Cada vez mais nos tornamos conscientes de como nossas ações do dia a dia podem causar consequência tanto para nossas próprias vidas, quanto para o planeta.

Podemos não saber, mas muitos produtos que consumimos são feitos com substâncias prejudiciais a nossa saúde. Além disso, grande parte dos materiais de embalagens acabam virando lixo não reciclável. Você sabia que a sua primeira escova de dente ainda pode estar poluindo o meio ambiente?

Conscientes das questões ambientais e pensando na própria saúde, jovens de Bauru apostam na produção dos próprios produtos. Desde higiene pessoal até produtos de limpeza, tudo pode ser feito em casa!

Mão na massa… e na consciência!

Nádia Linhares é estudante de jornalismo na Unesp de Bauru. Hoje, ela já vende os próprios desodorantes. Mas essa história começou com a ideia de reduzir o próprio lixo que consumia.

“Eu comecei trocando os produtos normais por produtos veganos, porque por mais que eu não seja vegana na alimentação, eu tentei trocar nas outras coisas”, ela conta.

Fazendo seus próprios cosméticos, Nádia conheceu o movimento “Lixo Zero”, que vem ganhando força no Brasil. A ideia é produzir zero lixo ou tentar reduzir, ao máximo, a quantidade.

Seguindo e testando receitas da internet, Nádia já produz os próprios desodorantes, hidratantes e produtos de limpeza. Questionada sobre o motivo de ter começado a fazer esses produtos, ela responde:

“Comecei a pensar mais no meio ambiente, na minha saúde e no meu comportamento. É importante pensar no nosso nível de consumo, pensar até que ponto precisamos dos produtos que compramos. A gente não vê os impactos, mas eles existem”, responde.

Assim como Nádia, Ingrid Midory também já produziu seus próprios produtos. Estudante em Bauru, ela já fez um esfoliante caseiro com açúcar e óleo de coco. A ideia veio do Pinterest e acabou se tornando uma experiência nova para ela.

“Eu gostei bastante desse esfoliante. Pude escolher meus próprios óleos essenciais para compor o produto. Além disso, foi divertido fazer o esfoliante, misturar todos os ingredientes e ir testando. Senti mais proximidade com o produto que eu fiz do que os comprados em lojas de cosméticos”, diz Nádia.

Além disso, ela completa:

“Acho muito importante que as pessoas saibam o que vai dentro dos produtos. Muitos esfoliantes, por exemplo, são os causadores de parte da poluição do oceano. Sem falar nos ingredientes dos cosméticos, que raramente sabemos decifrar os nomes, muito menos de onde foram extraídos. É claro que nem todo produto caseiro é necessariamente benéfico. Acho que a ajuda de um profissional, um químico ou esteticista, é indispensável. Mas algumas coisas simples são comprovadamente benéficas para nossa saúde e podem ser feitas com os ingredientes que temos em casa mesmo. A consciência fica mais limpa quando sabemos de onde vieram todos os produtos”.

Consciência coletiva

O importante é conscientizar as pessoas sobre o consumo. Por isso, além de fazer para si, Nádia também produz desodorantes para vender. A ideia surgiu para ajudar as outras pessoas a reduzirem o lixo, mesmo que só com um potinho.

“Eu acho que é uma boa ideia começar a reduzir o lixo das outras pessoas também. Como eu já faço para mim mesma, não vejo porque não fazer para as outras pessoas”, ela afirma.

Valquíria de Carvalho é uma das pessoas que usa os desodorantes de Nádia. Com apenas um mês de uso, ela já vê a diferença entre produtos caseiros e industrializados.

“Foi bem legal usar um produto caseiro, porque eu conheço a procedência e os produtos que são usado. Além disso, eu sei que não vai fazer mal para mim e que não vai fazer mal para o meio ambiente”, Valquíria explica.

Criando essa rede de consciência do consumo, poderemos melhorar a nossa qualidade de vida.

Compartilhe!
Carregar mais em Comportamento

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Verifique também

Qual a expressão do seu filho ao aprender? Empresa de Bauru captura momentos na escola

Quando mudou de Arealva para Bauru em 2016, porque sentia que a filha de 3 anos precisava …