Estar na faculdade, para muita gente, é sinônimo de sempre chegar no final do mês contanto as moedas. Eu que o diga: a gente começa o mês almoçando por quilo e termina almoçando pipoca.

Contudo, esse também é o período ideal para quem quer começar a ganhar dinheiro! Muitos universitários encontram, na faculdade, o lugar para incrementar a renda vendendo doces, lanches, acessórios e até dando aulas de idiomas.

Foi o que aconteceu com Nathalie Caroni, aluna de jornalismo da Unesp, que, desde o seu primeiro ano, ministra aulas de francês.

Ganhar com o que se gosta

Desde 2014, quando ingressou na universidade, Nathalie procurava uma forma de conseguir juntar um dinheiro extra. Natural da França e falante da língua, a jornalista viu, no francês, uma forma de trabalhar com o que gostava e ainda lucrar.

“Desde o começo, eu acabei pegando o gosto por isso e continuei porque gosto de ensinar e gosto muito de idiomas!”, comenta ela.

A aluna ainda confessa que teve bastante procura pelas aulas, já que francês é uma língua pouco oferecida entre os curso, diferente do inglês e do espanhol.

Aprendizado para a vida

Há seis anos como professora de francês, Nathalie percebeu que quer seguir ensinando. Ela, inclusive, conseguiu um emprego em uma escola de idiomas em Bauru, para ser professora de francês e inglês.

Contudo, o caminho até hoje teve seus altos e baixos. A jornalista teve que aprender a ser mais organizada, tanto com seu tempo quanto com o dinheiro.

Além de tudo, ela também fazia suas próprias aulas e procurava por livros sobre metodologia sozinha. “Faz seis anos que eu dou aula e foram anos de aperfeiçoamento”, conta.

Tem para todo mundo

Mas não vai achando que os universitários podem empreender só dando aula, não! É comum encontrar, pelos corredores das universidades, alguém vendendo um brigadeiro, um pão de mel ou um bolo.

É caso de Barbara Alcântara que decidiu unir a formação em gastronomia com seu próprio estilo de vida. Aluna de jornalismo, ela começou a vender comidas vegetarianas.

“A ideia surgiu logo no primeiro ano mesmo, porque eu trabalhei em restaurante por muito tempo e imaginei que poderia gerir meu próprio mini negócio e vender comida pra galera. Sou vegetariana há mais de uma década e achei que esse seria um jeito legal de mostrar que dá para comer bem e barato sem envolver crueldade animal”, aponta Barbara.

Com o projeto em ação, a aluna aprendeu muito sobre colocar as ideias em prática, afinal, ninguém vai fazer isso por ela!

“Por exemplo, se um mês eu desando e não faço tanta coisa para vender ou fico com preguiça de oferecer para as pessoas, minhas vendas caem e, consequentemente, a minha renda e a divulgação do que vendo. Ninguém, além de mim, realmente sente falta disso. Ninguém fica me cobrando; eu não tenho chefe. Então sou eu mesma que tenho que fazer acontecer. Aprendi a me jogar mais, a tentar sem (tanto) medo de errar”, ela completa.

Ainda assim, Barbara confessa que ainda tem muito o que evoluir, quando o quesito é organização pessoal. Entretanto, a vontade de empreender se mantém.

“Acredito que, cada vez mais, a gente, como sociedade, tem estimulado o empreendedorismo. A ideia de que a gente precisa ser nosso próprio chefe e todos esses ‘blablablas’ escondem a raiz do problema: tá difícil encontrar emprego e o pessoal tá tendo que se virar com o que vê pela frente (risos)”, Barbara finaliza.

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