O Dia do Índio é comemorado no dia 19 de abril e tem como objetivo a preservação da memória e cultura dos povos indígenas.

Essa comemoração busca trazer a importância que esses povos tiveram na formação cultural e étnica dos brasileiros. Quando os colonizadores europeus chegaram ao Brasil, os índios começaram a perder seus espaços e assim, até hoje, lutam pelos seus direitos.

Depois de muito tempo, o governo começou a implantar políticas para integrar os índios à sociedade. Uma dessas inclusões vem sendo feitas nas universidades, inclusive aqui em Bauru.

David Henrique da Silva Pereira é aluno indígena na Universidade do Sagrado Coração (USC) e comenta que os benefícios que recebe vão além da educação e da formação. “Esses benefícios me ajudam a buscar novas parcerias, novos horizontes e projetos e me dão condições de melhorias!”, diz.

Direito garantido!

A USC, já conta com 17 alunos indígenas matriculados por meio do Projeto Identidade Araribá. Esse projeto existe há 22 anos e começou com uma ação de extensão desenvolvida pela universidade nas comunidades indígenas da cidade de Avaí.

O coordenador do projeto, Cleiton José Senem, explicou que a necessidade de formação e qualificação profissional dos indígenas apareceu como uma demanda das comunidades. A universidade atendeu esta necessidade criando condições para o acesso da população indígena ao ensino superior.

Dessa forma, o projeto Araribá trabalha com duas ações, a primeira é o acompanhamento didático e pedagógico dos alunos.

“São oferecidos acompanhamentos a esses alunos tendo em vista a superação das dificuldades enfrentadas ao longo do curso escolhido. Com orientações e desenvolvimento de estratégias de aprendizagem”, comenta Cleiton.

O aluno comentou como o projeto o ajuda no acesso ao ensino superior, capacitando-o para o mercado de trabalho. “O projeto abre essa porta para que possamos buscar nossas formações nas áreas oferecidas. Essas áreas que nos formam, nos possibilitam a buscar melhorias para nossas comunidades“, diz David.

A segunda ação oferece orientação para o ingresso dos alunos indígenas ao ensino superior. O coordenador conta que, durante todo o ano, alunos de diferentes cursos desenvolvem ações que promovem o acesso da população indígena aos cursos de ensino superior.

No ano de 2019, por exemplo, existem em torno de 12 alunos indígenas estudando na UNICAMP, UFSCAR, entre outras instituições públicas do estado de São Paulo”, completa.

Um passo para a inclusão

Diante desse projeto oferecido pela USC, é visível os benefícios na vida de alunos indígenas. Assim, a formação em nível superior voltada à área da educação e da saúde atende uma parte das comunidades.

Para David, é um desafio a inclusão não ser aceita por 100% da sociedade, “Não critico as pessoas, só acho que elas ainda não tiveram a oportunidade de conhecer a cultura indígena, ou conhece de forma errada e não aceita a inclusão em certos espaços“, comenta David.

Em resumo, o projeto auxilia na vida dos estudantes de forma a qualificá-los para o exercício profissional.
Cleiton explica que as comunidades indígenas precisam de professores, enfermeiros, fisioterapeutas e agrônomos. Essas, dentre tantas outras profissões, e o acesso ao ensino superior contribuem com as demandas das próprias comunidades indígenas.

Até o final de 2018 a USC já havia formado mais de 20 alunos indígenas. Assim, contribuindo para o desenvolvimento e a preservação da cultura indígena”, diz o coordenador.

Mudando de cenário

Esse contexto só vai mudar quando pautarmos mais esse assunto. Assim, levantar as questões que envolvam a inclusão de indígenas na sociedade é fundamental.

Nesse sentido, o Projeto Identidade Araribá agrega a discussão nacional para refletir os desafios das Políticas Públicas voltadas à população indígena, focando na questão da saúde. Por isso, a USC está organizando uma reunião para falar sobre o assunto.

Sim! Esse é um convite a você que se interessa e busca estar por dentro das novidades. O evento contará com a presença dos caciques e representantes das Terras Indígenas de Araribá. Além de funcionários da própria SESAI – Secretaria Especial de Saúde Indígena.

O evento acontecerá dia 22/05, às 19h, no auditório: Madre Clélia, bloco J da Universidade do Sagrado Coração e contará com apresentações culturais assim como a venda de artesanato indígena.

Entrada gratuita, precisando apenas de uma inscrição antecipada a ser realizada pelo site: http://bit.ly/2Wa4UMS.

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