Para quem tem contato com crianças, uma pergunta: você tem o hábito de contar histórias? Essa é uma das questões que a Isa Augusta Campos Trindade está fazendo para os bauruenses.

A aluna de Fonoaudiologia na Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP) está desenvolvendo uma pesquisa de iniciação científica denominada “Era uma vez: como se contam histórias às crianças no contexto familiar?”. A ideia do trabalho surgiu ao perceber que o hábito de contar histórias estava se perdendo.

“Nós fazemos atendimentos voltados à linguagem infantil na Clínica Escola de Fonoaudiologia da FOB-USP. Percebemos que os pais não têm o hábito de fazer a leitura para as crianças. Quando fazem, é de uma forma muito rápida, não dão o tempo da criança explorar, ver as figuras e falar os detalhes”, explica a orientadora da pesquisa e professora do Departamento de Fonoaudiologia da FOB-USP.

Portanto, o trabalho científico tem como objetivo investigar se pais e/ou cuidadores de crianças entre zero a 6 anos têm o hábito de contar ou ler histórias como forma de estimulação de linguagem. Além disso, para quem tem esse hábito, busca-se caracterizar como fazem, ou seja, quais recursos e estratégias utilizam no momento de interagir com a criança.

Para a coleta de dados, a pesquisadora está solicitando voluntários que sejam pais e/ou cuidadores de crianças de até 6 anos de idade. Para participar, basta responder um questionário online de múltiplas escolhas com perguntas sobre hábitos de leitura e contação de histórias.

Os interessados em colaborar devem responder o questionário até o dia 25 de junho de 2019 no link: https://goo.gl/forms/1TBmVIlGRadGowro1.

Por que participar da pesquisa?

A orientadora da pesquisa explica que a leitura tem papel fundamental no desenvolvimento das crianças. Por isso, é importante ter o hábito de ler para os pequenos já nos primeiros anos de idade.

“A contagem de histórias, principalmente com as crianças pequenas, tem um reflexo na aprendizagem, na alfabetização e no interesse pela leitura e escrita. Além de várias outras questões ligadas ao desenvolvimento”, esclarece Simone.

Com os resultados da pesquisa, aluna e orientadora pretendem criar um programa para os pais e cuidadores. O intuito é melhorar a forma de contar histórias, além de reforçar esse hábito com as crianças.

“Queremos investigar como é esse hábito para poder pensar em um programa de intervenção para atuar com os pais. Gostaríamos de fazer um programa específico, pensando em um treinamento para esse momento tão enriquecedor”, conclui a orientadora.

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