Brasil, sil, sil, sil… Somos conhecidos como o país do futebol e levamos essa ‘brincadeira’ ao pé da letra! O futebol no nosso país é o esporte mais praticado e reconhecido por todos.
Isso, porque nossa seleção é a maior campeã do mundo! Além disso, temos grandes craques que fizeram história e levaram o futebol brasileiro a ser um dos mais reconhecidos.
O futebol no Brasil envolve a paixão dos torcedores, seja mulher, homem, crianças ou idosos. Dessa forma, foi criada uma sociedade apaixonada pelo esporte.
Portanto, não podemos negar que o futebol está enraizado na nossa cultura, fazendo parte dos brasileiros!
Hoje, o futebol é de todos!
Como já diz aí em cima, hoje o futebol é de todos, mas demorou um tempo para isso acontecer. Antes, esportes que eram relacionados à força e envolvimento corporal, eram destinados apenas aos homens.
Aquela velha e mentirosa história de que mulher é sexo frágil foi uma barreira, por muitos anos, impedindo que elas tivessem esse contato com o esporte. Até mesmo nas torcidas, muitas vezes, as mulheres eram repreendidas e, por isso, até hoje, buscam espaço nesse meio.
Pensando nisso, conversamos com quatro torcedoras bauruenses, que vão falar sobre a paixão pelo futebol e pelos quatro grandes times do estado de São Paulo.
Agora quem dá bola é o Santos
Paula Berlim nasceu em uma família de palmeirenses, mas, o coração de santista logo começou a bater mais forte. Foi na Vila Belmiro, estádio do Santos, que veio a confirmação, Paula já era mais que torcedora!
“Fui a um jogo da Copa Libertadores onde o Santos ganhou e ali foi o momento que virei santista mesmo”, completa.
Para ela, torcer é levar uma paixão por um clube, uma história, uma cidade, um escudo, uma instituição e uma nação.
Que sabe ser brasileiro, ostentando a sua fibra!
A palmeirense da vez é a Danielle Baptista, torcedora desde os seis anos de idade. Ela fala que, mesmo com a família são paulina, a paixão pelo Palmeiras sempre foi tão grande que acha que já nasceu assim.
“A sensação de ser torcedora é muito boa, eu amo torcer, tenho orgulho quando alguém comenta algo sobre meu amor pelo Palmeiras”, comenta Danielle.
As mulheres têm conquistado, a cada dia, as arquibancadas e estádios, lutando para deixar o machismo e preconceito de lado.
A palmeirense revela que já escutou de torcedores da torcida rival frases como: “deveria estar em casa lavando louça” ou “Nossa, cadê o marido dela, será que está limpando a casa para ela?”.
Para Danielle essas atitudes nunca vão acabar. “Agora com o retrocesso que a grande maioria dos brasileiros vem entrando, tenho até medo! As pessoas estão ficando intolerantes às diferenças e acredito que se sintam incomodadas com as mulheres que querem direitos iguais (como poder acompanhar o futebol). Eles vão acabar atacando por achar que não merecemos”, conta.
De tradições e glórias mil
O Corinthians é um dos times paulistas que mais tem torcedores e a bauruense Ana Flávia Angélico está entre eles. Ela prova que o amor pelo “timão” é real e é de louco!
Ela herdou a paixão de sua mãe e explica que, no início, tinha a intenção de provocar seu pai, que é são paulino.
“Eu era pequena e tinha aquela brincadeira de provocar o pai, minha mãe sempre me ensinou a falar para ele que eu era corinthiana e assim foi. Graças a Deus ela me ensinou a ser assim!”, conta.
O interesse pelo time foi crescendo e, por volta dos 14 anos, Ana começou a acompanhar, a assistir os jogos e a sentir o gosto de comemorar os títulos!
A corintiana explica que essa paixão faz ela se lembrar de uma fase boa da vida. “Lembrar do Corinthians é lembrar da minha mãe e toda vez me orgulhar ao contar que foi ela que me ensinou a fazer parte desse bando de louco”, enfatiza.
Todo torcedor é sonhador, isso é fato! Afinal, quem não sonha, não realiza, e Ana Flávia também sonha. “Meu sonho maior é conhecer o Tite, ele foi um grande professor no Corinthians e nos trouxe títulos inéditos”, diz.
Ó tricolor, clube bem amado!
Dos quatro grandes times, o São Paulo é o time mais novo, mas não menos campeão. E a torcedora Gabriella Brizoti confirma isso!
Ela leva essa paixão desde 2005, quando encontrou o time pela primeira vez no aeroporto, indo disputar a Copa Libertadores. Na ocasião, a são paulina tirou foto e conheceu o ex-goleiro Rogério Ceni.
“Nesse mesmo ano, o São Paulo foi campeão mundial e eu assisti aquele jogo inteiro. Quando acabou e eu vi o Ceni erguendo a taça, a galera comemorando nas ruas, eu pensei: que time legal, vou torcer pra ele, e aí nunca mais parou, o amor só foi aumentando”, comenta Gabriella.
Rivalidade tem limite
Um dos motivos para o futebol ser emociante é a rivalidade e os quatro times de São Paulo têm de sobra. Com isso, o clima entre as torcidas esquenta e, muitas vezes, deixa até de ser algo saudável.
A santista comenta que é triste, porque, atualmente, os times têm torcidas únicas, em razão da violência. “A sociedade, no geral, deveria encontrar um meio de lidar com isso, porque o futebol é festa, é celebração, é esporte coletivo e isso é bonito entre as torcidas!”, diz Paula.
A são paulina ainda complementa “a rivalidade é boa dentro das quatro linhas e durante os 90 minutos de jogo, fora disso já se torna algo ruim e prejudicial”, finaliza Gabriella.
Portanto, queremos ressaltar a questão de mulheres nas torcidas, as rivalidades entre os times e, acima de qualquer coisa, a paixão por esse esporte que é cada vez mais linda!