Mais um ano em que a dengue volta a assustar a população bauruense. Segundo a Secretaria de Saúde de Bauru, a cidade se tornou a primeira do estado em número de casos. Até o dia 15 de janeiro, foram registrados 2.423 casos. Esse número fez com que a cidade superasse Andradina, até então, líder do ranking.

Devido ao risco da doença em Bauru, conversamos com a bióloga da USC (Universidade do Sagrado Coração), Prof.ª Dra. Rita Luiza Peruquetti, para explicar os sintomas e o tratamento da dengue.

Primeiros sintomas

Como já conhecemos, a dengue é um vírus que pode ser contraído a partir da picada do mosquito Aedes aegypti. Além disso, a pessoa pode ter um dos quatro tipos da doença.

O importante de se frisar é que, muitas vezes, os sintomas da dengue podem ser confundidos com os da gripe comum ou outra doença.

Por isso, fique atento aos principais sintomas:

  • Febre alta;
  • Dor de cabeça;
  • Mialgia∕ artralgia (que são fortes dores musculares e nas articulações);
  • Vermelhidão;
  • Coceiras na pele;
  • Diminuição da contagem dos glóbulos brancos e plaquetas;
  • Sobrecarga renal.

“A combinação de mais de dois desses sintomas é o principal alerta para que a pessoa suspeite que pode ter contraído dengue e procurar atendimento médico”, explica a bióloga da USC.

Fique de olho!

É essencial que a pessoa busque atendimento médico caso sinta alguns desses sintomas. A dengue pode trazer problemas ainda mais sérios por conta de dois fatores: dependendo do tipo do vírus e se é o primeiro contato com o vírus ou não.

As primeiras infecções são, geralmente, benignas e os sintomas são fracos, podendo até passar despercebidos. Contudo, uma infecção secundária pode causar complicações severas.

“Conhecida como dengue hemorrágica ou síndrome do choque da dengue, ela pode provocar febre alta, fenômenos hemorrágicos, hepatomegalia (aumento do fígado) e insuficiência circulatória, podendo levar o paciente à morte”, afirma a professora Rita.

Não abra mão do tratamento

O tratamento da dengue deve ser feito com o acompanhamento médico. Nada de ficar se automedicando, viu?!

Uma coisa que você pode, e deve, fazer é sempre se manter hidratado. “O paciente deve ser orientado a permanecer em repouso e iniciar hidratação oral. Para dengue hemorrágica é utilizada a terapia de reposição de fluidos. Esses tratamentos seguem o que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS)”, comenta a bióloga.

Sem tratamento específico, a doença é medicada com analgésicos e antitérmicos, na maioria das vezes. É importante ressaltar que a identificação dos sintomas e da infecção logo no início reduz a taxa de mortalidade.

Evite a dengue!

A principal forma de evitar que o número de casos de dengue aumente em Bauru é com a prevenção da transmissão e reconhecimento dos sintomas inciais.

Pode até parecer repetitivo, mas é importe remover reservatório com água limpa e parada; sempre usar repelente; e proteger o paciente com dengue para evitar que mosquitos não infectados se tornem transmissores.

“Algumas iniciativas, que estão sendo utilizadas em várias regiões, são utilização de mosquitos geneticamente modificados. Ao se reproduzirem com os mosquitos do local, eles geram mosquitos inférteis, reduzindo a procriação do mosquito no ambiente. Uma vacina também está sendo testada e pode estar disponível em um futuro próximo”, finaliza a professora.

Mas enquanto não possuímos a vacina contra a dengue e as pesquisas ainda estão em andamento, fique atento e se previna!

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