade da criança, já que elas são super customizáveis. Mas vale o aviso para quem vai fazer seu próprio slime:

“A criação do slime em casa ou em eventos sempre deve ser monitorados por um adulto. Os ingredientes são opcionais, pois existem várias formas para a criação. O segredo é usar a criatividade, assim a diversão com certeza estará garantida”, afirma Juliana Cândido, responsável pela Baladinha Villaggio Mall, que faz oficinas de slime para os pequenos bauruenses.

Para fazer em casa

Deu para perceber que os slimes, para as crianças de Bauru, são um verdadeiro sucesso. Até mesmo os pais já entraram na brincadeira!

“Os pais ficam bastante satisfeitos em ver seus filhos interagindo e socializando com outras crianças”, conta Vitoria Santos, uma das responsáveis pelo quiosque Fluffly Point, no Bauru Shooping.

Para quem gostou da ideia, Vitoria passa uma receita para fazer slime em casa:

  • Cola Acrilex;
  • Talco;
  • Hidratante;
  • Água boricada;

Para fazer o slime, é só ir misturando esses ingredientes aos poucos até dar o ponto ideal, em que a massa não fica grudando nas mãos.

Depois, é só usar a imaginação para se divertir!

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