Domingo (11) é o dia de homenagear nossos heróis sem capa, nossos pais. Mas não só eles: nosso avós, tios e todas as figuras paternas que estiveram presentes em nossas vidas. Eles nos ensinaram a andar de bicicleta, comemoraram nossas vitórias, limparam nossas lágrimas e foram inspiração ao longo dos anos.

Por isso, nada melhor do que relembrar esses momentos com algumas histórias marcantes. Conversamos com alguns bauruenses que abriram os corações e contaram um pouco sobre a relação com seus pais.

Marielle Letícia Ottonicar Vanin e Antonio João Rozeli Vanin

“A nossa relação era sensacional. Acho que se, de fato, existem outras vidas, a nossa relação era de outras vidas! Eu daria a vida pelo meu pai. Ele era um ser humano fantástico, com um coração enorme. Tenho a sensação de que eu abri os olhos e ele estava do meu lado desde sempre. A gente sempre foi muito amigo. Mesmo depois que eu casei, eu ligava pra ele todos os dias pra conversar e falar que eu o amava.

Ele era um pai que sempre participou de tudo: brincava de boneca, construía castelinho de areia na praia, andava de bicicleta e assistíamos jogo do São Paulo juntos. Só tenho lembranças boas e inesquecíveis e me encho de orgulho ao ver que todo esse amor e admiração que tenho por ele, ele também conseguiu despertar no meu filho, que era louco por ele. O meu pai transbordava amor e me encheu de amor por inteiro. Me fez a pessoa que sou hoje!

Meu pai era uma pessoa muito bem humorada, brincava e fazia piada de tudo. Me lembro de que uma vez fizemos uma viagem com várias pessoas da família, num Carnaval para um hotel fazenda. Meu pai, além de todas as qualidades, ele cantava muito bem, tinha um vozeirão. E tinha gente que dizia que ele parecia um dos membros da dupla Tonico & Tinoco. Neste hotel, algum hóspede achou que me pai era um desses dois artistas e eu e minha família entramos na onda dizendo que ele era mesmo. Lembro das pessoas tirando foto com ele e eu ‘ensinando’ ele a dar autógrafo. Foi hilário, rimos muito”.

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Marielle e seu pai, Antônio. Foto: Arquivo pessoal

Heloísa Teixeira Manduca e João Luis de Oliveira Manduca

“A minha relação com o meu pai, desde criança, foi muito próxima, apesar dele ter trabalhado fora, em outras cidades, ele sempre foi um pai muito presente e ainda é. Quando ele estava de folga, em Bauru, ele me levava para passear. Apesar de ele estar trabalhando longe, sempre que podia, ele estava próximo de mim, nunca deixou faltar nada.

Foram muitos momentos que me marcaram bastante. Um deles, foi quando eu aprendi a dirigir. Ele me ensinou, porque além de ser ferroviário, ele também dava aula de direção. Quando eu tirei carta ele não estava mais dando dando aulas, mas sempre me ajudou durante o processo. Então, quando eu fui aprovada no exame, ele ficou super emocionado!

E outra coisa que me marcou muito, foi durante uma visita para Sorocaba, e aproveitamos para ir em cidades vizinhas, locais que meu pai trabalhou na época da ferrovia. Foi uma coisa muito boa porque aproximou a gente. E foi importante eu conhecer esse passado dele”.

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Heloísa e seu pai, João

Mayla Fernandes Rodrigues e Nivaldo José Rodrigues

“Eu sou filha única, então minha relação com os meus pais é de muito apego. Meu pai é o homem mais carinhoso do universo! Muito apegado a mim. Ele sempre trabalhou muito, em dois, três empregos. Por isso, nos momentos que a gente tinha juntos em casa, a gente fazia de tudo. Ele me levava para comer fora, fazia pudim (eu amo demais o pudim dele), pipoca doce, me ensinou a nadar, me acompanhava no jiu-jitsu, foi em todas as formaturas, em todas as quadrilhas juninas. E sempre me incentivou. Meus pais são de Pardinho. Quando eu me mudei pra Bauru, para estudar, ele foi o que mais sofreu.

A gente se fala todo dia pelo celular, mas mesmo assim a saudade é muito grande. Quando vou pra casa, ele adora me mimar. Faz tudo que eu gosto de comer, seleciona meus filmes prediletos. A gente passa o finas de semana inteiro juntos: eu, ele e minha mãe.

Eu morro de orgulho do meu pai acompanhar todos os momentos importantes da minha vida. Temos vários momentos inesquecíveis juntos. O que eu gosto muito de lembrar é quando eu consegui uma bolsa integral para a faculdade de jornalismo. Meu pai acompanhou tudo, chorou, gritou, pulou. Foi comigo fazer a matrícula e conhecemos o campus juntos. Ele que contou para toda família que eu tinha conseguido. A conquista foi maravilhosa. Mas pra mim, o olhar dele de orgulho e felicidade, não tem nada melhor que aquilo”.

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Mayla e seu pai, Nivaldo. Foto: Arquivo pessoal

Avô também é pai!

E como eu disse, todas as figuras masculinas que foram importantes em nossas vidas valem ser homenageadas, incluindo nossos avôs! E Luciana Pires também já passou ótimos momentos com o avô, Luciano Pires.

“Meu avô e eu temos o mesmo nome. Somos jornalistas também. Trabalhamos com comunicação. Levamos a vida de uma forma leve e cheia de humor. Desde sempre passamos muito tempo juntos. Filmes, músicas antigas e histórias que aprendo diariamente com a sua memória incrivelmente maravilhosa, conversas longas, gargalhadas que não cessam. Meu xodó, meu orgulho, a melhor pessoa que conheço nessa vida.

A música favorita do meu avô é ‘Fascinação’. Ele sempre me pedia pra cantá-la, porém eu não havia conseguido incluir no repertório de algum show.  Então, em uma apresentação com o pianista Adylson Godoy, tocamos a música de surpresa e ele ali, na primeira fileira, ficou muito emocionado e eu quase fui aos prantos ! Inesquecível”.

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Luciana e seu avô, Luciano. Foto: Arquivo pessoal

Por isso, deixamos aqui nossos parabéns para todos os pais bauruenses!

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