Um dos momentos tradicionais mais esperados do Réveillon é a queima de fogos. Tanto é que tem gente que até viaja apenas para poder apreciar mais minutos desse espetáculo de luzes coloridas.
Porém, quem tem animais de estimação sabe que os fogos podem incomodar, e muito, os bichinhos. Assim, eles podem deixar de ser algo bonito, para se tornarem um problema.
Isso acontece, segundo a Dra. Ana Carla Bruscki, da Clínica Veterinária Petcenter, porque o excesso de barulho dos fogos é estressante para os animais, já que a sensibilidade auricular (auditiva) deles é muito mais aguçada que a nossa.
Dessa forma, a médica veterinária alerta que efeitos negativos podem acometer os bichinhos durante a queima de fogos: “Alguns chegam a ter ataques de pânico e fobias gerando taquicardia e aumento da frequência respiratória. Eles podem até entrar em crises epiléticas pelo alto nível de stress”.
Outros efeitos, segundo a Dra Maria Amália Queiroz, da Clínica Prontovet, seriam fugas, aumento da agressividade, vômito, desmaios e até mesmo óbito, dependendo da intensidade do quadro.
Como proteger meu bichinho?
Para cuidar de seu animalzinho durante o Réveillon e evitar que ele sofra com o barulho dos fogos, há várias formas de minimizar a fobia e o estresse.
“O uso de algodão siliconado (próprio para uso veterinário e produzido na DrogaVET), que é um bloqueador sonoro, alguns medicamentos fitoterápicos calmantes naturais que devem ser usados com a orientação do veterinário e faixa ao redor do corpo que traz a sensação de segurança. Também é importante manter o animal em um local seguro que já está acostumado, longe da multidão e aglomerados de pessoas”, enumera Ana Carla.
Além disso, é importante se certificar de que todas as portas e janelas estejam fechadas, para evitar possíveis fugas.
“Nunca deixem os animais presos às coleiras, pois eles podem se machucar. Fique próximo ao seu amigo, tente distrai-lo com brinquedos e faça carinho, pois assim, se sentirá mais seguro”, completa Maria Amália.
Se todas as medidas forem tomadas e ainda assim ocorrerem casos graves como convulsões, desmaios e traumas o ideal é procurar um médico veterinário ou clínicas veterinárias 24 horas.
Vai viajar?
Se você for por o pé na estrada, fique atento! Não deixe seu bichinho sozinho em casa! Passar pelo momento da queima de fogos sozinho, como já dito anteriormente, pode ser um sofrimento para o animal.
Quem for levar o pet na viagem deve estar atento a diversos fatores como: verificar se a vacinação e preventivos para pulgas, carrapatos e vermes estão em dia, se o hotel aceita animais e se você tem o meio adequado para o translado (caixa de transporte).
Caso o bichinho fique enjoado na estrada, é possível conversar com um médico veterinário para que ele prescreva remédios que evitem vômitos e náusea.
Ao chegar no destino, é necessário propiciar para o pet uma boa adaptação no local de hospedagem, para isso a veterinária Maria Amália indica:
“Planeje atividades que ele possa participar e leve, para o local, objetos que ele está acostumado, como comedouros e bebedouros, brinquedos, petiscos, cama e caixa de areia, nos casos de felinos”.
Outra ponto importante, segundo a Dra. é não esquecer de identificar seu bichinho usando coleiras com placas de identificação e número para contato.
Não posso levar meu pet
Se você não conseguir viajar com seu pet e não tiver ninguém que possa cuidar dele, há a alternativa de o hospedar em algum hotel especializado que cuidará bem do seu amigo enquanto você estiver fora.
Uma segunda alternativa, segundo Maria Amália, é deixá-lo sob responsabilidade de um pet sitter (babás de pet) que irá até a sua casa para alimentar, trocar a água, passear e dar amor e atenção para seu bichinho.
Consultoria
Médica Veterinária Maria Amália Queiroz – CRMV 32.376
Médica Veterinária Ana Carla Bruscki – CRMV 34.381