Final de ano é período de confraternizações, festas nas empresas, ceia de natal, réveillon etc. É momento de comemorar as conquistas, fazer os propósitos, estabelecer objetivos, corrigir os rumos, avaliar o ano que se finda e programar o próximo.

No entanto, toda esta patuscada, na sua quase totalidade, é regada a muitos “comes” e muitos “bebes”. As pessoas ingerem cerveja, vinho, champanhe, vodca, whisky etc., e ao final de cada evento, alguém assume a direção do carro ou da moto e se dirige para sua residência, ou até mesmo para outra festa, sozinho ou acompanhado.

É, principalmente por este motivo, que nesta época são registrados muitos acidentes de trânsito, que resultam em centenas de mortes, feridos leves e graves, boa parte deles com lesões irreversíveis. Mas, momentos regados de alegria, comemorações, presentes, felicitações, abraços e beijos mereceriam um desfecho mais sublime do que o derramamento de lágrimas e o desaconchego que assola as vítimas e seus familiares.

É desejável que todos, crianças, jovens, adultos, idosos possam iniciar um novo ano de maneira íntegra, saudável, sem traumas. Afinal, Natal é a comemoração, recorrentemente esquecida, do nascimento de Jesus Cristo, o Deus de 87% dos brasileiros. Uma data tão importante e significativa, cheia de simbolismos, merece ser associada a alegrias plenas, meditações, orações, augúrios e não derramamento de sangue e lágrimas.

Sabe-se, sobejamente, que o álcool é uma substância psicoativa com um número grande e diverso de efeitos no organismo humano. Como consequência, sua combinação com o ato de dirigir pode ser letal. Atuando como um depressor do sistema nervoso central, o álcool atua em vários órgãos.

Em suas doses iniciais ele age como um estimulante e gera a sensação de excitação. Porém, as inibições e a capacidade de julgamento são severamente afetadas. Aumentando-se o consumo, as habilidades motoras e o tempo de reação também sofrem as consequências. Em doses altas, o álcool pode causar sonolência ou mesmo desmaios.

Uma pesquisa feita pela Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE), abarcando 45 países, apontou que, em média, 22% das mortes no trânsito estão associadas com o álcool. Não é por outro motivo que a legislação brasileira relacionada com o beber e dirigir está cada vez mais rigorosa, o que justifica inúmeras campanhas de conscientização e fiscalização.

Mas não é só esta infração que é gravíssima e que pode conduzir à tragédias. Convém respeitar toda a legislação de trânsito. Ela é a garantia de passar as festas de fim de ano sem sofrimento, sem sangue e sem lágrimas. Só alegria.

Vale a pena refletir a esse respeito. Ao sair com a família ou com amigos, é de bom alvitre eleger o “motorista da vez”, ou mesmo usar um carro de aplicativo. Esta decisão será a garantia de que haverá outra festa no dia seguinte. A vida precisa ser respeitada, seja a sua, seja a das outras pessoas, principalmente. As festas de final de ano são momentos para alacridades e não para desolação.

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