Você já customizou alguma peça de roupa? Se sim, saiba que você além de ter uma peça única e diferente ainda ajudou o meio ambiente!
Mas o que uma coisa tem a ver com a outra? Tudo, se pensarmos que a customização reduz a necessidade da exploração de recursos naturais na produção de peças novas. Além disso, a customização renova peças que poderiam ser descartadas e estavam esquecidas no guarda-roupa.
Victor Hugo é docente do curso de moda no Senac, ele começou a se interessar por moda ainda na adolescência quando se deparou com desfiles e editoriais. Foi amor à primeira vista! Logo Victor se encantou pelas possibilidades expressivas e criativas que a moda proporciona.
Para ele, a customização na moda é um setor que proporciona a necessidade de pensar de maneira sustentável e consciente. “É uma nova forma de pensar o mercado de moda, forma mais saudável”, completa.
Customizar virou moda?
De acordo com o professor de moda, Victor, a customização sempre existiu. Em 1970/80 os hippies customizavam as roupas buscando identificação com a peça. Vale lembrar, que naquela época, não existia tantas variedades no mercado da moda.
“Nos dias atuais a customização vem deixando de ser tratada como uma tendência e passa a ser uma nova maneira de produzir no mercado de moda”, explica Victor.
Dagma Marques é empresária e produtora de moda, desde a adolescência, a paixão pela moda sempre foi presente. Dagma odiava se vestir como os amigos e já comprava panos para a costureira fazer peças únicas que ela mesma criava.
A moda virou profissão
Já era de se imaginar que a jovem apaixonada por moda, mais tarde, viria trabalhar na área. Tudo começou na customização das próprias peças e hoje a empresária continua produzindo peças exclusivas, criadas por ela, para vender em sua loja.
“É muito prazeroso você pegar uma peça lá do fundo da gaveta e deixá-la linda, exclusiva e com cara nova, o comércio sempre nos fez consumir cada vez mais e jogar cada vez mais roupas fora, roupas descartáveis!”, explica Dagma.
A customização quebra tabus! Essa prática muda a visão dos consumidores e mostra que é possível repetir uma roupa, modificá-la e ainda usá-la por muitos anos.
Customizando até acessórios
Sabe aquele colar que está esquecido? Ele pode se tornar um acessório novo com alguns ajustes. Dagma explica que em acessórios a possibilidade de customização é grande, já que é possível juntar diferentes peças em uma só.
Não existem regras para customizar! Por isso essa arte de decorar e modificar coisas se torna tão especial. Essa é a graça, você pegar alguma coisa que já não acha mais interessante e transformar em algo novo e único.
Uma dica é buscar referências na internet e em revistas, isso ajuda a despertar a criatividade na hora de criar uma peça exclusiva.
Isabela Mastrangelli é empresária e designer de moda, a bauruense conta que a moda também sempre esteve presente em sua vida. Durante a adolescência, a jovem fazia curso de teatro e a parte que ela mais gostava, sem dúvidas, era a produção de figurinos.
“Amo a área de artes no geral e principalmente a moda, porque acredito ser uma maneira incrível de se expressar. Portanto, a moda tem um poder incrível de comunicar fenômenos políticos, sociológicos, tudo que a sociedade está sentindo”, destaca.
Lojas que aderem a customização
Para Isabela, customizar é ponto essencial quando o assunto é moda. Assim, temos em mãos a oportunidade de recriar e dar sentido ao que já tinha perdido o encanto.
Mais uma prova de que customizar nunca sai de moda, são as lojas de grandes marcas que oferecem o serviço de customização ao cliente. Na nossa cidade podemos citar a franquia da Levi’s Blackout.
De acordo com Isabela, as marcas que estão se atentando a essa tendência e abrindo espaço para as ideias e personalizações dos clientes, saem na frente, porque tudo que é único, é especial!