Quando falamos em depressão é comum lembrar algum caso de uma pessoa com a doença próxima a nós.

Isso, porque segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é um transtorno mental frequente. Em todo o mundo, estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram com esse transtorno.

A depressão é caracterizada por sentimentos de tristeza, baixa autoestima, pensamentos negativos recorrentes, desesperança e desespero. Posteriormente, podem surgir sintomas como fadiga, irritabilidade e ideação suicida.

Segundo a Psicóloga Maria Elisa Gisbet Cury, o tratamento para a depressão pode englobar diversas intervenções e uma delas é a prática de exercício físico. Dessa forma, essa prática faz o cérebro liberar neurotransmissores que ajudam a pessoa a se sentir melhor.

Exercício físico é o melhor remédio!

Já ouviu falar em endorfina? Ela é o neurotransmissor responsável por dar a sensação de bem-estar e é liberada a partir do exercício físico.

Além da endorfina, o cérebro também é estimulado a produzir outros neurotransmissores como serotonina e dopamina, cujas quantidades no cérebro podem ajudar a aliviar os sintomas da depressão”, explica a psicóloga.

Podem acreditar! Além da depressão, a prática regular da atividade física contribui para o alívio dos sintomas provocados pela exposição ao estresse negativo do dia a dia.

Como o esporte beneficia?

O esporte pode fazer parte do programa de exercício com outros objetivos como recreacionais e de socialização. A mestra em Educação Física, Luciana Alves de Souza Carvalho, explica que, caso o indivíduo seja um atleta de alto rendimento, ele poderá continuar com a prática, com a liberação e supervisão médica e da equipe multidisciplinar.

Os efeitos fisiológicos, como a liberação de algumas substâncias durante a prática, como exemplo, a endorfina, provocam sensação de bem-estar, o que contribui para o controle do estresse”, comenta Luciana.

Assim sendo, as atividades recreativas e de lazer também são benéficas. Atualmente, há um segmento de exercícios físicos denominados “práticas corporais alternativas”. Elas visam promover a consciência corporal como um todo – corpo e alma – dobrando os benefícios ao praticante.

Acompanhamento médico

Mas somente os exercícios não são suficientes para curar a depressão. O acompanhamento psicológico é essencial e indispensável. Mesmo buscando outros meios para auxiliar, como os exercícios físicos, é importante ter um acompanhamento médico.

Maria Elisa explica que a atenção psicológica  auxilia o individuo a entender quais os conflitos a pessoa está vivenciando e que estão relacionados ao quadro depressivo.

Uma vez compreendido este conflito, é possível que ele seja elaborado, e a situação geradora de dor possa ser resignificada, ajudando a pessoa a perceber a vida de uma maneira menos sofrida”, diz.

Vale lembrar que cada pessoa é única e reage de maneira particular às intervenções. Além disso, características de personalidade, boas condições de trabalho e sociais, além do suporte familiar, são fatores que também contribuem para a melhora do quadro depressivo.

A intervenção precoce é sempre a mais indicada. Assim, caso esteja sentindo que está diferente do habitual, que sente-se desanimado, desmotivado e sem perspectiva, procure um profissional!”, finaliza a psicóloga.

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