Em maio escrevi para a coluna do Social Bauru revelando muito sobre mim – se não leu, leia! Eu até disse que teria uma segunda parte, porém não sei se essa é a segunda parte que vocês esperavam, mas é o que eu preciso escrever.

Chega a ser engraçado como nossa vida pode mudar dentro de um mês. Como tudo aquilo que você pediu de mudança e entendimento finalmente chegou. É engraçado também como meu cérebro funcionou durante esse período que eu chamo de transição. Mesmo sem ter feito uma pesquisa, acredito que a maioria das mentes também funcionam dessa maneira.

E para entender tudo o que aconteceu e o que está acontecendo, acabei assistindo o filme “Divertidamente” de novo e fiz uma análise da minha vida baseada nessa história infantil. Sim, quero ser didática e, se não assistiu o filme, assista.

A história mostra de um jeito “simples” como as emoções agem nessa caixinha [o corpo humano]! No primeiro momento, existem quatro emoções quando somos crianças: felicidade, raiva, medo e tristeza. A emoção que toma conta só poderia ser felicidade. Mas a felicidade não entende, e desdém, das outras emoções, chegando a dizer que elas não serviam para nada, principalmente a tristeza. E, parando pra pensar, quem nunca pensou a mesma coisa, né?!

Acontece que a felicidade não quer aceitar de jeito nenhum o sofrimento, fazendo de tudo para que a criança não sinta nada além da alegria. E claro, já podemos saber o que acontece. A tristeza vem como uma bomba e tudo que era feliz vai desaparecendo aos poucos. A felicidade, de certa forma, fica parecida com a raiva, que acaba ficando parecida com o medo.

Assim, desse jeito, eu fui vivendo. A luzinha amarela da felicidade foi se apagando cada dia mais dentro de mim. O que abriu portas para aceitar coisas negativas em minha vida e esquecer exatamente quem eu era. Foi uma batalha por anos. Até imagino todos, dentro de mim, brigando entre si, imagino também o cansaço deles assim como no filme. Até que, em certo momento, sem querer, as principais emoções se unem, felicidade e tristeza. Sendo assim, surge o nome que acabei de inventar a “tristecidade“. E que alívio foi para a menina do filme. Assim como foi para mim.

O que eu quero dizer é que nossas vidas vão ter esses momentos um pouco mais escuros, de dor e de tristeza que até pode demorar alguns meses e anos. Mas a felicidade sempre vem depois, assim como o sol vem após a chuva. Sem os momentos de tristeza nós não saberíamos enxergar os momentos de felicidade que, quando estamos tristes, são nossas melhores lembranças. E não cabe a mim dar exemplos disso. Só pare para pensar nos seus momentos de tristeza e veja o que aconteceu com você naquela hora ou depois.

Hoje sou muito grata por tudo isso que vivi. Não foi fácil e pensei em desistir várias vezes. Mas uma coisa aprendi e espero nunca esquecer, da tristeza vem a felicidade e que a gente nunca deixe de sentir nenhuma das nossas emoções, são elas que fazem ser aquilo que somos e/ou que vamos ser.

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