A faculdade é um período marcante da vida. 

Além dos estudos, são diversas as experiências que marcam a memória. Justamente por isso, muitas bandas acabam se formando nessa época. 

Algumas seguem carreira depois do fim dos estudos. Assim como as internacionalmente famosas: Queen, Coldplay e Linkin Park. E as bandas nacionais: Natiruts, Los Hermanos e Engenheiros do Hawaii. 

No entanto, mesmo que essa experiência acabe depois do término dos estudos, não se pode negar que ter um grupo musical durante a faculdade pode ser uma experiência muito legal.

Mas você conhece as bandas de Bauru que se formaram no território universitário?

A gente conta para você!

19 anos na estrada

A Nomad, como o próprio nome diz, já percorreu muito caminho na estrada.

O início do grupo musical foi em 1998, quando as bandas  “69” e “Contra Regra” decidiram se unir formando uma banda só. 

A diferença entre os cursos dos integrantes da época (administração, psicologia e direito), assim como suas diferentes faculdades (ITE, Unip e USC) não os intimidou a se juntarem como banda. 

A vontade de se unir e tocar era comum a todos, já que cada um dominava um instrumento diferente.

O nome da banda, no entanto, só mudou para “Nomad” no ano 2000.

Como cada um queria um nome diferente e não entrávamos num acordo, resolvemos colocar os nomes num papel e sortear. Justo o que sorteamos (Nomad), foi um nome sugerido por um colega da banda que não era integrante. A razão do nome Nomad (nome em inglês para Nômade) era a referência ao povo que vive na estrada mudando de cidade em cidade”, explica Beto Stanley, baterista da banda.

bandas
Formação da banda em 2001.

Experiências Marcantes

Como grupo musical, os integrantes passaram por diversas experiências marcantes:

Uma das experiências mais marcantes que a gente teve foi logo no início da banda em 2001.  Abrimos o show dos Engenheiros do Hawaii na frente do Teatro Municipal, na Nações Unidas. Foi nossa primeira abertura de show e onde a gente começou a ficar um pouquinho mais conhecido na cidade”, conta Beto.

Depois desse show, a Nomad também abriu shows de outros grupos grandes como: Jota Quest, Titãs, O Surto e Velhas Virgens.

Hoje quem está à frente da Nomad são os membros: Guilherme Tercioti (baixo), Beto Stanley (bateria), André Colaciti (guitarra), Guilherme Nunes (vocal). Sendo da formação original Beto e o vocalista Guilherme.

A banda, que antes era voltada mais pro rock, atualmente aposta em um repertório de pop rock, realizando covers.

Apesar dos membros terem outros projetos e carreiras fora da banda, a música é um hobby levado à sério pelo grupo. Tanto é que além de tocarem em festas, os integrantes já lançaram um CD com treze músicas próprias e dois DVDs.

Um Mercado de Peixe com portas sempre abertas

Festas de república da década de 90. Esse foi o modo como os membros da banda Mercado de Peixe se conheceram. Identificando-se por suas afinidades estéticas e políticas, a formação do grupo acabou sendo natural.

Na época, todos os integrantes eram estudantes na Unesp, mas cada um era de um curso diferente e de turmas de anos distintos: 

  • Emerson Gomes (percussão) Fernando Falcoski (teclado) e Luiz Fernandes (vocal) eram de Desenho Industrial
  • Fabiano Alcântara (baixo) e Ricardo Pollettini (guitarra/viola) de Jornalismo
  •  Paulo Pires (bateria) de Arquitetura

O nome curioso da banda vem de um conceito já conhecido popularmente. Um mercado de peixe tem a fama de ser barulhento e ter várias pessoas que falam ao mesmo tempo. Os integrantes optaram por esse nome, por conta da grande quantidade de membros que já subiram ao palco com a banda.

Entre idas e vindas de membros, hoje a formação está estabelecida:

Com o passar do tempo a formação atual foi se firmando e a partir do CD Roça Elétrica, de 2003, ficou assim definida. Mesmo assim teve gente que saiu, que voltou, que saiu de novo… É um mercado de peixe com suas portas sempre abertas”, relembra Emerson.

Experiências musicais

A banda agitou diversas festas de faculdade da época. O Mercado primeiro ficou conhecido na Unesp no campus de Bauru, depois foram convidados para apresentações no festival de música de Ilha Solteira nos anos de 94 e 95. Tal festival fez com que o grupo ficasse conhecido em diversos campi da Unesp, USP e PUC.

Quando se trata do estilo da banda, Emerson explica que o Mercado não se encaixa em nenhum rótulo específico, tendo músicas bem variadas.

O estilo do Mercado são todos, como a pop art que ressignifica um determinado objeto ou até mesmo o antropofágico que deglute suas influências e transforma em energia criativa.Esse hibridismo referencial no passado causou problemas de aceitação da banda. Não é rock, mas tem peso de banda, não é sertanejo, mas tem viola e temáticas caipiras… De forma que desencanamos de definir um estilo, são todos e não é nenhum, diz o percussionista. 

O último trabalho lançado foi o álbum Água de Faca, no ano de 2015. No entanto, a banda continua conversando sobre a possibilidade de novos produtos e continua tocando onde quer que os chamem.

Sobre a experiência de tocar na Mercado de Peixe, Emerson afirma que cada ocasião é um momento marcante:

Todos os shows do Mercado são especiais. Quando nos chamam é porque há uma demanda, há pedidos e quando acontece o show, o público é composto de pessoas que curtem o nosso som. Isso faz com que o astral das apresentações seja sempre alto. Além disso, a vibração entre público e banda, quando fecha o circuito, transforma a apresentação em momentos muito especiais e únicos.

Rockvolver

Os bauruenses Cleber Lima e Diego Eugênio Sebastião se conheceram em 2008 na faculdade de Design. Da amizade surgiu o primeiro esboço do grupo musical que viria a se formar.

Ali já virou uma amizade para a vida toda… Como tínhamos gostos musicas muito parecidos acabou surgindo a vontade de fazer um som. No começo tínhamos somente dois violões e não era nada sério. No máximo algumas noites no boteco da faculdade”, conta Cleber.

Foi só em 2010 que a banda se estruturou e se formou. Há nove anos na estrada, o grupo começou apenas como um hobby, porém, hoje em dia, converteu-se em um trabalho complementar. 

Hoje em dia, nós nos profissionalizamos e tornamos esse hobby como uma renda extra porém entendemos que se a música deixar de ser um prazer e virar obrigação perderá todo o encanto. Por isso, fazemos sempre o que gostamos”, completa.

Formações que agregaram experiência

Ao longo de sua trajetória, a Rockvolver já teve quatro formações, segundo Cleber, elas foram essenciais para que o grupo se tornasse o que é hoje. No entanto, Cleber e Diego, os amigos que fizeram tudo começar, se mantiveram na Rockvolver desde sua formação inicial.

Os membros são atualmente: Diego Sebastião (vocal ),  Danilo Ferreira (guitarra), Cleber Lima (baixo), Will Campos (teclado), Jeff Reis (bateria).

Além dos integrantes, o estilo de música também foi alterando-se ao longo do tempo. 

A banda surgiu com uma pegada Grunge e Hard Rock, tendo como influências Pearl Jam, Nirvana, Audioslave, Soundgarden, entre outras. 

Já atualmente, o grupo teve novas influências musicais, tanto do pop atual (Bruno Mars, Sam Smith, One Republic, Imagine Dragons), quanto do pop dos anos 80 (Morrisey, A-ha, Erasure, R.E.M). Porém, claro, a banda nunca deixou para trás a sua pegada de Rock.

Quando se fala sobre todo esse tempo produzindo música, Cleber declara:

Ao passar do tempo aprendemos a dar valor ao nosso trabalho hoje e nos dedicamos muito mais, buscando sempre melhorar musicalmente. Hoje podemos executar uma música e nela você irá perceber que tem algo diferente, algo nosso. Bauru tem muita banda boa, muita gente fazendo excelentes trabalhos e quando você consegue se destacar dentre elas, significa que seu trabalho está sendo reconhecido. Atualmente, a Rockvolver já garantiu o seu espaço na cidade e consegue explorar locais importantes também na região…estamos seguindo nossos trilhos e vamos chegar lá.

Bandas novas, um grande futuro

Há muitas bandas que se formaram na faculdade e já estão atuando há um tempo depois da conclusão do curso. Porém, é claro que existem também as bandas que estão ainda na graduação.

A Geleia Jutaí é um exemplo. Os integrantes: Caê Oliveira (voz e guitarra), Bruno Olgas (baixo), Yuri Ferreira (bateria) e Gustavo Lustosa (teclado e voz) estão todos cursando diferentes cursos de graduação na Unesp.

Com o EP “Dois misto o resto é disco” já lançado e muitos shows que trouxeram diversão para os universitários, a banda espera um futuro abrangente.

Para o futuro da banda gostaríamos de tocar cada vez mais em espaços variados. Tocar fora de Bauru, fora do estado, conhecer mais lugares e gravar mais músicas, ou um EP ou um disco completo mesmo. Além de estarmos preparando alguns vídeos musicais para soltar em nossas redes sociais”, almeja Gustavo Lustosa, tecladista e um dos vocalistas da banda.

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Outras bandas universitárias que os bauruenses podem conhecer e curtir shows atualmente são a Prezado 5.0 e a Banda Larga. 

E você? Conhece mais algum grupo musical que se formou durante a faculdade?

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