Apesar de muitos amarem a culinária japonesa, ela se popularizou há, relativamente, pouco tempo no Brasil. Além disso, quem é apaixonado pelos pratos (assim como eu), está acostumado a provar as delícias em um rodízio e também com alguns adicionais como cream cheese, Doritos, chocolate e banana. 

Mesmo que deliciosos, essas são variações que a culinária, nascida de uma cultura milenar, sofreu após chegar no país. No entanto, com o intuito de retomar a tradição e também apresentá-la para quem ainda não conhece, surgiu o Restaurante Hiro’s, inaugurado em agosto deste ano. 

O empreendimento é fruto da união entre vários familiares e amigos, que somam mais de 25 anos de experiência na culinária. Além disso, a família também é a responsável pela abertura do primeiro restaurante japonês da cidade. 

Então, se você tem interesse em saber um pouco mais sobre como funciona um espaço que segue à risca a tradição, confere essa história!

Negócios e família 

Resultado da reunião entre cinco bauruenses, o Hiro’s traz o melhor de cada um dos envolvidos! A sociedade entre os irmãos Célio Kameo, Alexandre Hiroshi Kameo, sua mãe, Leiko Muto, Elton Carlos Ferreira, chef da casa, e Pedro Franciscato, sócio-investidor e empresário fundador do On The Road Pub, que atualmente está no ramo de imóveis, é extremamente surpreendente.


Foto: Divulgação/Leando Mello

Apesar de não serem iniciantes no ramo, já que participaram da fundação e funcionamento dos restaurantes Noboru, Kameo e Ruddy, a equipe foi capaz de inovar ao montar o Hiro’s. 

“Em 2006 minha mãe decidiu vender o restaurante [Noboru] e cada um seguiu seu lado. Meu irmão acabou abrindo o Ruddy, eu abri o Kameo e o Elton abriu o restaurante dele, o ChinaMax. De qualquer forma, a gente acabou se juntando e unimos forças para abrirmos o Hiro’s”, comenta Célio.

Assim, o resultado final traz um pouco do que cada um dos sócios aprendeu durante sua caminhada profissional. Tanto, que Célio considera que a parceria está funcionando na sintonia perfeita. 

“Eu sou especialista na área geral, com fritura e prato quente, o Elton é especialista em pratos chineses e quentes e meu irmão é mais especialista na parte de sushi”, explica o administrador e também chef do espaço. 

Dessa forma, atualmente três, dos cinco sócios, atuam não apenas na administração, mas também na cozinha. Célio ainda frisa a preocupação com todas as fases de manuseio da comida para que ela seja servida da forma mais próxima do tradicional. 

Desde a compra, o recebimento até a finalização do prato, tem que ter um cuidado especial. Então, a gente procura ter esse cuidado até a finalização do prato, até saber o que o cliente achou, para ter esse termômetro”, pontua. 

Preocupação com tradição

Esse cuidado com a preparação surgiu de uma forma muito especial, graças a um período no Japão. Célio e seu irmão foram com, aproximadamente, 16 anos para o país trabalhar numa fábrica de marmita japonesa, o bentô.

“Era uma fábrica que distribuía para o Japão inteiro, então, eram inúmeros pratos. Assim, a gente aprendeu tudo lá o que sabemos hoje e conseguimos trazer toda a bagagem e o sabor do Japão”, relembra Célio. 

E assim o fizeram. Além da atenção ao que é feito na cozinha, a equipe preocupou-se com todo o ambiente. E posso afirmar, como frequentadora assídua de restaurantes japoneses, eu nunca havia visto algo parecido. 


Foto: Divulgação/Leando Mello

O espaço reservado, afastado do agito do centro da cidade é rodeado por um jardim muito encantador, com diversos bonsais, que já nos coloca em outro ritmo. “É um espaço pequeno, porém aconchegante para você poder servir com maestria. Não pode ter aquele restaurante muito grande, que você não tem tempo para preparar. Então, aqui a gente costuma dar esse atendimento e agilidade também, para soltar o prato com mais rapidez e bem preparado”, explica Célio. 

Com diversos elementos que remetem à cultura oriental, como o oshibori, uma toalhinha servida para limpar as mãos antes de comer, o restaurante ainda conta com uma cozinha aberta, onde os visitantes podem ver as especiarias sendo preparadas. 

“Tentamos resgatar a originalidade do prato, e não inovar, deixando ocidental. Aqui, o que a gente quer é resgatar o que os restaurantes que inovaram demais perderam, essa tradicionalidade, como o chá como cortesia e o picles também, que praticamente ninguém mais faz ou já vem pronto”, pontua.


Foto: Divulgação/Leando Mello

Especialidades 

Justamente devido à preocupação com a tradição e excelência, o Hiro’s funciona, por ora, apenas à la carte. Porém, a melhor parte disso é o empenho dedicado em cada um dos pratos, produzidos quase de forma artesanal, de acordo com Célio. 

A exemplo do lámen, um dos pratos mais procurados no restaurante, que de acordo com o chef, precisa de, pelo menos, 30 horas no fogo para que o caldo alcance a consistência e o sabor tradicionais.

“O lámen está muito em alta e deu muito certo, porque é um prato que a gente estudou demais. Eu fui pesquisando, principalmente, pedi para o meu irmão estudar, para a gente chegar naquilo que a gente comeu no Japão. A partir da hora que a gente conseguiu, com o bom senso de cada um, chegar naquele sabor, isso transpareceu claramente para os clientes”, pontua Célio.

E, apesar de não servirem rodízio, Célio comenta a possibilidade de, no caso de grupos de 15 a 20 pessoas, fechar um pacote de preço fixo. “Assim, o cliente, juntamente com a gente, elabora o que quer ser servido na mesa, desde entrada, prato principal e sobremesa, e conseguimos fazer um pacote fechado, que é diferente do rodízio”. 

E para quem estava sentindo falta de pratos como noodles, nabeyaki udon, tempurá udom e o sukiyaki, pode se preparar! O Hiro’s aposta em opções como essas, além dos já conhecidos (e queridinhos) sushis e sashimis.


Foto: Divulgação/Leando Mello

Relação de reciprocidade 

E se você acha que para por aí, está enganado! Célio ainda frisa que estão sempre tentando melhorar e inovar para atender com excelência a todos os públicos. Por isso, no momento, estão se programando e estudando para montar pratos da culinária oriental nas versões vegetariana e vegana. 

Essa preocupação ocorre, principalmente, devido à boa relação dos administradores com o público e com o próprio ofício. “Todo mundo é apaixonado, então, diariamente a gente é incentivado, a gente estuda, a gente aplica, tenta chegar próximo à perfeição do prato”, explica Célio. 

Além disso, Célio ainda comenta que recebe muitos feedbacks de clientes que sentiam falta de um espaço como o Hiro’s, em relação ao ambiente e à culinária. “O mais interessante é que nesses anos de mercado a gente fez muita amizade com os clientes. Então, numa cozinha que você tem acesso ao cliente, você consegue tanto ver eles e eles podem ver quem está cozinhando. E a gente tem essa troca de amizade mesmo, de chegar na mesa e cumprimentar e fazer mais amizade ainda,e isso é muito importante”, pontua.  

E, graças a essa reciprocidade, Célio já pensa em planos para o futuro do espaço. Ele conta que os clientes vêm cobrando uma casa especializada em lámen, e isso lhe dá ideias para explorar outros pontos da culinária oriental, já que, tradicionalmente, para cada prato do cardápio, costuma haver um restaurante especializado. 

Enquanto isso, para os bauruenses Célio deixa um convite especial para experimentarem a culinária oriental de um jeito que nunca viram. “Estão todos convidados para vir experimentar e são super bem vindos, serão super bem tratados e eles podem se surpreender”, finaliza. 

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Serviço

Restaurante Hiro’s
Local: R. Dr. José Maria Rodrigues Costa, 348 – Jardim America
Horário de funcionamento: De segunda a quinta feira, das 18h30 às 22:30 e de sexta e sábado das 18:30 às 23:00
Telefone: (14) 3206-8781
Facebook: www.facebook.com/hirosbauru/
Instagram: @hirosbauru

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